PELA SOBERANIA NACIONAL

Não se pode deixar de destacar as palavras de D. Duarte Nuno de Bragança, no seu artigo publicado no Expresso desta a respeito da perda da independência nacional que a aceitação do novo tratado da União Europeia implica.
Saliento, em particular,
- a simplicidade do sarcasmo, bem dirigido, aos que afirmam que quem quer a Europa como ela está agora, sem federalismo, é porque são contra a Europa;
- a valorização de um património, multisecular, que não pode ser posto em causa pelas convicções de uns quantos, sectários de ideologias modernas e sem raizes;
- a consciência de que todo o português tem a fundamental riqueza de possuir um pouco da Portugalidade - língua, história e, digo eu, etnicidade - e que isso vale bem mais do que «um prato de lentilhas», para utilizar a expressão bíblica empregue por D. Duarte Nuno de Bragança.

Lamento entretanto que o Duque de Bragança perfilhe a ideologia de ligação a África, por si defendida noutras ocasiões e neste artigo apenas levemente aflorada na passagem em que mostra desagrado pela concepção da Europa como fortaleza e não, como queria ainda D. Duarte Nuno, uma caravela.