O INÚTIL DIÁLOGO QUE O ISLÃO RECHAÇA HÁ MIL E QUATROCENTOS ANOS
Aqui vos trago a tradução (texto a itálico) a partir do Castelhano dum artigo da polémica autora italiana Oriana Fallaci, já falecida, mas que, enquanto foi viva, lutou incansavelmente para alertar os seus concidadãos e a sua civilização para o perigo que o Islão sempre representou e continua a representar para o Ocidente, gesta que lhe valeu ser ameaçada de morte e julgada em tribunal. É de ler, dada riqueza e valor do raciocínio exposto e das informações que fornece.
O Inútil Diálogo que o Islão rechaça desde há Mil e Quatrocentos Anos
Por Oriana Fallaci.
Continua o discurso sobre o diálogo entre as duas civilizações. E que a terra me engula se me perguntam qual é a outra civilização, o que há de civilizado numa civilização que não conhece sequer a palavra «Liberdade». Que por liberdade entende a “emancipação dos escravos”. Que adoptou a palavra liberdade recentemente, no final do século XIX para poder assinar um tratado comercial. Que na democracia vê Satanás e combate-a com explosivos, cortando cabeças. Que dos direitos do homem, tão escrupulosamente aplicados por nós con os muçulmanos, não quer nem falar. De facto, rechaça subscrever a Carta dos Direitos Humanos redigida pela ONU e substitui-a com a Carta de Direitos Humanos realizada pela Conferência Árabe.
Que a terra me engula também se perguntam o que há de civilizado numa cultura que trata as mulheres como trata.
O Islão é o Alcorão, meus queridos. De qualquer maneira e em toda a parte. E o Corão é incompatível com a Liberdade, é incompatível com a Democracia, é incompatível com os direitos humanos. É incompatível com o conceito de civilização.
E já que abordei este tema, escute-me bem, senhor juíz de Bérgamo, que me quis incriminar por vilipendiar o Islão, mas que nunca culpou o meu perseguidor por vilipendiar o Cristianismo. Nem sequer por instigação ao homicídio (o meu).
Escuta-me e sem embargo condena-me. Dá-me três anos de reclusão que os magistrados italianos não dão nem aos terroristas que são apanhados com explosivos numa cantina. O seu processo é inútil. Enquanto tiver alento, repetirei o que escrevi nos meus livros e que volto a escrever aqui. Nunca me deixei intimidar, não me deixo intimidar pelas ameaças de morte nem pelas perseguições, pelas denigrações, pelos insultos dos quais o senhor cuidadosamente evitou proteger-me.
Jesus e Maomé
Continua tabém a indulgência que a Igreja Católica (da outra parte, o maior apoiante do diálogo) professa em tudo o que está relacionado con o Islão. Continua portanto a sua irredutível vontade de enfatizar o “património espiritual comum que nos é transmitido pelas três grandes religiões monoteístas”: a cristã, a judaica, a islâmica. As três baseadas no conceito do Deus único, as três inspiradas em Abraão. O bom do Abraão, que para obedecer a Deus esteve para degolar o seu filho como a um cordeiro.
Mas que património comum? Alá não tem nada em comum com o Deus do Cristianismo. Com o Deus Pai, o Deus bom, o Deus afectuoso que predica o amor e o perdão. O Deus que nos homens vê os Seus filhos. Alá é um Deus patrão, um Deus tirano. Um Deus que nos homens vê os seus súbditos e até os seus escravos. Um Deus que em lugar de amor, predica o ódio, que através do Alcorão chama cães infiéis àqueles que crêem noutro Deus e ordena castigá-los. Subjugá-los, matá-los.
Então como se podem pôr no mesmo plano o Cristianismo e o Islão? Como se faz para honrar de igual modo Jesus e Maomé? Será que a questão do Deus único chega para estabelecer uma concordância de princípios, de valores?
Este é quiçá o ponto em que a realidade posterior ao ataque de Londres mais me molesta. Altera-me também porque expõe, isto é, reforça o que considero um erro do papa Wojtyla: não lutar o necessário contra a essência anti-liberal e anti-democrática do Islão. Nestes quatro anos não fiz mais do que perguntar-me porque é que um guerreiro como Wojtyla, que contribuiu para a queda do império soviético e, por conseguinte, do Comunismo, se mostrou tão débil perante uma desgraça pior do que o império soviético e o Comunismo.
Mandamento
Naturalmente compreendo que a filosofia da Igreja Católica se baseie no ecumenismo e no mandamento de “amarás o teu inimigo como a ti mesmo”. Que um dos seus princípios fundamentais seja, pelo menos em teoría, o perdão, o sacrifício de dar a outra face (sacrifício que rechaço não apenas por orgulho, mas também porque o considero um ncentivo ao mal, um incentivo a quem faz o mal).
Sem embargo, existem também o principio da auto-defensa e o da legítima defesa, e se não me engano a Igreja Católica a eles recorreu muitas vezes. Carlos Martel venceu os invasores muçulmanos erguendo o crucifixo. Isabel de Castela expulsou-os de Espanhaa fazendo o mesmo. E em Lepanto havia também tropas pontifícias.
E se esses católicos não tivessem aplicado o princípio da auto-defesa, de legítima defesa, hoje também nós andaríamos de burca. Também nós chamaríamos aos poucos sobreviventes «perros infiéis». E a basílica de São Pedro seria uma mesquita como a igreja de Santa Sofia, en Istambul. Pior: no Vaticano estariam Osama ben Laden e Mussab al-Zarqawi.
Assim, quando três dias depois do novo ataque o papa Ratzinger voltou a falar de diálogo, fiquei petrificada. Sua Santidade, fala-lhe uma pessoa que lhe quer, que lhe dá razão en muitas coisas. Que devido a isso é escarnecida con motes de atea-devota, laica-chupa-círios. Uma pessoa que compreende a política e as suas necessidades. Que compreende os dramas da liderança e os seus compromissos. Que admira a intransigência da fé e respeita as renúncias ou as concessões a que obriga.
Sem embargo, devo igualmente expôr-lhe a seguinte pergunta: crê de verdade que os muçulmanos aceitam um diálogo com os cristãos e com as outras religiões ou com os ateus como eu? Crê de verdade que podem mudar, emendar-se, parar de semear bombas? O senhor é um homem erudito, Sua Santidade. E conhece-os bem. Explique-me, então: quando é que ao longo da sua história, uma história que já tem mil e quatrocentos anos, é que eles mudaram e se emendaram?
Publicado em «Corriere de la Sera».
O Inútil Diálogo que o Islão rechaça desde há Mil e Quatrocentos Anos
Por Oriana Fallaci.
Continua o discurso sobre o diálogo entre as duas civilizações. E que a terra me engula se me perguntam qual é a outra civilização, o que há de civilizado numa civilização que não conhece sequer a palavra «Liberdade». Que por liberdade entende a “emancipação dos escravos”. Que adoptou a palavra liberdade recentemente, no final do século XIX para poder assinar um tratado comercial. Que na democracia vê Satanás e combate-a com explosivos, cortando cabeças. Que dos direitos do homem, tão escrupulosamente aplicados por nós con os muçulmanos, não quer nem falar. De facto, rechaça subscrever a Carta dos Direitos Humanos redigida pela ONU e substitui-a com a Carta de Direitos Humanos realizada pela Conferência Árabe.
Que a terra me engula também se perguntam o que há de civilizado numa cultura que trata as mulheres como trata.
O Islão é o Alcorão, meus queridos. De qualquer maneira e em toda a parte. E o Corão é incompatível com a Liberdade, é incompatível com a Democracia, é incompatível com os direitos humanos. É incompatível com o conceito de civilização.
E já que abordei este tema, escute-me bem, senhor juíz de Bérgamo, que me quis incriminar por vilipendiar o Islão, mas que nunca culpou o meu perseguidor por vilipendiar o Cristianismo. Nem sequer por instigação ao homicídio (o meu).
Escuta-me e sem embargo condena-me. Dá-me três anos de reclusão que os magistrados italianos não dão nem aos terroristas que são apanhados com explosivos numa cantina. O seu processo é inútil. Enquanto tiver alento, repetirei o que escrevi nos meus livros e que volto a escrever aqui. Nunca me deixei intimidar, não me deixo intimidar pelas ameaças de morte nem pelas perseguições, pelas denigrações, pelos insultos dos quais o senhor cuidadosamente evitou proteger-me.
Jesus e Maomé
Continua tabém a indulgência que a Igreja Católica (da outra parte, o maior apoiante do diálogo) professa em tudo o que está relacionado con o Islão. Continua portanto a sua irredutível vontade de enfatizar o “património espiritual comum que nos é transmitido pelas três grandes religiões monoteístas”: a cristã, a judaica, a islâmica. As três baseadas no conceito do Deus único, as três inspiradas em Abraão. O bom do Abraão, que para obedecer a Deus esteve para degolar o seu filho como a um cordeiro.
Mas que património comum? Alá não tem nada em comum com o Deus do Cristianismo. Com o Deus Pai, o Deus bom, o Deus afectuoso que predica o amor e o perdão. O Deus que nos homens vê os Seus filhos. Alá é um Deus patrão, um Deus tirano. Um Deus que nos homens vê os seus súbditos e até os seus escravos. Um Deus que em lugar de amor, predica o ódio, que através do Alcorão chama cães infiéis àqueles que crêem noutro Deus e ordena castigá-los. Subjugá-los, matá-los.
Então como se podem pôr no mesmo plano o Cristianismo e o Islão? Como se faz para honrar de igual modo Jesus e Maomé? Será que a questão do Deus único chega para estabelecer uma concordância de princípios, de valores?
Este é quiçá o ponto em que a realidade posterior ao ataque de Londres mais me molesta. Altera-me também porque expõe, isto é, reforça o que considero um erro do papa Wojtyla: não lutar o necessário contra a essência anti-liberal e anti-democrática do Islão. Nestes quatro anos não fiz mais do que perguntar-me porque é que um guerreiro como Wojtyla, que contribuiu para a queda do império soviético e, por conseguinte, do Comunismo, se mostrou tão débil perante uma desgraça pior do que o império soviético e o Comunismo.
Mandamento
Naturalmente compreendo que a filosofia da Igreja Católica se baseie no ecumenismo e no mandamento de “amarás o teu inimigo como a ti mesmo”. Que um dos seus princípios fundamentais seja, pelo menos em teoría, o perdão, o sacrifício de dar a outra face (sacrifício que rechaço não apenas por orgulho, mas também porque o considero um ncentivo ao mal, um incentivo a quem faz o mal).
Sem embargo, existem também o principio da auto-defensa e o da legítima defesa, e se não me engano a Igreja Católica a eles recorreu muitas vezes. Carlos Martel venceu os invasores muçulmanos erguendo o crucifixo. Isabel de Castela expulsou-os de Espanhaa fazendo o mesmo. E em Lepanto havia também tropas pontifícias.
E se esses católicos não tivessem aplicado o princípio da auto-defesa, de legítima defesa, hoje também nós andaríamos de burca. Também nós chamaríamos aos poucos sobreviventes «perros infiéis». E a basílica de São Pedro seria uma mesquita como a igreja de Santa Sofia, en Istambul. Pior: no Vaticano estariam Osama ben Laden e Mussab al-Zarqawi.
Assim, quando três dias depois do novo ataque o papa Ratzinger voltou a falar de diálogo, fiquei petrificada. Sua Santidade, fala-lhe uma pessoa que lhe quer, que lhe dá razão en muitas coisas. Que devido a isso é escarnecida con motes de atea-devota, laica-chupa-círios. Uma pessoa que compreende a política e as suas necessidades. Que compreende os dramas da liderança e os seus compromissos. Que admira a intransigência da fé e respeita as renúncias ou as concessões a que obriga.
Sem embargo, devo igualmente expôr-lhe a seguinte pergunta: crê de verdade que os muçulmanos aceitam um diálogo com os cristãos e com as outras religiões ou com os ateus como eu? Crê de verdade que podem mudar, emendar-se, parar de semear bombas? O senhor é um homem erudito, Sua Santidade. E conhece-os bem. Explique-me, então: quando é que ao longo da sua história, uma história que já tem mil e quatrocentos anos, é que eles mudaram e se emendaram?
Publicado em «Corriere de la Sera».
Esta boa vontade com que Oriana Fallaci questiona a Igreja serve, quanto a mim, de retórica pura - porque, de facto, o Estado Papal tem na própria essência da doutrina que o fundamenta o germe de um futuro triunfo do Islão em terras do Ocidente:
- porque dá a outra face, como o Judeu Crucificado mandava,
- porque põe o ideal do monoteísmo semita acima de tudo o resto,
- porque o seu internacionalismo intrínseco fertilizou o terreno para que venha aí uma segunda vaga de imperialismo espiritual semita: primeiro, o próprio Cristianismo, agora o Islão, seu irmão mais novo e mais extremista.
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