quarta-feira, novembro 09, 2005

CINEMA TUGA

Segundo uma sondagem recente, a esmagadora maioria do público português não gosta de ver cinema português, dado que o considera deprimentemente urbano, decadente, abordando apenas temas de miséria, material e moral (prostituição, droga) e desgraça em geral.

Pudera - o público português ainda é constituído por pessoas normais.
Pessoas que não estão dispostas a pagar sistematicamente cinco euros para ficarem deprimidas durante duas horas e tal.
Pessoas que estão fartas da miséria que gramam pelos olhos dentro, no quotidiano real, dispensando por isso poluir a mente com choradinhos e masoquismos doentios.
Pessoas que não ficam especialmente sensibilizadas quando são sujeitas a ter de gramar arte neo-realista, isto é, miserabilista, tão do agrado de certa Esquerda intelectual, apostada em destruir todos os valores tradicionais, na pretensão de fazer crer que o «lado negro» das coisas é o seu «lado verdadeiro» (curiosamente, a fazer lembrar os religiosos que consideram este mundo como «um vale de lágrimas» e nada mais...), atitude ideológica que acorrenta o espírito humano ao esgoto donde não é possível sair a não ser pelo «rompimento» total com todas as instituições e todos os ideais tradicionais - ou seja, uma redução ad nauseam, grosseira e falsificadora como todas as reduções que sejam levadas a sério.

Em suma: a classe intelectual tuga bem pode limpar as mãos à parede no que toca às pepinadas pretensamente profundas que produz no cinema. Naturalmente que, numa sociedade livre, devem ter o direito de continuar na senda do que quer que lhes apeteça, mas ao menos que haja alguém a pôr cobro ao financiamento estatal dos seus delírios intelectuais.

18 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lido este texto, a pergunta que se impõe é: para quando o Pátio das Cantigas II?
É a questão que tem atormentado sucessivas gerações!
Senhores governantes, prestem bem atenção se nos estiverem a ler - queremos (melhor digo, exigimos, e olhem que se não formos atendidos partimos para a Guerra Civil) um filme que fale das nossas grandes tradições folclóricas: a cantoria, os santos populares, as sardinhadas e demais assados, e, a basilar pedra da essência lusitana - as carraspanas de caixão à cova em que um tipo até pede lume a lampiões. Isso é ser português, e se vocês não atenderem a este pedido dum cidadão lusitano que paga impostos, não bufa, e a inda vai ter de passar mais não sei quantos anos a dar ao couro para vos pagar reformas e subvenções várias que ele nunca vai ter (pelo andar da carruagem), eu vos condeno no Sacro Tribunal da Raça e da Pátria por multiculturalismo, antinacionalismo, agnosticismo, facilitismo, cristianismo, comunismo, e, se me foderem muito por paludismo! E toda a Nação portuguesa gritará comigo, a meu lado:

MORTE AO MANOEL DE OLIVEIRA!
MORTE AO JOAQUIM LEITÃO!
MORTE AO LEONEL VIEIRA!
MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!

Viva a cinematografia dos anos 40! Pobrezinhos mas limpinhos!

Cá vamos, cantando e rindo...

9 de novembro de 2005 às 20:57:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Brilhante análise Caturo.

Quanto ao Ourique, até para se ser irónico é necessária alguma inteligência, coisa que você está muito longe de possuir.

9 de novembro de 2005 às 21:49:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

epa o povo portugues sempre gostou de tratar o lado triste na maioria das coisas, por exemplo fado, enfim o nosso clima nem é tao deprimente como o nordico, mas talvez por termos tido sempre uma economia de merda... e pessima qualidade de vida.. incompetencia do nosso povo.

Mas realmente o cinema portugues é pessimo, eu gosto de filmes tristes e dramaticos, mas os filmes portugueses sao uma autentica merda.

9 de novembro de 2005 às 23:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Quanto ao Ourique, até para se ser irónico é necessária alguma inteligência, coisa que você está muito longe de possuir.»

Não estava ser irónico. Para ser prespicaz, também é preciso alguma inteligência. Para isso, e para pôr um nome nos comentários.
Coisa que você está longe de ter.

PS - Ninguém pode possuir inteligência; não é uma posse concreta, é um atributo abstracto.
Para perceber português é preciso um nadinha de inteligência: coisa que você está a milhas náuticas de saber o que é.

10 de novembro de 2005 às 00:00:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Que você não estava a ser irónico todos percebemos, estava a tentar, mas não conseguiu, é diferente.Mas continue, num tipo de humor mais burlesco, ao estilo palhaço de circo, sempre distrai.

Já agora Caturo, há-de ler o que este labrego esreveu sobre si no blog de Nelson Buiça, o verme é venenoso e com estes há que colocar o pé em cima e esmagar sem contemplação.

Cumprimentos e, uma vez mais, brilhante análise!

10 de novembro de 2005 às 01:02:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«PS - Ninguém pode possuir inteligência; não é uma posse concreta, é um atributo abstracto.
Para perceber português é preciso um nadinha de inteligência: coisa que você está a milhas náuticas de saber o que é.»

Possuir, v.tr. estar na posse de; ter em seu poder;fruir;gozar;lograr;desfrutar;dominar;encerrar;conter;desempenhar;SER NATURALMENTE DOTADO DE;

Do Dicionário da Língua Portuguesa, 5º edição, Porto Editora.

E mais, se o estúpido argumento deste Ourique fizesse sentido ele próprio não poderia utilizar esta frase:

«Para ser prespicaz, também é preciso alguma inteligência. Para isso, e para pôr um nome nos comentários.
Coisa que você está longe de ter.»

Porque ter e possuir são sinónimos.

Finalmente e para terminar a lição, "prespicaz" não existe, a palavra correcta é "perspicaz", aprenda a escrever e depois apareça.

Lá vamos, cantando e rindo,
levados, levados, sim,
pela voz do som tremendo
das tubas, clamor sem fim.
Lá vamos, que o sonho é lindo,
torres e torres erguendo,
rasgões, clareiras abrindo,
alvas de luz imortal,
roxas névoas despedaçam,
doiram o céu de Portugal.
Querer, querer, e lá vamos,
tronco em flor estende os ramos
à mocidade que passa.

10 de novembro de 2005 às 02:03:00 WET  
Blogger Caturo said...

Olhe que quem é perspicaz, tem mais cuidado com o quje escreve, nomeadamente quando gosta de corrigir os erros ortográficos dos outros... ó «prespicaz»...

10 de novembro de 2005 às 10:19:00 WET  
Blogger Caturo said...

De facto, acho que me estou agora a lembrar de quem era o Ourique... foi um que uma vez aqui apareceu armado em carapau de corrida a respeito das ideias religiosas que eu defendia e depois esticou-se ao comprido nas suas próprias calinadas históricas, ficando então caladinho por uns tempos, não foi?...

10 de novembro de 2005 às 10:21:00 WET  
Blogger Caturo said...

Obrigado, caro camarada das 1:02.

10 de novembro de 2005 às 10:22:00 WET  
Blogger Caturo said...

Obrigado, caro camarada das 1:02.

10 de novembro de 2005 às 10:22:00 WET  
Blogger Caturo said...

E, com a pressa, também se esquece das vírgulas, o Alcácer-Quibir... por isso é que tem medo que o fodam muito por paludismo...

10 de novembro de 2005 às 10:29:00 WET  
Blogger Caturo said...

Já vi as mariquices que o Alcácer-Quibir foi escrever, sim senhor... o menino ficou tão ressabiado por ter sido argumentativamente esmagado e contrariado nos «factos» que pretendia expor, que chega à miserabilidade de pegar em coisas tais como trocas de letras (pretende pôr em causa a minha capacidade intelectual porque escrevi «strenght» em vez de «strength»), e, estupidamente, porque traduzi «mess» por «maçada», coisa que, no contexto, nem sequer ficava nada mal.

Enfim, a dor localizada a meio do braço magoa especialmente quem arma aos cágados e depois não é capaz de confrontar os argumentos de um «pseudo-intelectual», que foi como ele me caracterizou, como se tivesse autoridade para tal... esse... esse... esse «prespicaz»...

10 de novembro de 2005 às 10:34:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Heyyy! Eu escrevi prespicaz e toda a gente fez escarcéu!!! É no que dá terem muito pouco em que pensar, e pouca paciência para irem ao dicionário saber o que é mistype. Enfim...
Caturo, chamei-te pseudo-intelectual e é o que te considero. Mas não vou discutir contigo: até porque neste momento não podíamos possuir uma conversa (isto porque possuir é o mesmo que ter, belíssima piada, magistralmente dita por um ignorante qualquer que não sabe a diferença entre sinonímia e similaridade semântica - e se não sabe, não vai ser comigo que vai ficar a saber, ninguém me paga para ensinar português) «expontânea». Talvez conseguíssemos fazê-los lá para «Augusto». Por ora, não se me assemelha possível... Aturar-te seria uma maçada, ou como diriam os Ingleses, «a mess».

10 de novembro de 2005 às 20:45:00 WET  
Blogger Caturo said...

No meu dicionário, não há «mistype». Há «gralha». Mas não se percebe o motivo da tua despreocupação, se no outro dia, quando cometi um lapso de mera desatenção, resolveste fazer um comentariozinho só para realçar o caso, à falta de argumentos para contestares o que costumo dizer.

E é por essas e por outras, Alcácer-Quibir, que tu é que és um pseudo-intelectual - porque te pretendes intelectual, com as tuas apreciações mesquinhamente saloias sobre traduções e gralhas (porque, aplicando-se a ti o teu próprio «raciocínio», aqueles que como tu se portam «têm muito pouco em que pensar»), mas, quando te pões a tentar contrariar opiniões que não te agradam, esticas-te ao comprido por manifesta falta de argumentos, de ideias, de capacidade de debate e, pior ainda, por ignorância e/ou desonestidade (escolhe).

Pelo mesmo motivo, torna-se óbvio que a tua opinião a meu respeito é inteiramente destituída de valor, já que a tua credibilidade intelectual e cultural é nula.

E, aliás, justificas por inteiro o que aqui disse na maneira pretensamente sarcástica como dizes que não vais discutir comigo.

Assim sendo, toda a tua «prespicácia» acaba por não ter valor algum, e, no fim, até podias ter ficado calado, mas, fazendo jus ao dito «quanto mais falas, mais te enterras», acabaste por ficar semelhante a uma discussão impossível... porque essa do «não se me assemelha possível» é do mais cretino que tenho lido. É, como disseste, uma confusão entre sinonímia e similaridade semântica, confusão entre «parecido» e «semelhante».
Agora diz que fizeste de propósito para fazer troça de quem afirmou que ter era o mesmo que possuir, o que, aliás, no caso até nem estava mal de todo, porque uma das acepções de possuir é precisamente «ser dotado de». E, em termos de inteligência, ou se é dela dotado ou não, o que te faz pertencer ao segundo grupo.


Entretanto, vai ficando por aí, porque o facto de fazeres os comentários que tens feito demonstra que só dizes o que dizes porque não consegues mesmo arranjar ideias e argumentos para contrariar seja o que for que eu aqui transmita.

Bom proveito.

10 de novembro de 2005 às 21:54:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Gostei sobretudo da parte do "bom proveito".Garanto-te que o terei.
A gente vai falando, e como te disse noutro comentário qualquer, keep up with the good work!

11 de novembro de 2005 às 00:07:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

GLAUK,não sou judeu,sou um lisboeta filho de pai e mae da cidade de mangualde,distrito de viseu,esta linda terra que viu nascer o grande guerreiro viriato,esta linda terra de gentes cristãs,não,não sou judeu!!!!!
GLAUK,sabias que quase cerca de 60% da população portuguesa é de origem judaica? queres uma prova? pega numa lista telefonica e vê a quantidades de apelidos com nomes de animais,arvores,apelidos tais como: pinto,oliveira,coelho,pereira,figueira,figueiredo,lobo,silva etc etc...todos estes apelidos e os demais são apelidos de novos cristãos,ou seja,de judeus convertidos ao cristianismo pela inquisição, foram assim obrigados a traduzir os seus apelidos ebraicos para português.se calhar tens alguns destes nomes na tua familia,ou talves amigos,passaras a partir de hoja a olhar para eles como merda??!!
já agora,Sabias que o conselheiro militar do D.afonso henriques era judeu,sabias que o nosso INFANTE D.HENRIQUE nasceu em belmomte(serra da estrela),terra de judeus,comunidade esta que ainda lá existe, foi com eles que o nosso INFANTE aprendeu a ler os mapas,efectuar calculos geometricos que tanto foram uteis aos nossos navegadsores.O nosso momento epico coincide com a existencia de judeus em portugal e o nosso declineo coincide com a expulsão dos mesmos.
Mais uma pequena informação,sabias que o actual presidente da republica jorge sampaio é de ascendencia judaica (presidente de merda,eu sei)? seu pai era um medico judeu.Como vês meu caro amigo,o sangue deles tambem nos corre nas veias,e não devemos ter nenhum complexo disso,pois os judeus são um povo brilhante tal como os cristãos,amigo,por mais que não queiras somos um produto judeu pois cristo era judeu e a europa é pautada pela religião e cultura cristã,!!!!!
Não,não sou judeu,
Preferia ver o meu pais e europa com judeus em vez de hoje estarmos rodeados de muculmanos,pretos e de branca(O)s que se misturam com eles.
Certamente portugal,frança e toda a europa teria mais paz,e eu todos os dias poderia andar á noite na linha amadora/sintra sem ter medo de ser assaltado por aquela escomalha de pretos que todas as noites semeiam o terror nos comboios.
Ai tens a razão de preferir os judeus em vez dos muculmanos e da pretalhada

12 de novembro de 2005 às 12:33:00 WET  
Blogger Caturo said...

sabias que quase cerca de 60% da população portuguesa é de origem judaica?

Alto e pára o baile. Isso não é confirmado por facto nenhum.
Na verdade, segundo estudos genéticos recentes, a percentagem de sangue «judaico» na população portuguesa é mínima, residual, insignificante. Efectivamente, as misturas entre Judeus e Portugueses eram relativamente raras.



queres uma prova? pega numa lista telefonica e vê a quantidades de apelidos com nomes de animais,arvores,apelidos tais como: pinto,oliveira,coelho,pereira,

Não está provado de maneira nenhuma que todos os apelidos com nomes de árvores sejam de origem judaica. Ou então, o D. Nuno Álvares Pereira também seria judeu, e isso é coisa que nem o mais fanático pró-semita alguma vez se atreveu a dizer publicamente...
Lobo também não é um apelido judaico. Já estudei a raiz dessa família e não havia qualquer menção a judeus.

Os Judeus que adoptavam nomes «cristãos», queriam, evidentemente, parecer cristãos, tão cristãos quanto possível. Por isso é que judeus «portugueses» com apelidos tais como Rodrigues (que nada tem a ver nem com animais nem com árvores, mas sim com um patronímico, ou seja, significa «Filho de Rodrigo»), por exemplo, não são nada raros, antes pelo contrário.

Quanto ao Cristianismo, é, e sempre foi quanto a mim, uma religião estrangeira à Europa, em virtude da sua raiz semita.

12 de novembro de 2005 às 14:51:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

leio este artigo e penso :
www.cinematuga.com

:)

11 de dezembro de 2008 às 01:45:00 WET  

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