terça-feira, outubro 16, 2007

LEMBRAR E RELEMBRAR SEMPRE LEPANTO

Celebra-se neste mês, mais precisamente no dia sete, a batalha de Lepanto, combate naval travado em 1571 entre a frota turca comandada por Ali Pachá e as forças de Veneza e da Espanha, comandadas por Dom João da Áustria, irmão natural de Filipe II de Espanha. A vitória dos Europeus travou a ofensiva turca, atirando assim para o fundo do mar as pretensões dos asiáticos sobre o Mediterrâneo.
O sete de Outubro, nobilitado na Antiguidade Romana pelo culto eventualmente marcial e provavelmente arcaicamente indo-europeu de Júpiter Fulgur (ou Júpiter dos Raios) e de Juno Curitis, ambos adorados neste dia no Campo de Marte, o Deus da Guerra, foi assim marcado em 1571 pela vitória ocidental sobre as hostes islâmicas. Esta batalha marcou o declínio do poder otomano na zona, além de ter possibilitado a libertação de milhares de escravos europeus.

Pode ler-se uma descrição mais pormenorizada da batalha aqui e uma ligação a um texto satírico e ficcional aqui.

Desafortunadamente, os líderes europeus actuais são doutra têmpera - doutra raça mental: da «raça» dos apátridas, dos sem-estirpe, e dos cobardes imbecis que procuram integrar um islâmico para que esse islâmico os defenda dos outros islâmicos. Aliás, recentemente, houve até quem resolvesse retirar da câmara de deputados italiana um quadro famoso evocativo desta data.
Sabendo que na Turquia o Estado laico cada vez tem menos controlo sobre a onda fundamentalista islâmica, sabendo que a Turquia, se ingressar na U.E., será o seu mais populoso país, logo, aquele que terá mais poder decisório - sabendo de tudo isto, vem à mente o conto popular do falcão e dos pombos... os pombos queriam-se defender dos gaviões e então pediram ajuda ao falcão, que, de facto, os defendeu, para depois ser ele a matar um dos pombos e a ameaçar os outros.
Bastaria lembrar que, por mais ameaçadoras que pareçam as hordas islâmicas, é na Europa que reside (por enquanto...) o maior poder militar e económico deste lado do Atlântico; entretanto, a Turquia não tem nem nunca teve boas relações com o mundo árabe - por conseguinte, é a Turquia que precisa da Europa, não é a Europa que precisa da Turquia. Muita sorte teria portanto Ancara em que os Europeus aceitassem os Turcos numa parceria privilegiada e nada mais do que isso.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Epopeya de Lepanto

20 de outubro de 2007 às 20:20:00 WEST  

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