quarta-feira, fevereiro 08, 2006

CONTRA AS REACÇÕES DOS INTERNACIONALISTAS ÀS CARICATURAS


Uma das primeiras coisas que é preciso entender a respeito da liberdade de expressão, consiste na diferença entre pessoas e ideias.

Separar as pessoas das ideias que essas pessoas defendem, eis algo de crucial para que o Respeito possa coexistir com a Liberdade.

Assim, quando se insulta uma ideia, não se está necessariamente a insultar a pessoa que defende essa ideia ou sequer a mãezinha dessa pessoa.

Se isto não for entendido, então ou se passa a permitir toda a sorte de insultos pessoais, ou então proibe-se toda e qualquer crítica a toda e qualquer doutrina.

Confundir falta de respeito pelas pessoas com troça ou brincadeira relativamente a certas doutrinas, é o caminho mais seguro para a destruição total da liberdade de expressão. Não perceber a diferença entre ideias e pessoas é típico dos fanáticos, que tomam como ofensa pessoal qualquer crítica aos seus próprios ideais. E porquê? Porque não têm uma individualidade própria para além das suas ideias. E ceder às exigências de fanáticos é deixar-se de poder criticar seja que ideologia for.

Pelo contrário em vivendo-se num sistema no qual haja verdadeira liberdade de expressão, todo e qualquer indivíduo tem o direito de dizer o que lhe apetecer sobre qualquer religião, sim, e também sobre o Islão (que é uma religião terrorista, inclusive, ou que Maomé era pedófilo), do mesmo modo que já pode, desde há muito tempo, afirmar ser o Cristianismo uma doutrina doentia e maligna (e até pode dizer que Jesus era homossexual, mesmo que não seja verdade). Aqui, os muçulmanos ou os cristãos não têm o direito de impor a censura de maneira a proibirem a livre expressão de toda e qualquer opinião sobre as suas religiões.

Mas a súcia internacionalista, amante-do-outro-dê-lá-por-onde-der, opta por esquecer ou ocultar esta evidência ética e resolve apontar a «irresponsabilidade provocatória» dos desenhos satíricos. Tal como a personagem Diácono Remédios, de Herman José, esta nauseabunda maralha refugia-se na argumentação de que «é preciso não ofender a religião» e parte daí para incitar à censura de tudo aquilo que possa incomodar os muçulmanos. Não entende, ou não quer que os Povos entendam, que a publicação destas imagens é de crucial importância no panorama político mundial, porque assim se mostra que a Europa pertence aos Europeus, e que os Europeus, na sua própria terra, dizem o que bem lhes apetecer sobre todas as religiões, além de terem também o direito de fazerem os desenhos que entenderem.

A representação do profeta Maomé é proibida pelo Islão; nesse caso, os muçulmanos têm só de abster-se de o fazer. Não podem é impedir os não muçulmanos de desenharem o que quiserem, muito menos se estes não muçulmanos estão em sua própria casa - efectivamente, o Islão não manda na Europa.

Mas os invertebrados do costume fazem tábua rasa de tudo isto, ansiosos que estão por abdicar da própria liberdade, já que nunca tiveram dignidade (uma coisa implica a outra, caso alguém não tenha percebido). A este respeito, foi especialmente esclarecedora, e deve ser sempre lembrada, a argumentação do dimi (lacaio dos muçulmanos) Ângelo Correia no programa «Prós e Contras» de anteontem à noite - «Nós já não vivemos num mundo estanque de há vinte anos, agora temos cá muçulmanos portanto agora já não podemos falar com o à vontade de há vinte anos. O multiculturalismo é isto

Para quem não tiver entendido, o caso é simples: um simpatizante dos muçulmanos e do multiculturalismo afirma que o multiculturalismo mata a liberdade de expressão. Sem apelo nem agravo.

Daniel Oliveira, na sua coluna do Expresso, resolve especular sobre o que os cristãos diriam se uma imagem satírica de Jesus fosse publicada num jornal europeu.

Pois agora devolva-se-lhe a especulação: se o Jylland-Posten tivesse por exemplo editado um cartune do filho de Maria a sodomizar os apóstolos e a seita cristã a que pertence George W. Bush se indignasse com tal desenho e desatasse por aí a apelar a boicotes, será que a Esquerdalha ia declarar a sua oposição ao jornal dinamarquês?

Daniel Oliveira e sus muchachos bloquistas iam logo pela rua fora a gritar contra o fundamentalismo cristão, «em nome da liberdade!!!!!!!!!!!!», batendo naqueles peitos anti-fascistas-de-longa-data-e-completamente-amantes-da-democracia, clamando que «não temos medo dos inimigos da liberdade!!!!, viva a imprensa livre!!!!!, abaixo o Bushhhhh!!!!!».
Quem conhece esta merda de gente, sabe que não exagero em nada neste exercício de imaginação. Mas em nada. Nadíssima. Pelo contrário, tenho até constatado, pelas opiniões bloco-de-esquerdistas que já li, que a gentalha desta espécie chega a ser caricatural. A este respeito, a realidade é como se fosse um livro pimba escrito por um autor kitsch que lê o que digo e depois cria personagens literárias completamente estereotipadas. Ou seja, a ralé a que me refiro é ainda mais flagrantemente rasca do que parecia.

E, aliás, nem é preciso imaginar muito - basta lembrar que, quando um artista qualquer expôs publicamente uma peça supostamente artística que consistia num crucifixo dentro de um frasco de urina, não houve toda esta polémica, nem os irreverentezinhos de Esquerda manifestaram o seu repúdio pelo insulto contra «as crenças dos outros».

Mais: quando Herman José foi censurado na RTP pelas rábulas que fez, primeiro à rainha Isabel, e, depois, à última ceia, a esquerdalha da sociedade portuguesa solidarizou-se com o referido comediante, contra a «censura obscurantista» dos beatos...

Nas fileiras esquerdistas, há ainda quem diga que a publicação dos desenhos da discórdia foi uma «atitude de provocação adolescente».

Ora o descaramento esquerdalho, se já não surpreende, nunca deixa no entanto de meter nojo. Tem realmente graça ver bloquistas a insurgir-se contra a «provocação adolescente», quando o próprio B.E. é por excelência o partido da adolescência retardada.

Efectivamente, os esquerdistas da laia do B.E. sempre adoraram promover «a rebeldia contra os valores instituídos!!!», e os seus lacaios no campo dos mé(r)dia e da cultura em geral, excedem-se, desde há décadas, em idolatrar o modelo do Jovem Irreverente que se revolta contra a opressão.

Aliás, o B.E. até quis participar na manif (esta gente não faz manifestações, faz «manifs») anti-globalização de Madrid, não fosse a pronta actuação da polícia fronteiriça castelhana, que aplicou aos militantes louçanistas o correctivo que é devido a quem não obedece a ordens policiais e tenta violar as fronteiras de um país. Estivesse o PNR devidamente organizado nessa altura, e teria emitido um elogio público às autoridades do país vizinho pela seu justo e exemplar procedimento (embora se tenham perdido «as que caíram no chão», talvez valesse a pena que os bloquistas lá voltassem para as apanhar todas, mas enfim, nada é perfeito).

A esquerdalha acha que é bonito, é giro, é fino, é jovem, é «in», é «cool», é irreverente, andar pelas ruas a atirar cocktails molotov contra os carros, as lojas («toda a propriedade privada é um roubo!!!!!!», pensarão ainda os esquerdalhos mais diligentes...) e contra a polícia («esse símbolo da autoridade repressora!»), porque as polícias ocidentais fazem todos os possíveis para não magoar os meninos rebeldes...

Mas quando o risco da irreverência é a morte, nessa altura o Jovem Irreverente de Esquerda perde a vontade de ser contestatário, mete a viola no saco e resolve tornar-se num «adulto responsável»...

Ora arvorar-se em «trocista» e «crítico» contra quem não lhes pode aleijar o focinho mal lavado, mas baixar a bolinha relativamente a quem lhes pode fazer mal a sério, é, na melhor das hipóteses, uma copice-de-leite própria de meninos mimados a brincar aos revolucionários, e, na pior, uma cobardia por demais ridícula.

Em suma, a publicação das caricaturas que satirizam Maomé foi das melhores coisas de 2005, por vários motivos:
- porque serviu para mostrar, assim haja firmeza, que na Europa mandam os Europeus, pelo que, na Europa são as leis europeias que vigoram e não as leis do Islão, credo alienígena;
- porque serviu para mostrar aos Europeus o que é de facto o mundo islâmico, com o seu fanatismo e arrogância revoltante (mesmo da parte dos supostos «moderados», que não se opõem a que haja manifestantes islâmicos a gritar «Europeus, lembrem-se do Theo van Gogh...», quem não se revolta com isto não merece ser respeitado);
- porque serviu para mostrar que o poder do boicote é elevado, o que oferece aos Europeus uma grande capacidade de pressão a nível mundial, já que a Europa é a região do mundo com mais consumo (atenção à possibilidade, bem real, de travar a expansão mercantil chinesa);
- porque serviu para mostrar, mais uma vez, a intrínseca merdice dos esquerdistas supostamente rebeldes.. É desta maneira que, mais uma vez, lhes cai a máscara «democrática» e mostram a repulsiva carantonha que andam a esconder: em todas as vezes nas quais aparentam promover/defender a liberdade, estão na verdade a atacar tudo o que é europeu.

6 Comments:

Blogger João said...

Dos mais esclarecedores textos vistos por cá. Não vi o Prós e Contras, enoja-me a apresentadora, uma infeliz que, quando apresentava o Jornal da Tarde não sabia pronunciar Cazaquistão ou Azerbaijão, assim como me enoja a maior parte dos ilustres convidados que por ali debitam bacoradas com o ar de grandes luminárias do pensamento. De qualquer modo, de Ângelos Correias, Freitas, Adrianos e por aí, nada se pode esperar no que diga respeito à defesa da Europa.

8 de fevereiro de 2006 às 19:00:00 WET  
Blogger Sefodeu said...

bom 'post'. começa-se no 'respeito' e acaba-se na censura? sem dúvida. concordo em absoluto.
Porém, mudando aparentemente de assunto, convém dizer que a polémica está a ser colocada pelos media de um modo muito superficial(como sempre). O assunto de fundo é político e é de extrema gravidade. Nao sei se poderemos evitar uma guerra contra uma uniao chiita com um Irão cada vez mais forte.
Para já as consequencias económicas nao vao ser muito boas.

1 abr. Caturo,

Isento

8 de fevereiro de 2006 às 23:44:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Dizer que o islão é uma religião terrorista presspôe que os seguidos sejam terroristas. No minimo é ser desonesto, no máximo existem os tribunais para resolver casos de calúnia e difamação como esses.

9 de fevereiro de 2006 às 10:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Por falar em calunias e tribunais eu João Suíno, presidente da associaçao nacional de suínos (não porco porque desses há muitos de duas patas e por norma deitam acido sulfurico nas mulheres quando elas querem ir ao medico curar uma infecção urinaria e não podem ser tocadas por outro homem...) venho por esta forma apresentar o meu protesto contra a religião muçulmana e judaica por nos intitular de "animal impuro". Mas que merda é esta? Lá por vivermos na merda, como a maior parte dos portugueses, exigimos um bocado de respeito...

9 de fevereiro de 2006 às 15:25:00 WET  
Blogger Sefodeu said...

O anónimo tem a sua razão, os Chiitas, ao contrário dos Sunis, não têm hábitos terroristas. Ainda assim, nao raras vezes semeiam o caos (como foi o caso).

9 de fevereiro de 2006 às 17:09:00 WET  
Blogger Hindu Temple Stores said...

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