domingo, outubro 10, 2004

O QUE É A NOVA INQUISIÇÃO - II

Continuação do texto de Guillaume Faye:

A sociedade francesa não reconhece que a realidade racial se impõe, se proclama por todos os sítios, começando pelos imigrantes. Nos subúrbios e nas «zonas sem direitos», os franceses autóctones são chamados depreciativamente de «galos» ou, mais frequentemente, de «queijinhos» ( petit fromages). Enquanto as raças são censuradas como inexistentes e não se lhes reconhece nenhuma realidade, a questão racial está mais presente que nunca.
É evidentes que as «raças puras» não existem e que o conceito não tem sentido biológico, pois toda a população é produto de um filão genético muito diverso. Mas isto não tira importância ao facto racial nem às raças. Inclusive uma população mestiça constitui uma realidade racial e não se pode dizer que na América do Sul ou nas Antilhas a mestiçagem tenha criado novas raças. Os anti-racistas, que negam a realidade do conceito de raça, são favoráveis à mestiçagem, militam pela mistura das raças e negam por tanto a sua própria realidade. Entendem quiçá que com a mestiçagem as raças deixarão de existir? De forma dogmática empenham-se em demonstrar cientificamente que as raças não existem e que portanto a modificação do substrato biológico da Europa não terá consequência alguma, apenas consequências benéficas. Esta é a tese envenenadora do «totem cultural» na qual nem os seus seguidores acreditam com seriedade.
De uma parte a ideologia oficial nega a existência de raças humanas, assinalam as diferenças «insignificantes» nos cromossomas pessoais, mas por outro lado a lei proíbe as discriminações raciais «em nome da pertença ou não pertença a uma raça etnia ou religião». Então as raças existem ou não existem? Na simples lógica aristotélica ou leibniziana, é um absurdo reprimir aqueles que cometem um delito contra um sujeito jurídico que não existe.
Por outro lado proclama-se a inutilidade das distinções raciais, mas aplicam-se legalmente cotas e medidas de favoritismo racial. Negam-se as diferenças raciais mas põe-se em destaque os problemas de discriminação racial. (…) Como toda a realidade antropológica e, mais geralmente, natural, o facto racial não é um facto absoluto, mas é um facto! a sua negação actual pela ideologia dominante constitui o sinal e a prova de que a questão racial tornou-se fatídica. Toda a civilização doente tende a censurar a verdade do seu mal e transformá-la num tabu. Não se fala de cordas na casa do enforcado. A ideologia hegemónica procede assim ao silenciamento, como um segredo de família.
O sociólogo negro sul-africano, de etnia zulú,Kredi Mutwa, escrevia no seu revelador livro «Meu povo»(Penguin books,Londres,1977): “ Negar as diferenças fundamentais entre os negros e os brancos, as duas grandes famílias raciais da humanidade, é negar a natureza e a vida. É tão estúpido como afirmar que a feminilidade e a masculinidade não existem. Aqui se descobre uma falta de senso comum no espírito ocidental. O homem negro acusa em si mesmo mais que o branco a sua personalidade racial, e é por natureza mais reticente em aceitar a utopia de um "homem universal".»