DESENCONTROS E REENCONTROS NA BLOGOSFERA PORTUGUESA

Manuel Brás, do Aliança Nacional, resolveu voltar a falar do Nacionalismo com o intuito de repetir o mesmo, embora por outras palavras.

E, imitando outros patriotas do seu género, pretende criticar a posição verdadeiramente nacionalista, que é racial - infelizmente para si e para a sua causa, abstém-se de discutir com frontalidade, preferindo fabricar um boneco que não se defenda para facilmente o bater e depois clamar vitória sobre algo de vivo, ou seja, apresentar um estereótipo de Nacionalismo, «rebatê-lo» e a seguir congratular-se por ter conseguido «desmontar» o «racismo nacionalista».

Efectivamente, Manuel Brás atribui aos nacionalistas «racistas» a ideia de que raça=nação, quando, na verdade, nenhum dos nacionalistas raciais alguma vez disse tal coisa.
O que os nacionalistas raciais afirmaram, e não foi rebatido, é que sem raça, não há nação, porque uma dada nação insere-se naturalmente no seio de uma determinada raça.

O que é mais curioso e até engraçado na argumentação de Manuel Brás, é que ele começa o seu artigo por revelar que conhece o texto do Fascismo em Rede, mas depois, fazendo-se de novas, tenta convencer quem o lê de que os nacionalistas não respondem às suas questões - a sua atitude torna-se risível assim que se acede à caixa de comentários do dito texto do Fascismo em Rede, em que eu e os camaradas Rebatet (Batalha Final) e FilipeBS(Portugal Sempre), refutámos, ponto por ponto e com bónus extras, toda a argumentação patriota «anti-racista» de Manuel Brás, do Camisa Negra, de Corcunda, do professor António José Brito e de quem concordasse com eles. No fim, o camarada Filipe BS até lançou um repto aos tais patriotas, para que fossem ali defender os seus pontos de vista ou atacar os dos nacionalistas autênticos, mas nada... ninguém piou... quanto a Manuel Brás, nem lá apareceu, se me não atraiçoa a memória.

Assim, para que Manuel Brás não se venha um dia a queixar de lhe ter escapado alguma coisa, vejamos o que se pode dizer sobre as suas questões.
Ora Manuel Brás quer saber porque é que o fundamento último da Nação é o fixismo étnico. E eu respondo: porque sem etnia, não há nação. A Nação é uma emanação da etnia, porque consiste na comunidade de pessoas unidas, à nascença, pela mesma raiz. Uma Nação é pois uma família maior - um grau da Estirpe, localizado entre a Família e a Etnia. Ora, se a Nação perde a sua etnicidade original, deixa pura e simplesmente de ser essa Nação para passar a ser outra coisa qualquer. Perde até a coesão que lhe permitia poder ostentar o nome de Nação. E com isto se responde também à sua interrogação a respeito do desagrado nacionalista relativamente à miscigenação.

Não creio entretanto que seja difícil de perceber porque é que pessoas de raças diferentes não podem pertencer à mesma comunidade nacional. Pois como poderiam, dado que o seu nascimento as separa profundamente?

A seguir, Manuel Brás afirma que a História de Portugal demonstra que pessoas de diferentes raças podem pertencer à mesma Nação. Diz ele que se trata da «constatação de um facto». Mas então agora um facto, só por existir, já cria uma legitimidade?
O existir justifica éticamente o dever existir?
Presumo então que, para Manuel Brás, a violação ou o assassinato sejam de aceitar, só porque «constituem factos» em larga escala.

Por conseguinte, torna-se evidente que Eusébio não é português.

Argumenta ainda que uma uma mole de gente etnicamente homogénea não faz ipso facto uma Nação. De facto, não faz, já que, no seio de uma etnia, pode existir mais do que uma Nação. Mas, se isso é verdade, não é menos verdade que sem uma mole de gente etnicamente homogénea, nem sequer há Nação.

Diz M. B. que os conceitos de povo, nação, grupo linguístico, etc., são puramente etnológicos, fundadas em costumes e vida política, sem relação directa com a questão racial. Ora, quanto às noções de povo e de nação, já se rebateu o seu ponto de vista; agora, quanto à língua, é preciso dizer que uma partilha linguística, só por si, não faz uma nação. Os Angolanos, os Brasileiros, os Moçambicanos, não fazem parte da Nação Portuguesa.

O que lhes falta para isso?

Falta-lhes tão somente serem filhos de Portugueses. Só isso.

Confirma-se deste modo o que os nacionalistas raciais têm dito: a Nação herda-se pelo sangue e traz consigo a cultura e a língua gerada no seio dessa mesma Nação. É nada mais do que natural que o filho aprenda a língua dos pais, a menos que se trate de uma família de surdos-mudos. E, ao ser filho dos seus pais, herda automaticamente o que lhes pertence.
Verifica-se portanto que a herança pelo sangue conduz, naturalmente, à garantia de certas realidades jurídicas, culturais, linguísticas.

Querer separar a questão racial da questão «cultural», é como afirmar, categoricamente «Uma pessoa ou é corpo ou é mente, e qualquer mente pode estar em qualquer corpo, tamanho não é documento!». Enfim, separações aberrantes que só fracturam o ser humano, mutilando-o.


Por fim, Manuel Brás, como bom multiculturalista, já pega nas recentes «descobertas» da ciência para tentar mostrar que não se pode falar em raças. Ou seja, os patriotas anti-racistas, também conhecidos como «nacionalistas-de-futuro», esta espécie de patriotas já está por tudo - e tudo é válido para deitar abaixo as blasfemas ideias raciais em nome do Amor Universal, que é o único ideal admissível à luz dos Evangelhos. E, nessa esteira, lembra-se de afirmar que a variabilidade genética entre indivíduos com fenótipos diferentes (de raças diferentes), é em muitos casos bastante reduzida, ao passo que entre indivíduos da mesma população pode ser muito elevada. Encontram-se variabilidades genéticas de 7 a 10% entre indivíduos de raças diferentes (em continentes diferentes) e de 85% entre indivíduos da mesma raça(2). Estamos a falar de genes, não de aspecto externo.

Para este argumento, de ordem científica, convém apresentar uma resposta de ordem não menos científica:

Esse é outro argumento muito popular que, mesmo verdadeiro, não significaria que raça não tem significado. A falha nesse argumento é a mesma do “argumento do 99,9%”, em que é tratado como mais importante a quantidade – “contagem de feijões” genética (N. do T. genetic "bean counting") – mais do que a importância das diferenças genéticas e suas consequências. De facto, há mais variação genética dentro de grupos do que entre grupos, mas se essa variação não influenciar a expressão de importantes genes, não terá grandes consequências. Há uma considerável variação genética entre irmãos e entre pais e filhos, mas isso não altera o facto que eles são mais intimamente relacionados uns ao outro do que a estranhos.

Novamente o Prof. Whitney demonstra o absurdo do argumento da “variação”. Ele aponta que podemos pegar o total da diversidade genética contida na população de Belfast e uma tropa de macacos e dar a isso um indicador de 100%. Surpreendente como isso possa parecer, a maior parte dessa diversidade será encontrada tanto na população de Belfast quanto na tropa de macacos. Há uma grande diversidade genética igualmente entre dois indivíduos que são muito similares entre si. Isto não significa, claro, que os Irlandeses são mais parecidos com macacos do que com seus vizinhos, ainda que essa seja precisamente a maneira que os advogados do “raças-não-existem” usam o argumento quando o aplicam aos humanos.

O Prof. Whitney explica que assim como no caso da diferenças genéticas entre homens e mulheres, “a questão significante sobre diferenças raciais não é a percentagem da diversidade total, mas como essa diversidade é distribuída entre as raças, que traços ela influencia, e como isso é modelado.” Pequenas diferenças genéticas podem traduzir-se em importantes diferenças físicas e comportamentais.

Ora então volta a estar cientificamente fundamentado o conceito de raças humanas. Razão pela qual será aconselhável e mais credível que os anti-racistas procurem outro modo de destruir o verdadeiro fundamento da Nação.

Entretanto, fica mais uma vez claro como água que nada de importante separa os patriotas anti-racistas dos esquerdistas. Nada.