quarta-feira, outubro 24, 2007

HONRAR POITIERS - RESISTIR AO INVASOR MUÇULMANO

Recorde-se hoje a Batalha de Poitiers, ocorrida a 24 (ou 10) de Outubro de 732, na qual os Francos comandados por Carlos Martel (assim chamado por usar um martelo de guerra) derrotaram a Moirama conduzida pelo emir Abd er Raman, a qual pretendia estender-se da Ibéria ao resto da Europa.
Este evento é considerado de suprema importância por ter travado as forças islâmicas na conquista do velho continente.
No combate, a vantagem numérica da cavalaria árabe sobre a infantaria franca não obteve resultados, pois que os guerreiros germânicos (os Francos são germanos) aguentaram o embate inimigo por meio de uma táctica do quadrado e, contra todas as expectativas, derrotaram cavaleiros com cotas de malha, feito que parecia impossível na época. A disciplina e lealdade da hoste franca foi decisiva no desfecho da peleja.
Alguns historiadores afirmam que os Árabes poderiam ter dominado a Europa facilmente se o desejassem realmente; mas, como o norte da Europa era pobre, não quiseram perder tempo nessa campanha. Ora isto colide com toda a lógica de guerra muçulmana, não só porque o santuário de Tours era riquíssimo (e teria sido tomado pela tropa mafomética não fosse a vitória de Martel), mas também porque os arautos do crescente nunca desdenharam atacar outras paragens para realizar saques e converter infiéis.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não esquecer a hoje 25 de Outubro, da tomada de Lisboa aos mouros.

O primeiro cerco de Lisboa, com início a 1 de Julho de 1147 e que durou até 25 de Outubro, e foi um episódio integrante do processo de Reconquista cristã da península Ibérica, culminando na conquista desta importante cidade aos mouros pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185) com o auxílio dos Cruzados em trânsito para o Médio Oriente. Efetivamente, este episódio constituiu o único sucesso da Segunda Cruzada.

Após a queda de Edessa, em 1144, o Papa Eugénio III convocou uma nova cruzada para 1145 e 1146. O Papa ainda autorizou uma cruzada para a Península Ibérica, embora esta fosse uma guerra desgastante de já vários séculos, desde a derrota dos Mouros em Covadonga, em 718. Nos primeiros meses da Primeira Cruzada em 1095, já o Papa Urbano II teria pedido aos Cruzados ibéricos (futuros Portugueses, Castelhanos, Leoneses, Aragoneses, etc.) que permanecessem na sua terra, já que a sua própria guerra era considerada tão valente como a dos Cruzados em direcção a Jerusalém. Eugénio reiterou a decisão, autorizando Marselha, Pisa, Génova e outras grandes cidades mediterrânicas a participar na guerra da Reconquista.

A 19 de Maio zarparam os primeiros contingentes de Cruzados de Dartmouth, Inglaterra, constituídos por Flamengos, Normandos, Ingleses, Escoceses e alguns cruzados Germanos. Segundo Odo de Deuil, perfaziam no total 164 navios — valor este provavelmente aumentado progressivamente até à chegada a Portugal. Durante esta parte da Cruzada, não foram comandados por nenhum príncipe ou rei; a Inglaterra estava em pleno período d'A Anarquia. Assim, a frota era dirigida por Arnold III de Aerschot (sobrinho de Godofredo de Louvaina), Christian de Ghistelles, Henry Glanville (condestável de Suffolk), Simon de Dover, Andrew de Londres, e Saher de Archelle.

A armada chegou à cidade do Porto a 16 de Junho, sendo convencidos pelo bispo do Porto, Pedro II Pitões, a tomarem parte nessa operação militar. Após a conquista de Santarém (1147), sabendo da disponibilidade dos Cruzados em ajudar, as forças de D. Afonso Henriques prosseguiram para o Sul, sobre Lisboa.

As forças portuguesas avançaram por terra, as dos Cruzados por mar, penetrando na foz do rio Tejo; em Junho desse mesmo ano, ambas as forças estavam reunidas, ferindo-se as primeiras escaramuças nos arrabaldes a Oeste da colina sobre a qual se erguia a cidade de então, hoje a chamada Baixa. Após violentos combates, tanto esse arrabalde, como o a Leste, foram dominados pelos cristãos, impondo-se dessa forma o cerco à opulenta cidade mercantil.

Bem defendidos, os muros da cidade mostraram-se inexpugnáveis. As semanas se passavam em surtidas dos sitiados, enquanto as máquinas de guerra dos sitiantes lançavam toda a sorte de projéteis sobre os defensores, o número de mortos e feridos aumentando de parte a parte.

No início de Outubro, os trabalhos de sapa sob o alicerce da muralha tiveram sucesso em fazer cair um troço dela, abrindo uma brecha por onde os sitiantes se lançaram, denodadamente defendida pelos defensores. Por essa altura, uma torre de madeira construída pelos sitiantes foi aproximada da muralha, permitindo o acesso ao adarve. Diante dessa situação, na iminência de um assalto cristão em duas frentes, os muçulmanos, enfraquecidos pelas escaramuças, pela fome e pelas doenças, capitularam a 24 de Outubro.

Entretanto, somente no dia seguinte, o soberano e suas forças entrariam na cidade, nesse meio tempo violentamente saqueada pelos Cruzados.

Decorrente deste cerco surgem os episódios lendários de Martim Moniz, que teria perecido pela vitória dos cristãos, e da ainda mais lendária batalha de Sacavém.

Alguns dos Cruzados estabeleceram-se na cidade, de entre os quais se destaca Gilbert de Hastings, eleito bispo de Lisboa.

Após a rendição uma epidemia de peste assolou a região fazendo milhares de vitimas entre a população.

Lisboa tornou-se, entretanto, capital de Portugal a 1255.

CAVALEIRO TEMPLÁRIO

25 de outubro de 2007 às 09:47:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Boa contribuição, camarada, obrigado.

25 de outubro de 2007 às 16:04:00 WEST  

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