sexta-feira, janeiro 06, 2006

CULTURA GALAICO-PORTUGUESA VS. IBERISMOS PERIGOSOS

Com uns diazitos de atraso, mas sempre a tempo, cá vai um artigo que me mandaram por e-mail, a falar de manobras imperialistas de bastidores, entre outras coisas, tais como as bandalheiras e tibiezas do socialista que de momento ocupa a cadeira presidencial portuguesa...

Jornal "O PRIMEIRO DE JANEIRO" (Porto)
28-Dezembro-2005

Identidade e independência Nacional

A data era duplamente sugestiva: 25 de Novembro. Comemorava-se o trigésimo
aniversário de um dia histórico no processo revolucionário que, entre
outras consequências, desencadeou o mais grave desequilíbrio de potencial
estratégico e de capacidade soberana de Portugal face a Espanha, a que
assistimos em quase nove séculos da nossa existência como Estado
independente. E uma dezena de horas antes, ao que parece com uma mãozinha
habilidosa e comprida de Madrid, a UNESCO rejeitava a classificação, como
Património da Humanidade, da Tradição Oral Galaico-Portuguesa, promovida
pela associação "Ponte nas Ondas" com escasso apoio do governo regional
galego e a velada oposição da Moncloa para quem tudo o que possa prefigurar
a construção da PortuGaliza é projecto a destruir...
Ora, coincidindo com estas duas efemérides, a RTP emitiu um "frente a
frente" entre o antigo Presidente do Governo espanhol, Felipe González, e
Jorge Sampaio, personagem que na última década tem feito a figura de
Presidente da República portuguesa...
De "frente a frente" o programa teve pouco ou nada, face à perfeita
sintonia de pontos de vista quanto ao futuro comum da "Hespanha"... Nem
sequer de um "lado a lado" se tratou... Na vil subserviência iberizante que
vem caracterizando a nossa, ora pueril ora aleivosa, classe política,
presenciámos mais uma triste e nauseosa manifestação da propaganda
hispanista por parte de um sagaz e capcioso dirigente espanhol que à boa
maneira castelhanista consegue vestir com a excelsa pele de manso cordeiro
um insaciável e nefário leão, perante o qual o representante supostamente
português se prostrou, rastejando com o cada vez mais nojento discurso da
amizade e unidade peninsular. Foi um espectáculo de convulsivo vómito!...
Depois de ter ido a Madrid, há uns largos meses, pateticamente impetrar que
nos deixassem ganhar um concurso de adjudicação de uma obra pública, como
uma criança do jardim infantil a mendigar aos grandes que lhes deixassem
marcar um golo... Jorge Sampaio, perante a questão da jornalista sobre o
proteccionismo espanhol, começou por tergiversar para logo a seguir se
agachar completamente diante de Felipe González e a sua poderosa Espanha...
Como se Portugal tivesse já deixado de existir enquanto Estado Soberano,
Sampaio falou por várias vezes em «Relação Ibérica», em vez de "Relações
Luso-Espanholas", reduzindo a cinzas uma dualidade multissecular, como se
fosse desejável, benéfico e especialmente irreversível o caminho que se tem
apressadamente andado rumo à unidade peninsular...
Embora com uma boa dose de cobardia, pois faltou-lhe a coragem de o dizer
de modo claro, frontal e por todos compreensível, teve mesmo o desplante de
criticar "uns tantos"..., que arvorando questões territoriais... querem
dificultar o mortal abraço espanhol... Deu para entender, senhor Sampaio
!
Poucos captaram a mensagem, mas deu para entender!... Vergonha!... Ao que
se chegou, especialmente quando, tendo jurado cumprir e fazer cumprir a
Constituição, estava obrigado, ao menos juridicamente, a defender a
integridade territorial do seu putativo País!...
Também escandalizou a sua percepção das relações transfronteiriças e o
elogio que proferiu à perigosíssima colaboração entre o poderoso exército
da Hispanidade em que se vem convertendo o Instituto Cervantes e o cada vez
mais débil Instituto Camões... Qualquer espírito medianamente inteligente
entende que não são "moinhos de vento" certos "gigantes" que Madrid
engendrou e que alimenta para edificar o seu projecto colectivo, assente
nos pilares da unidade interna, da união ibérica e da hispanização de todo
o espaço lusófono...
Mas não se ficou por aqui o senhor Sampaio! Declarou, com ignara
grandiloquência, que perante os dignitários espanhóis, lembra sempre, a
propósito da «Relação Ibérica», que «nós temos a nossa identidade»... Pois,
senhor Sampaio, "identidade" também têm os Andaluzes, os Canários, os
Extremenhos ou os Leoneses, para não falar nos Bascos, Catalães e Galegos.
O que importa sobremaneira é que tivemos, e formalmente ainda talvez
tenhamos, não apenas "identidade" mas também independência, tesouro supremo
que estes últimos povos almejam conquistar
, enquanto os cipaios, que nas
últimas décadas tomaram de assalto os destinos da Nação, pretendem
perfidamente desbaratar...
Sampaio, afinal, esteve ao seu nível. Ao nível daquele autarca que fez a
negociata com o espanholíssimo "Corte Inglês" com os terrenos do Parque
Eduardo VII; ao nível daquele Presidente da República que condecorou, com a
Ordem da Torre e Espada, o Rei de Espanha e, com a Grã-Cruz da Ordem do
Infante D. Henrique, Rodríguez Ibarra, Presidente da Junta da Extremadura e
por essa via governador espanhol de Olivença!...
Foi um nível demasiado rasteiro. Mas foi o nível a que, em dez anos de
paupérrimos mandatos presidenciais, sempre esteve em tudo o que se
relacionou com a Independência de Portugal!
A Espanha deve-lhe muito. O anedótico, mas financeiramente chorudo, Prémio
Carlos V, que o mesmo Rodríguez Ibarra lhe ofereceu, ainda não retribuiu
todos os préstimos que deu à construção da Ibéria. Se Madrid não proceder
como Roma... muito lhe tem a pagar ainda!...

Mário Rodrigues
Leiria

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Si la cultura galaico portuguesa perdió el concurso de la Unesco fue gracias a la gestión en favor de La Patum de Gerona (Cataluña) que hizo el antiguo director general de la Unesco FEDERICO MAYOR ZARAGOZA, antiguo rector de Universidad durante el franquismo; luego del centrismo de Adolfo Suarez y ahora, cual catavento, pro- socialista zapateril. Mayor Zaragoza tambien tuvo destacada intervencion en la fechoria del descuartizamiento, despiece y expolio del Archivo de la Guerra Civil española de la culta ciudad de Salamanca, en favor de....Barcelona (Cataluña), de donde es natural el catalán Mayor Zaragoza. Segun el blog " O Franco Atirador", la coleccion de arte de Joe Berardo tiene un cuadro del pintor barcelonés Antonio Tapies. No se descarta que la Generalidad de Cataluña, por mediación del inclito Federico Mayor Zaragoza, reclame el traslado de toda la coleccion Berardo a Barcelona, Cataluña. Era el castigo que mereciais los nazi- onalistas portugueses ateos y anti- españoles.....

6 de janeiro de 2006 às 12:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Quien no tiene padrinos, no se bautiza...

6 de janeiro de 2006 às 13:14:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

viva la Galécia, Portugal non, gracias

6 de janeiro de 2006 às 22:40:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Nao gracinhas

7 de janeiro de 2006 às 12:56:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não vejo um boi dessa lingua de merda ... o merdanhol

Mas P... que pariu estes Espanholistas de M .....

Mas o que é que estes espanholitos vêm aqui fazer é que eu não entendo !!!

Deve ser Sadomasoquismo e vontade de levar na cornadura como sempre levaram sempre que tentaram meter aqui a pata

8 de janeiro de 2006 às 01:15:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Era el castigo que mereciais los nazi- onalistas portugueses ateos y anti- españoles..... "

" A Espanha são as raizes dos lobos e das serpentes ! As cobras largam peçonha ... os lobos mostram os dentes "

Pedro Homem de Mello
( ... Não era um Nazi )

8 de janeiro de 2006 às 01:17:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Alto ai quando se fala desse nobre animal que é o LOBO...
Os espanhois são mais a cobra e a raposa.
Um verdadeiro animal traiçoeiro.
Já ninguém atura esses merdas.
Espanha é maior farsa de união que existe na Europa.

Celta 88

9 de janeiro de 2006 às 09:59:00 WET  

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