segunda-feira, julho 18, 2005

VERGONHA ESTRANGEIRA EM SOLO PORTUGUÊS

Do Diário de Notícias, via Forum Nacional,

As associações de imigrantes sentem-se enganadas com a proposta de lei da nacionalidade, por continuar a privilegiar o ius sanguinis. E vão marcar uma reunião para discutir formas de luta. Isto porque não é concedido directamente o estatuto de português a quem nasceu em Portugal, mas só ao fim de seis anos de residência legal dos pais, de dez das crianças e aos filhos de imigrantes já nascidos em território português (3.ª geração). Estimam que existem 100 mil a 150 mil pessoas nascidas em Portugal e que são estrangeiras.
Os representantes dos imigrantes, individualmente ou através da Plataforma de Associação de Imigrantes e do Conselho Consultivo para os Assuntos da Imigração (COCAI), sempre defenderam a atribuição do critério ius soli tem a nacionalidade do país onde nasceu, independentemente da nação dos progenitores, como estipulava a lei de 1960. É, também, esta a regra de países de destino dos portugueses, como a Alemanha, a França, o Canadá e os EUA.
Os dirigentes associativos dizem que o alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, padre Vaz Pinto, e o Presidente da República, Jorge Sampaio, defenderam a valorização do sítio onde se nasce na atribuição da nacionalidade. E que, quando José Sócrates divulgou a proposta de lei no debate no Parlamento sobre o estado da Nação, disse que, "com prudência, mas com realismo", seria "revalorizado" o factor ius soli.
"Ficámos a pensar que a nacionalidade seria imediata, mas assim não posso concordar com a lei", protesta Ludymila Bila, da Associação de Apoio ao Imigrante. Também Igor Klashin, da Edintvo, diz sentir-se revoltado. E desafia "Perguntem aos ascendentes de portugueses que vivem no Canadá e na Alemanha se gostavam de ser estrangeiros no seu país?" Estes dirigentes representam as comunidades de Leste, legalizadas em 2001 e que pouco irão usufruir com a nova lei. Mas também os africanos estão descontentes porque se perdeu a discriminação positiva que existia para com os cidadãos nacionais de países de língua oficial portuguesa.
Vaz Pinto não comenta a nova lei por não a conhecer ao pormenor e Jorge Sampaio não o fará porque a tem de promulgar. A proposta do Governo de alterações à legislação da nacionalidade será discutida depois das férias na Assembleia da República, ao mesmo tempo que as do BE e do PCP, que vão no sentido oposto. Daí que as associações entendam que nem tudo está perdido.
Luta. "Vamos ter de mudar de postura e de atitude. Achamos que não está nada perdido e vamos lutar para que seja aplicado o ius soli e não o ius sanguinis, que se mantém na proposta do Governo", disse ao DN Mamadu Ba, porta-voz da Plataforma de associações.
O ius sanguinis faz depender a nacionalidade dos laços de sangue, dos progenitores. É esta a exigência do Estado português desde 1981 (regulamentada em 1982 e com alterações em 1994) e que implica que existam milhares de crianças estrangeiras sem nunca terem conhecido outro país a não ser Portugal. Ninguém sabe ao certo quantos serão, mas imagina-se um número elevado analisando a di- mensão dos agregados familiares de imigrantes, que são quase o dobro dos portugueses, e o número oficial de estrangeiros, 460 mil.
Mamadu Ba diz que as estimativas das associações são entre cem a 150 mil pessoas que deveriam ter direito imediato à nacionalidade portuguesa. Alcestina Torres, presidente da Associação Cabo-Verdiana, não avança com números, mas avança que serão muitas crianças e jovens. E, segundo Fernando Ka, presidente da Associação Guineense, diz que "há situações bizarras", famílias em que um filho tem a nacionalidade portuguesa e os outros não.
Assim, defende que deveria ser feito um estudo exaustivo sobre a realidade das crianças nascidas em Portugal e da situação em que se encontram. "Estes jovens têm sempre dificuldades por não serem portugueses. Por exemplo, quem não pode ou não quer estudar, não pode praticar um desporto federado porque as equipas só podem ter dois estrangeiros", protesta Fernando Ka. "Crescem com a revolta de serem considerados estrangeiros. E estão em constante luta para provar qualquer coisa. As oportunidade não são iguais para os que têm nacionalidade portuguesa e os que não têm", diz Alcestina.



A arrogância e a ousadia dos alienígenas, que têm o abjecto descaramento de fazer reivindicações em casa alheia. Só isto já era motivo para que fossem postos fora do país, como punição pelo desrespeito ao País que em má hora os acolheu.

Nota: repare-se na postura do padre Vaz Pinto, representante da Igreja: também ele quer que todo o alienígena nascido em território nacional, seja automaticamente considerado como cidadão nacional (Ius Solis). Para que não haja dúvidas sobre a atitude dos líderes católicos sobre o assunto.

8 Comments:

Blogger João said...

O padre vaz Pinto continua a fazer o jogo dele e do seu clube. Vê em cada imigrante-excluído-infeliz-desprotegido-desgraçadinho um futuro elemento a evangelizar. No fim de contas, com tanta concorrência neopentecostal, islâmica e etc há que actuar rapidamente. Seja como for, não há muito a esperar do cristianismo. Não podemos esquecer que é o ex-judeu Saulo-Paulo que anuncia o fim da divisão dos homens, em nome do universalismo.E, se é verdade que a história europeia não se faz sem o cristianismo, não é menos certo que também se fez contra ele.

18 de julho de 2005 às 21:42:00 WEST  
Blogger Luis Gaspar said...

Pois. O que vocês querem sei eu. Nós seríamos inimigos do Estado, não é gladios? Nós, os Católicos, neste caso, os Cristãos, por devermos contas acima de tudo perante Deus (embora sempre também perante as autoridades, desde que não vão contra a Lei Divina), lá iriamos para os campitos de concentração, e lá viria uma crise de tifo que nos mataria aos milhões. Que giro. Conte mais.

18 de julho de 2005 às 23:50:00 WEST  
Blogger Rodrigo N.P. said...

Ó Luís Gaspar, mas você fala seriamente ou está aqui a gozar?

18 de julho de 2005 às 23:57:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Precisamente, Turno - a História europeia faz-se contra o Cristianismo.

Quanto a você, Luís Gaspar, parece aquele detective do Duarte e Companhia que anda sempre a espiar tudo, à procura de descobrir grandes conspirações, e depois não percebe corno do que se passa.

Ora tenha mas é juízo e poupe-me a paciência.

19 de julho de 2005 às 03:40:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Repare-se num pormenor no meio disto tudo: é que supostamente, eles estariam a defender apenas as suas posições de imigrante já instalado em Portugal, pelo que deveriam pedir apenas a naturalização dos que "já cá nasceram e só conhecem este país etc.", mas não, intencionalmente ou por desleixo, querem alterar uma lei que abrange também tudo o que é estrangeiro que ainda cá não chegou, e para serem beneficiados estão a atropelar os mais elementares direitos dos verdadeiros Portugueses.

19 de julho de 2005 às 15:33:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caros Camaradas Nacionalistas anti-Cristãos

Aqui vai uma declaração que faço orgulhosamente de braço ao alto :

Sou Cristão, Católico e Nacionalista !

E em resposta aos vossos convictos comentários respondo :

A Igreja Católica nao tem só o Padre Vaz Pinto ! Tem tambem o Cónego Melo, ex MDLP e um "bruto Facho" na opinião de algumas familias !

O Padre Vaz Pinto tal como o Milicias e o D. Januário Torgal não sei se veneram a Jesus e aliás suspeito que veneram o Supremo Arquiteto de Algum Universo, para quem me possa entender, e por isso não me espantam as citadas declarações !

Alguma Europa pode ter sido feita contra o Cristianismo, como é o caso da Itália, e a mando de um bando de Maçons, sabemos isso ! Não me perfilho minimamente na Europa Maçónica Anti-Cristã. Nem na Europa Comunista Anti-Cristã.

Além disso eu, e muitos de nós Nacionalistas, estamo-nos perfeitamente borrifando para a Europa !

A mim interessa-me Portugal e os seus interesses !

E apesar de existirem muitos ateus em Portugal ( cerca de14 % ), e muitos adeptos de outras Religiões incluindo as Pagãs ( cerca de 1% ), a esmagadora maioria dos Portugueses afirma-se Cristã , mesmo que não vá todos os Domingos à missa ( 85 % ) !

E essa esmagadora maioria merece, e tem de ser respeitada !

E não são apenas os interesses dos Portugueses de hoje que devem ser respeitados, mas tambem a memoria dos interesses dos Portugueses de antanho! Desde 1143 pelo menos que os Portugueses se enquadraram livre e conscientemente no Cristianismo, e por mais verdade que seja o facto de as festas Cristãs serem em datas e formas inspiradas e influenciadas por ancestrais festas Pagãs, é impossivel desligar a Alma Portuguesa do Cristianismo ! A Nação Lusitana evoluio para o Cristianismo e hoje não só não se envergonha como se orgulha do seu passado Pagão ! Mas é apenas isso que passaram a ser as Religiões antigas ! Passaram a ser antigas ou seja - Passado ! Um passado que importa respeitar mas que não deixa de ser passado !

Os Portugueses querem ser Cristãos hoje !

Os Portugueses quiseram ser Cristãos à 900 anos !

E atrevo-me a afirmar que os Portugueses quererão sempre ser Cristãos, honrando todo um passado de lutas e mortes por isso, em nome disso !

As fronteiras daquilo que é Portugal hoje afirmaram-se maioritáriamente na luta do Cristianismo contra o Islão !

As fronteiras dos lugares onde hoje se fala Português afirmaram-se na expansão da fé Cristã, como canta o Imortal Camões !



Saudaçoes

19 de julho de 2005 às 22:14:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Caro Pedro Caçorino Dias,

É verdade que a Igreja Católica não tem só o padre Vaz Pinto. Mas não é menos verdade que o padre Vaz Pinto tem hoje muito mais importância no seio dessa Igreja do que o cónego Melo.

Quanto à Europa, note que os Nacionalistas não se estão para ela borrifando, pelo contrário. Somos europeístas precisamente porque somos nacionalistas - porque sem carácter europeu, não há Portugal.


É verdade que a maioria da população portuguesa ainda é católica.
Católica?
Oficialmente católica... mas boa parte dela, é «não praticante», boa parte dela desconhece os dogmas fundamentais do Catolicismo, boa parte dela nunca pensou sequer no assunto, boa parte dela não quer sequer pensar no assunto, boa parte dela só é católica porque foi baptizada e já está.
Claro que, independentemente disso, esta maioria tem de ser respeitada. Não percebo é a que propósito vem o argumento sobre o respeito, já que aqui ninguém faltou ao respeito para com essa maioria.

O caro Pedro Dias ousa demasiado quando passa a dizer que os Portugueses de 1143 «enquadraram-se livre e conscientemente no Cristianismo».

Mas livre e conscientemente em que sentido, Pedro Dias, se só existiam, nesse contexto espácio-temporal, três religiões, e duas delas eram característica do alienígena (Judeus e Mouros)?
Acha que adoptar uma religião sem sequer pensar nela é uma escolha livre e consciente? Eu acho que não.


Afirma o Pedro Dias que é impossível desligar a alma portuguesa do sentimento cristão. Quanto a mim, esse «sentimento» cristão, não passa de paganismo popular coberto por um verniz oficialmente cristão. O comum aldeão sabe lá o significado do universalismo, do amor sem barreiras, do dar a outra face (estávamos bem arranjados se os cristãos tivessem seguido o seu Deus neste preceito, a Moirama tinha entrado por aqui adentro sem restrições). O comum aldeão quer é as festas e os santos a quem pedir pela saúde e pelas colheitas.

E que santo é este, senão um sucedâneo de uma Divindade pagã, sucedâneo criado para suprir as necessidades espirituais do povo autêntico?

Lembro-me de ter lido que, na Europa do sul, a Virgem Maria está um pouco acima de JC na consideração popular.
Ora, há algum mandamento cristão que mande prestar culto à mãe de Jesus? Não há. Nada há no Novo Testamento que indique dever a mãe de Jesus ser venerada pelos seguidores de Jesus - pelo contrário. Há até uma passagem do Novo Testamento em que Jesus desvaloriza a própria mãe e primos em proveito dos seus apóstolos, num gesto que constitui a afirmação do predomínio dos laços doutrinais sobre os laços de sangue, princípio do universalismo anti-étnico.


E ainda que o Paganismo formalmente assumido tenha morrido - nada impede que ressuscite.
Nada.
Enquanto o sangue estiver vivo, enquanto a nossa gente existir, continua a ser um suporte material para os Deuses da estirpe.

E, como a verdade vem ao de cima, a verdade do Ocidente tinha fatalmente de ser descoberta, e é o que tem vindo a acontecer, desde o Renascimento (do espírito pagão clássico) no século XV até aos dias de hoje. É por isso que a Paganidade cresce, ainda que pouco, mas cresce, da Rússia a Portugal, da Grécia à Islândia, chegando ainda aos E.U.A., ao Brasil branco e à Austrália, isto é, onde quer que o homem branco europeu esteja ainda de pé.

Um Deus ou é verdadeiro ou não, Pedro Dias. E, se é verdadeiro, não é só do passado - é do passado, do presente e do futuro, sem limites. É de todos os tempos. É intemporal.

O Pedro Dias quer que os Portugueses queiram ser cristãos hoje, mas, de facto, o Cristianismo está a perder terreno em Portugal, tal como acontece nos outros países tão europeus como Portugal.


Pedro Dias: o Cristianismo foi uma força presente no crescimento de Portugal; mas não foi o Cristianismo que fez o fundamento da Nação Portuguesa. Este fundamento, é étnico, luso-romano - não foi criado por uma doutrina universalista.


E, já que referiu Camões, termino com uma citação do seu imortal épico, os Lusíadas:
Vênus bela,
Afeiçoada à gente Lusitana,
Por quantas qualidades via nela
Da antiga tão amada sua Romana;
Nos fortes corações, na grande estrela,
Que mostraram na terra Tingitana,
E na língua, na qual quando imagina,
Com pouca corrupção crê que é a Latina.

20 de julho de 2005 às 17:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Vénus

30 de março de 2007 às 20:23:00 WEST  

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