O QUOTIDIANO DO MEDO E DA INDIGNIDADE IMPOSTO PELOS «JOVENS» NORTE-AFRICANOS E A COBARDIA DA AUTORIDADE

Mais uma amostra do que é de facto Sarkozy - não só não foi capaz de debelar com sucesso o motim norte-africano nas ruas de França, como até tenta esconder os frutos da sua incompetência e da insuficiência geral do sistema securitário que actualmente vigora nesse país.

De resto, os franceses que andaram a votar nos partidos imigracionistas só colhem o que semearam.

Lamenta-se somente o sofrimento dos inocentes que nunca contribuíram para este estado de coisas.


França: testemunhos de um ataque ‘abafado’

Sujeitaram-me a vexames sexuais

Os comboios vão ser vigiados por um corpo especial da polícia
O testemunho dos passageiros agredidos tornou ainda mais grave o escândalo do ‘comboio do terror’, nome por que é designada a composição onde dezenas de vândalos assaltaram, no dia 1 de Janeiro, centenas de passageiros enquanto se dirigiam à estação de Marselha.
A polícia tentou evitar que o incidente transbordasse para a opinião pública, mas o silêncio desvaneceu-se na quarta-feira. Entre outros motivos porque no comboio viajavam 600 pessoas, incluindo três mulheres que denunciaram ter sofrido violência sexual. “Foi horrível. Entre outras coisas, roubaram-me e sujeitaram-me a todo tipo de vexames sexuais”, contou uma das passageiras.
As circunstâncias do assalto permanecem envoltas em mistério, embora não haja dúvidas de que os vândalos embarcaram na estação de Nice escoltados pela polícia, tal como sucede com os fãs violentos de uma equipa de futebol.
O problema é que os agentes decidiram apear-se na estação de St. Raphael, ignorando que, a partir de então, os vândalos tomariam conta do comboio. “Eram uns 20 ou 30. Começaram a ameaçar-nos de morte e a amendrontar-nos com objectos contudentes. Estivemos muito tempo submetidos às suas ameaças e à sua violência.”
A negligência das forças da ordem e a lei do silêncio mancharam o ministro do Interior, embora Nicolas Sarkozy seja exímio na arte de abafar escândalos. “Começou a sentir-se um grande tumulto nas carruagens. Teriam entre 15 e 20 anos. Não mais. Alguns deles insultaram-me, apalparam-me e ameaçaram-me com uma violação em público”, afirmou uma das mulheres agredidas.
Assim se explica a admiração e a incredulidade da opinião pública francesa. Sobretudo porque as forças da ordem foram incapazes de intervir. É verdade que foram detidos três dos vândalos, mas a maioria dos jovens escapou quando accionaram o alarme de emergência numa zona descampada.
O pesadelo prolongou-se durante cerca de duas horas perante a impotência geral. Sobretudo porque os três agentes ferroviários que estavam a bordo foram incapazes de fazer frente aos vândalos enquanto estes arrancavam assentos, partiam os vidros das janelas e agrediam os passageiros.