CARICATURISTA SUECO CONTINUA ESCONDIDO E A RECEBER AMEAÇAS DE MORTE

O artista sueco Lars Vilks, autor de uma caricatura de Maomé que em Agosto indignou o mundo islâmico contra a liberdade de expressão sueca, continua a viver escondido e a receber ameaças de morte islâmicas, inclusivamente através do telemóvel, e tem até de olhar para a parte de baixo do seu automóvel sempre que se prepara para conduzi-lo, de modo a prevenir a possibilidade de lhe terem instalado uma bomba no carro.

A Alcaida continua a oferecer cem mil dólares a quem o matar e um extra de cinquenta mil dólares a quem o fizer cortando-lhe a garganta, para que o sueco seja punido por ter desenhado um cão com a cabeça de Maomé, o que constitui para os muçulmanos uma ofensa agravada, não apenas porque no Islão é proibido fazer representações visuais do profeta, mas sobretudo porque é de todo interdito satirizá-lo, isto para além do facto de que o cão é para os muçulmanos um animal impuro.

Todavia, Vilks mantém a sua posição e argumenta que está a afirmar o valor da liberdade de expressão artística.
Afirma por isso que não aceita que insultar uma religião possa constituir um problema desta dimensão, visto que a seu ver deve ser permitido insultar todas as religiões dum modo democrático.
Lars Vilks diz até que esta caricatura foi premeditada e destinada a provocar uma reacção. «É uma maneira de expressar as coisas. Se não gostam, não vejam. E se virem, não levem demasiado a sério. Não se fez realmente nenhum mal.»

Quando se lhe sugere que pode estar a ser arrogante, senão mesmo insultuoso, a resposta do nórdico é simples e directa: «Ninguém ama realmente a verdade, mas alguém tem de a dizer.»

Sendo ateu, garante que ofende todas as religiões por igual. Chegou mesmo a fazer um desenho em que Jesus Cristo aparecia como pedófilo.

A uma hora e meia de distância do local onde mora este caricaturista sueco vive uma muçulmana, mãe de três filhos, coberta de burca, que diz ser capaz de matá-lo caso tenha oportunidade de o fazer: «Posso fazer isto em nome de Alá e não falharei. Podia matá-lo em nome de Alá se puder.»
Já foi multada pelas suas ameaças – mas continua a dizer o mesmo.

Leia-se a notícia aqui e veja-se o vídeo da entrevista.