NEO-LIBERALISMO MASSIFICANTE
Do Forum Nacional, a parte em itálico:
Acordo entre patrões e sindicatos ou entre patrões e trabalhadores pode estender horários
Portugal está acima da média europeia, com 39,5 horas por semana
A Comissão Europeia levantou, ontem, a possibilidade de os estados-membros da União Europeia (UE) poderem alargar as suas semanas de trabalho até às 65 horas.
Num dos documentos saídos da habitual reunião das quartas-feiras, a Comissão refere que o limite de trabalho semanal, fixado em 1993, se mantém nas 48 horas. Mas, caso haja acordo entre sindicatos e patrões, ou entre os patrões e os trabalhadores a nível individual, nos casos de inexistência de contratos colectivos de trabalho, os estados-membros podem aceitar semanas de trabalho de 65 horas.
Em Portugal, a média semanal está nas 39,5 horas.
A Comissão reconhece, por outro lado, que, após dez anos de vigência, a directiva comunitária sobre o tempo de tabalho necessita ser revista à luz das exigências da "economia europeia moderna", onde a flexibilidade na organização do mundo laboral está na ordem do dia.
(...)
Para João Proença, da UGT, que se assume "claramente contra" as intenções de Bruxelas, está em causa a "desregulamentação dos horários de trabalho", o que faz tanto menos sentido quanto o próprio Código do Trabalho já prevê semanas de 60 horas, depois compensadas com outras menos intensas, de forma a que, em média, se trabalhe um máximo de 40.
Já Joaquim Dionísio, da CGTP, denuncia o "acentuar da liberalização do mercado de trabalho" e lembra que "as pessoas não vivem para trabalhar".
Engrossei o parágrafo que expressa o que todos deviam ter em mente, senão para aplicarem às suas próprias vidas (cada um faz o que quiser consigo próprio) mas pelo menos para reconhecerem aos outros um direito fundamental, que é o direito a não ser tratado como máquina de trabalho.
Os poderes instituídos parecem cada vez mais empenhados em brutalizar e massificar o indivíduo, submetendo-o ao trabalho a ritmo galopante, o que nem deixa tempo para pensar, falta de tempo essa que é agravada pela insegurança crescente do trabalhador face ao seu futuro profissional, pois que as leis de despedimento estão cada vez mais «flexíveis» e ninguém pode sequer ter garantia de que daí a dois anos ainda arranja trabalho no seu próprio país.
E é isso que a «elite» neo-liberal quer: arrebanhar massas populacionais crescentes, dominá-las por completo, poder desenraizá-las a seu bel-prazer (e o que se desenraiza enfraquece-se), subtraí-las a qualquer forma de segurança individual que lhes permita uma estabilidade pessoal - é essa a verdadeira explicação do ataque à função pública, porque na função pública o indivíduo está seguro e depende muito menos dos patrões do que na actividade privada. Querem poder ter à sua mercê uma imensa massa de máquinas humanas, prontas a serem moldadas como plasticina consoante as necessidades economicistas dos grandes magnatas.
Contra tudo isso, erga-se quem ainda for vertebrado e acreditar que possui uma alma.
Acordo entre patrões e sindicatos ou entre patrões e trabalhadores pode estender horários
Portugal está acima da média europeia, com 39,5 horas por semana
A Comissão Europeia levantou, ontem, a possibilidade de os estados-membros da União Europeia (UE) poderem alargar as suas semanas de trabalho até às 65 horas.
Num dos documentos saídos da habitual reunião das quartas-feiras, a Comissão refere que o limite de trabalho semanal, fixado em 1993, se mantém nas 48 horas. Mas, caso haja acordo entre sindicatos e patrões, ou entre os patrões e os trabalhadores a nível individual, nos casos de inexistência de contratos colectivos de trabalho, os estados-membros podem aceitar semanas de trabalho de 65 horas.
Em Portugal, a média semanal está nas 39,5 horas.
A Comissão reconhece, por outro lado, que, após dez anos de vigência, a directiva comunitária sobre o tempo de tabalho necessita ser revista à luz das exigências da "economia europeia moderna", onde a flexibilidade na organização do mundo laboral está na ordem do dia.
(...)
Para João Proença, da UGT, que se assume "claramente contra" as intenções de Bruxelas, está em causa a "desregulamentação dos horários de trabalho", o que faz tanto menos sentido quanto o próprio Código do Trabalho já prevê semanas de 60 horas, depois compensadas com outras menos intensas, de forma a que, em média, se trabalhe um máximo de 40.
Já Joaquim Dionísio, da CGTP, denuncia o "acentuar da liberalização do mercado de trabalho" e lembra que "as pessoas não vivem para trabalhar".
Engrossei o parágrafo que expressa o que todos deviam ter em mente, senão para aplicarem às suas próprias vidas (cada um faz o que quiser consigo próprio) mas pelo menos para reconhecerem aos outros um direito fundamental, que é o direito a não ser tratado como máquina de trabalho.
Os poderes instituídos parecem cada vez mais empenhados em brutalizar e massificar o indivíduo, submetendo-o ao trabalho a ritmo galopante, o que nem deixa tempo para pensar, falta de tempo essa que é agravada pela insegurança crescente do trabalhador face ao seu futuro profissional, pois que as leis de despedimento estão cada vez mais «flexíveis» e ninguém pode sequer ter garantia de que daí a dois anos ainda arranja trabalho no seu próprio país.
E é isso que a «elite» neo-liberal quer: arrebanhar massas populacionais crescentes, dominá-las por completo, poder desenraizá-las a seu bel-prazer (e o que se desenraiza enfraquece-se), subtraí-las a qualquer forma de segurança individual que lhes permita uma estabilidade pessoal - é essa a verdadeira explicação do ataque à função pública, porque na função pública o indivíduo está seguro e depende muito menos dos patrões do que na actividade privada. Querem poder ter à sua mercê uma imensa massa de máquinas humanas, prontas a serem moldadas como plasticina consoante as necessidades economicistas dos grandes magnatas.
Contra tudo isso, erga-se quem ainda for vertebrado e acreditar que possui uma alma.
7 Comments:
ADENDA:
Acrescento aqui algumas considerações que me parecem importantes mas que não escrevi na mensagem acima para evitar que o texto ficasse demasiado longo e fastidioso.
De um camarada do Forum Nacional, divulgo o pensamento:
«Gostava de saber porque é que se fala tanto da produtividade que nós portugueses não oferecemos ao Estado Português e a maioria dos centros comerciais de hoje em dia estão abertos:
- Dias úteis até às 00h00.
- Sábados o encerrar é a mesma hora.
- Domingos idem aspas, aspas.
- Feriados é a mesma coisa.
Resumindo:
A produtividade é cada vez mais baixa comparada com os nossos países europeus que fecham os centros comerciais às 22h00, penso que aos sábados às 14h00 e domingos estão fechados.
A produtividade encontra-se nos bolsos dos empresários e do Sr. Bagão Felix.
Mas também não há nada a dizer, continuamos os recordistas da mediocridade na Europa.
Obrigado Dr. Bagão.»
O povo português é europeu, não se pode deixar tratar como os africanos se deixam tratar a si próprios - enquanto os povos da Europa ainda vivem em equilíbrio relativo do ponto de vista sócio-económico (e, curiosamente, quanto mais puramente europeus menos desniveladas são as suas sociedades, como é o caso dos Noruegueses e dos Islandeses), precisamente porque REIVINDICAM aquilo a que têem direito, os africanos e os asiáticos sujeitam-se, desde há milhares de anos, ao poder despótico dos líderes e aceitam chafurdar na miséria enquanto os senhores do sistema ostentam uma riqueza obscena.
Obscena como o que disse Almeida Santos (embora a um nível muito menos grave, também!... era o que mais faltava!...) que os deputados coitados recebiam tão pouco de salário que qualquer dia tinham de andar a pedir... Almeida Santos é socialista e, na altura, estava como presidente da Assembleia da República.
Ele e outros afins demonstram bem como são as elites burguesas, de Esquerda ou de «Direita»: desprezam o povo por completo, chegando por vezes a considerá-lo como uma cáfila de quase sub-humanos que podem muito bem viver com oitenta contos por mês (para quem é, bacalhau basta...) enquanto os deputados não aceitam menos de quatrocentos.
Ora, em Portugal o ordenado mínimo é cerca de 415€. Na Irlanda, ultrapassa os mil euros. Em Espanha, aproxima-se dos 600€. Não obstante, o primeiro-ministro português aufere um ordenado superior ao do seu homólogo espanhol. Isto significa que Portugal está, até nisso, mais próximo do terceiro-mundo do que os outros países da Europa, pois que uma das características do terceiro mundo (África, Ásia, América Central e do Sul) é precisamente a tendência para o fosso económico entre as classes sociais.
Há quem diga que os políticos em Portugal ganham pouco. Quem o afirma é quase sempre gente da laia neo-liberal para quem o País é como uma empresa e os governantes têm por isso de ser empresários - isto é, só trabalham pelo lucro. Tendo este raciocínio por base, argumentam que os «bons» (isto é, no sentido mera e exclusivamente tecnocrático, os competentes, os eficientes) não aceitam trabalhar pelos baixos ordenados que os políticos portugueses auferem.
Pois eu afirmo: quem recusa governar a Nação porque pode ganhar mais dinheiro noutro lado, não serve para governar a Nação e é bom que permaneça longe do poder político. Gente assim, que rejeita responsabilidades políticas só porque quer ter um Rolls-Royce em vez de um modesto Mercedes, é gente que serve para trabalhar, para fazer dinheiro, não para liderar um Estado.
Caro Sr. Caturo,
”Engana-se redondamente. Em França, por exemplo, os nacionalistas captam eleitorado ex-comunista. Em Portugal, os nacionalistas poderão perfeitamente fazer o mesmo.” – Os tais dos esprits se rencontrent toujours, n’est pas? Afirmando o que afirma, o Sr. continuará a tentar convencer-me do contrário, quando lhe digo que entre comunismo e nacionalismo as diferenças de mecanismos mentais são peanuts?
«Metaforicamente, parece-me que o nacionalismo, e nomeadamente em Portugal, ainda está numa fase necrófaga.» Aconselho-a a informar-se melhor a respeito disso. Não é só o velho salazarista que vota no PNR. E a maior força do Nacionalismo português reside na juventude.” – O necrófago não é no sentido dos velhinhos salazaristas. É no sentido em que se alimentam do que já havia morrido para todas as outras ideologias. E nesse âmbito, no contexto mundial actual em que os jovens crescem num ambiente de crise de valores, é sempre mais fácil “necrofagar” sobre carcaças tenras.
”Entretanto, a sua postura é espectacularmente fácil.” – É. Para quê complicar o que é naturalmente fácil? Para andar depois a Prozac?
“Decerto que aceitará extraditá-los, expulsá-los do país, já que não os considera relacionados com os seus.” – Extraditá-los porquê e para quê? Não terão eles as suas casas e famílias próprias?
”Os quais são frequentemente orientados pela moda.” – Se fossem orientados da forma como diz, o Mel Gibson, a Britney Spears, o Denzel Washington, a Pamela Andersen, o Brad Pitt, etc. não chegariam para a encomendas. E não havia gordinho que emparelhasse. E num mundo onde se fala diariamente no aumento percentual e exponencial de obesos, o perigo da quebra de natalidade estaria na falta de puffes, por falta de excitação por não estarem na moda os gordos.
”Não é puff. Se fosse puff, não se gastavam milhares ou milhões de contos em publicidade e não havia milhares ou milhões de pessoas sexualmente encantadas com os ídolos da moda.” – O Sr. confunde globalização e tendências da moda com a realidade. Toda a gente sabe que a moda é um conceito criado para a venda e que a realidade é totalmente diferente do que se vê no anúncio. Ao mesmo tempo a que se aspira ter o corpo da modelo mais in e namorar o Tom Cruise, enfardam-se 30 kg de hambúrgueres. Sonhar dá alento. Os quilogramas que surgem no visor da balança, é a realidade. O que o Sr. não concebe é que, tanto modelos, como actores, como cantores pretos sejam vistos como ídolos pela miudagem e “graúdagem”. E nesse facto natural da vida, para quem olha para o seu ídolo não como cor, mas como o maior porque é lindo, ou canta bem, ou representa bem, o Sr. vê um terrifico complô mundial contra a “raça” branca engendrado por formas malignas.
”Bem, bem. Para já, admitiu afinal que os gostos mudam consoante as modas.” – Para se entender o todo, há que ler o todo. Eu não “admito afinal”. Eu faço um raciocínio com princípio meio e fim. Se for lendo aos bochechos é natural que tire várias ilações descontinuadas.
“Quanto a haver cabala ou não, disso não tem provas nem contra nem a favor. Por enquanto, temos indicações...” – As mesmas provas que o Sr. tem. E quando a indicações... ninguém afirma que as teorias que enaltecem determinada “raça”, que vitimem qualquer “raça” e que usem a culpabilização sejam só praticadas pelos brancos. Esse trecho de que o Sr. fala, é ponto por ponto, o reverso, em termos de cor, das suas próprias teorias, das do seu Fantasma de 1932 e de muitos anteriores a ele. Vejamos: “necessidade de promover o negro, por meio de...” = “necessidade de promover o branco, por meio de...” ; “fazer o branco sentir-se mal, culpado, como forma de fazer ascender a raça negra na sociedade...” = “fazer o preto sentir-se mal, culpado, como forma de fazer ascender a raça branca na sociedade...”. Onde estão as diferenças? Não vejo.
”Até para quem se apaixona sexualmente por postes de electricidade ou por animais.” – O Sr. não passa de um poste de electricidade na óptica de alguns, é isso?
“«Não há misturadas esteticamente lindas?» Entre raças, não.” – Gostos não se discutem.
”Também considera que um carpinteiro que esteja em sua casa a fazer um serviço qualquer terá direito a decidir o que se come ao jantar ou mesmo a herdar a sua casa, a par dos seus filhos? Não concordo com isso.” – Que ele invada a minha privacidade, claro que não admitirei. Mas, se souber que o carpinteiro não tem casa, se achar que ele faz um trabalho impecável, que não invade a minha mais restrita privacidade, e que na minha casa há espaço suficiente para o albergar, sem que um atrapalhe a vida do outro, não me custa nada doar-lhe um espaço. Posso perfeitamente decidir que há um espaço privado para cada um de nós, e um espaço comum que podemos partilhar.
”Violência maior, mas desta vez injusta, é dar direitos de posse do País a estrangeiros, obrigando os nacionais a partilhar o que é seu com alienígenas só porque isso agrada a uns quantos exploradores de mão-de-obra barata e a uns quantos universalistas militantes. É roubo – furto com uso da força. Neste caso, a força da lei, o que torna tudo realmente mais grave.” – Engraçado como os Srs. extremistas concebem o mundo. Para os extremistas só há ou exploradores ou extremistas opostos no mundo. A grande massa anónima, para quem estas lutas pró-anti-“raças” não aquecem nem arrefecem, que não são militantes de nada e que vivem paredes meias sem problemas alguns com pessoas de outras origens, nunca são referidas. Onde é que o Sr. me situa? Serei exploradora ou extremista?
”Escapou-lhes a revolução islâmica iraniana, pelo menos.” – A muitos, que não são extremistas, não escapou.
“A Nacionalidade não se compra nem se ganha com trabalho. Herda-se ou não se herda, consoante a ancestralidade.” – Então, nos primórdios, quem deu direito à herança a quem sobre o quê? Que eu saiba, qualquer direito hereditário actualmente existente começou com apropriações e não heranças de espécie alguma. Qualquer coisa que hoje herde já foi ou apropriação, ou expropriação, ou venda/compra, ou roubo. A única coisa que efectivamente alguém herda são as células que o constituem. Tudo o resto pode ser dado ou tirado, sentido ou não.
”«quer dizer que o governo do Canadá também expulsou pessoas cujos papás são portugueses mas que se naturalizaram Canadianos?» Creio que sim.” – Pois, tal não aconteceu. Há nas prisões Canadianas presos canadianos cuja origem ancestral não é Canadiana. Só os que não têm B.I. do Canadá, é que são expatriados. O que tem toda a lógica do mundo.
”Não é nem por desporto nem por brincadeirinha, mas sim para trabalhinho. E perde a validade a partir do momento em que há o mau comportamentozinho...” – Não confunda atribuição de nacionalidade com atribuição de autorizações temporárias de residência.
“Não do nosso modo de ver, certamente. Não somos nem salazaristas, nem nacional-socialistas nem fascistas.” – Quem é o somos? E o somos, somos o quê? Nacionalistas, já sei que são. Mas como há tanto nacionalista diferente, chama-se o quê ao somos?
“Portanto, não viu o nosso modo de ver a ser aplicado à prática. A menos que tenha estado atenta ao que se passou nas regiões francesas controladas pela FN, por exemplo. Já aqui publiquei um curto artigo sobre isso.” – Sim, li o que publicou. Ainda estou a digerir aquela estória do filme, que deve ter tido uns contornos muito especiais para que fossem obrigados a recorrer à censura. Forçados pelos alienígenas, certamente. As regiões francesas controladas, não são ainda a França controlada. Quando for... logo veremos. Mas nessa altura já cá não devermos andar a blogar para que eu lhe possa dizer: tá a ver como a prática é bem mais terrível do que a teoria.
”Bastava que exigissem aos empregadores que dessem salários mais altos aos empregados. Assim, os negros nem tinham tempo de aceitar esses certos empregos... a menos, claro, que já cá estivessem em massa.” – ihihihihihihihihih O Sr. afinal é um brincalhão e não dizia nada à gente. :)
”Porque é que parte do princípio de que os Nacionalistas iam implantar um regime como o de Cuba?” – Ó Sr. Caturo não lhe disse nada disso. Peço-lhe desculpa, se calhar sou eu que tenho de “minuciar” mais as coisas para que entenda logo o seu significado. Os comunistas é que acham que Cuba e a Coreia do Norte são o protótipo da democracia. Mas o Sr. também chama democracia àquilo que quer implementar. A única coisa que eu quis foi mostrar-lhe que conceitos sobre democracia, há a rodos e para todos os gostos.
“Na minha democracia, haveria liberdade para greves subversivas, manifestações subversivas, campanhas políticas subversivas, referendos subversivos, eleições subversivas. Só não haveria lugar para movimentos secretos subversivos que visassem deitar abaixo o regime pela força. Não concorda?” – Numa democracia tão democrática como a que quer implementar, porque cargas de águas haveriam de existir grupos secretos? Estranho que ache necessário focar isso, quando afirma que há liberdade para a realização de tudo o que uma democracia permite, incluindo a hipótese de uma vitória do PCP em eleições democráticas. Grupos secretos para lutar secretamente contra o quê?
”Se a bolsa não chega para tanto, sempre podem ir para África. Ninguém os impede...” – Com o estado em que andam os aviões ficariam todos retidos na Portela durante anos.
”Ou a senhora irá encarar os seus parentes com indiferença se de hoje para amanhã for essa a moda??” – Nem lhe conto a quantidade de indiferenças que crescem por essas famílias fora! E, nem sequer ainda chegou tal moda. Ou então a moda já é tão antiga, que nem os Deuses se lembram de quando ela começou, e já se herdam com os genes.
Não tenho tempo para mais, o resto ficará para outras núpcias.
Desejo-lhe um óptimo fim-de-semana.
Sr.Caturo, afinal, ainda deu para o resto. Isto de uma moça aguardar pela sua companhia para jantar, dá sempre nisto. Horas de espera! Tá tudo invertido! :)
”O que eu disse foi que os anti-nazis exibem a propaganda dos mais violentos e extremistas mas escondem a propaganda dos mais prudentes e equilibrados.” – E o Sr. não acha isso natural? Eu acho. Se eu quiser atacar politicamente, quer a extrema-esquerda, quer a extrema-direita, vou realçar os seus piores feitos e ditos, ou vou pôr paninhos quentes e moderar a conversa? Claro que cairei com tudo em cima, e só farei ouvir a propaganda mais violenta. Esconder factos, e fazer realçar outros é uma forma de fazer política como outra qualquer.
”«É outra forma de fazer politica que, paulatinamente, vai trazendo os seus frutos.» Deus a ouça.” – Sr. Caturo, eu não escondo realidades, nem acho que existam impossíveis. Quer Deus me ouça, quer não, acho que a probabilidade de os nacionalistas aí surgirem em força é real. Não o digo para o animar, mas porque a história se farta de se repetir e sigo aquela máxima do filme: never say never again. Só se a natureza humana tivesse mudado radicalmente. Ora, como sabemos que geneticamente as alterações levam cerca de 20mil anos a realizarem-se, a coisa vai-se mantendo, mantendo, mantendo...
”Ahahaha, cara senhora, agora fez-me rir. Como é que pode falar na generalidade do povo, se as votações nacionalistas crescem cada vez mais?” – Sr. Caturo, não me parece que com votações como as que se seguem possa assim ainda rir assim tanto: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2002 CASTELO BRANCO – 258 votos; COIMBRA – 212 votos; ÉVORA – 82 votos; LISBOA - 1.614 votos; PORTO - 1.781; SETÚBAL – 723 votos; emigrantes na EUROPA – 22; emigrantes FORA DA EUROPA – 20 (tirado do site do PNR). Acredito que para o que teriam em anos anteriores o crescimento tenha sido bárbaro, mas o que é certo é que hoje eu ainda posso usar expressões como a generalidade do povo, sem perder uma ínfima parte da razão. Quando a contagem de votos para vós for na ordem de mais uns milhares, aí terei de mudar de discurso. Por agora, limitam-se a ser uma ínfima parte dos eleitores.
”Não. Os anti-nazis é que fazem crer que o povo foge.” – E o Sr. quer convencer-se que o povo não foge e que o papão são os anti-nazis. Não sou de esquerda (blurg), não sou extremista, sou povo, não faço campanha politica e sou anti-nazi. Se a expressão nazi não suscitasse frissons ao povo, acha que expressões como Nazi-Bush ou Nazi-Sharon seriam tão generalizadamente aceites? Estas, até as ouço no autocarro. E nunca lá encontrei os Srs. Rosas, Louça ou M.Portas.
“Mas, pelo sim pelo não, nem querem que o povo possa escolher entre fugir ou não, por isso preferem proibir ou prejudicar a existência de partidos de extrema-direita não vá o raio do povo enganar-se e esquecer-se de obedecer ao condicionamento pavloviano da fuga... são prudentes, os anti-nazis... “ - Ou altruístas e não querem que o povo sofra a confirmar as suspeitas. :)
“Talvez porque haja demasiado rato dos canos a fazer filmes de propaganda para enganar os gatos pingados.” – hihihihihi continua brincalhão! Não será antes porque os acontecimentos ainda são relativamente recentes e ainda há muitos que nela participaram, de ene formas, que ainda vivem? Deixe passar mais duas ou três gerações e aí as massas já verão o Holocausto como vemos nós, hoje, a Guerra da Patuleia.
”Ora a maioria dos populares achava que o passado era para ser deixado no passado e que não havia motivo forte para punir o «nazi»...” – Exactamente porque era passado e a mentalidade Cristã imperou. Não imaginam a coisa como presente ou futuro. Mas se começam a ouvir, com mais insistência, falar dessa hipótese encolhem-se todos, olá se encolhem.
António Sala – Quis ser o politicamente correcto, no papel superior em que se encontrava. Figuras tristes todos nós fazemos, num dia ou outro.
”Algumas pessoas afastam-se dos rótulos previamente amaldiçoados e estigmatizados, tal é o condicionamento, mas, quando ouvem ou lêem a mensagem nacionalista, vêem-se a concordar...” – Sr. Caturo, eu já li coisas que escreveu em que concordo consigo (p.exemplo sobre o Islão fundamentalista). Isso não confirma a minha disponibilidade para pactuar consigo sobre o nacionalismo. Uma andorinha não faz a primavera.
”Só que ninguém tem medo do salazarismo.” – Porque Salazarismo é o Sr. Salazar que já morreu. Porque ninguém imagina a vinda de um novo Salazar. Sentem-se protegidos com o 25 de Abril. Entende onde quero chegar?
”Cara senhora, ninguém quer saber dos Capitães de Abril a não ser meia dúzia de contemporâneos dos ditos militares revoltosos.” – Eu pessoalmente estou-me nas tintas para os Srs. Mas, também lhe conto uma história que comigo aconteceu não há muito tempo, já no presente ano: fui à livraria habitual comprar uma revista e na capa vinha o Sr. Otelo. Proferi um comentário menos agradável sobre o dito, dirigido a uma pessoa que me acompanhava. Posso afirmar-lhe que o dono da livraria me ia comendo viva, e eu sei bem que esse Sr. não milita em nada. Está, como estão inúmeras outras pessoas, convencido que foram os Capitães de Abril os salvadores da pátria. O que lhe digo é que só a passagem de algumas gerações (não são necessárias muitas) irão limpar todo o “cenário”.
«Os ácaros não são agentes da sujidade. Eles prestam-nos um serviço maravilhoso ao consumirem as peles que nós,(...) O problema que se atribui aos ácaros é o de provocarem algumas alergias.» Óptimo. Então têm só de cumprir o seu papel e depois irem embora. A casa não lhes pertence.” – Aí é que se engana. Quando ocupamos uma casa, ocupamo-la para nós e para eles. Nós nunca deixamos de produzir pele morta. Enquanto cada um de nós viver terá de contar com os Srs. Ácaros. È uma relação intima e necessária que temos uns com os outros.
”Então, afinal, admite que a mensagem mais radical de parte das nossas hostes não é mais violenta do que a mensagem mais radical de parte das hostes contrárias.” -Nunca lhe disse o contrário. Sempre pus as coisas dos radicalismos no mesmo pé de igualdade. O que lhe digo é que em termos de campanha politica a esquerda usa uma linguagem mais apelativa, menos violenta. Por isso eles gozam da imagem de defensores dos fracos e dos oprimidos.
”Assim se vê, cara leitora, que afinal até somos menos radicais do que os nossos oponentes.” – Até estranharia se assim o Sr. não pensasse. É esse o papel que lhe cabe, face aos valores em que acredita.
”Cara senhora, creio que me atribui palavras do camarada que lhe respondeu...” – Peço desculpa Sr. Caturo, a si, e ao Sr. Anónimo que me dirigiu as palavras.
“Além disso eles não têm o monopólio da defesa do "próximo", "das minorias", "dos pobres", "dos fracos e oprimidos". “Não, não têm. Mas gostam de pensar que sim. Aumenta-lhes o ego.” Correcto. Sobretudo porque não querem que o povo saiba que os nacionalistas também defendem isso.” – Não seja mauzinho para mim. Não sou uma coisa nem outra e também defendo os fracos e oprimidos. :)
Mais uma vez bom fim-de-semana.
Cumprimentos
Cara Senhora,
”Engana-se redondamente. Em França, por exemplo, os nacionalistas captam eleitorado ex-comunista. Em Portugal, os nacionalistas poderão perfeitamente fazer o mesmo.”
«Os tais dos esprits se rencontrent toujours, n’est pas? Afirmando o que afirma, o Sr. continuará a tentar convencer-me do contrário, quando lhe digo que entre comunismo e nacionalismo as diferenças de mecanismos mentais são peanuts?»
De facto, cara senhora, não concordo consigo. Acho que é preciso distinguir entre ideologias e pessoas.
O Nacionalismo é oposto ao Comunismo:
- O Nacionalismo é idealista, o Comunismo é materialista;
- o Nacionalismo é pela discriminação entre as pessoas com base no critério da ancestralidade, o Comunismo é pelo internacionalismo, pelo igualitarismo e quer deitar por terra todos os critérios que servem para diferenciar as pessoas umas das outras.
O que acontece, em certos casos, é que tanto as forças nacionalistas como as forças comunistas defendem as mesmas posições em casos concretos - neste momento, por exemplo, ambos defendem o trabalhador: só que os comunistas pretendem defender os trabalhadores todos, por igual, ao passo que os nacionalistas defendem os trabalhadores nacionais, fazendo lembrar aos seus possíveis eleitores o facto de que a presença de trabalhadores estrangeiros de origem estrangeira faz baixar os salários e diminuir os direitos laborais.
Além do mais, os comunistas atacam frequentemente a autoridade e tentam desculpabilizar os criminosos, especialmente se estes forem de «minorias» étnicas. Ora, o cidadão comum, farto de ser agredido por «jovens» de outras raças, no seu próprio bairro e nos transportes públicos, começa a abrir os olhos e a perceber que a hoste da foice & martelo só quer o martelo para esmagar os Europeus e a foice para os castrar. A mesma atitude étnicamente masoquista é visível nas outras hostes esquerdistas, aparentemente mais moderadas.
«Metaforicamente, parece-me que o nacionalismo, e nomeadamente em Portugal, ainda está numa fase necrófaga.»
"Aconselho-a a informar-se melhor a respeito disso. Não é só o velho salazarista que vota no PNR. E a maior força do Nacionalismo português reside na juventude.”
«O necrófago não é no sentido dos velhinhos salazaristas. É no sentido em que se alimentam do que já havia morrido para todas as outras ideologias.»
E o que é que já havia morrido para todas as outras ideologias, cara senhora? Explique por favor aquilo a que se refere.
«E nesse âmbito, no contexto mundial actual em que os jovens crescem num ambiente de crise de valores, é sempre mais fácil “necrofagar” sobre carcaças tenras»
Não, cara senhora. Não tem lógica que seja mais fácil ressuscitar mortos do que pôr o que está vivo a trabalhar. Por isso, esse seu argumento não parece mesmo nada credível.
“Decerto que aceitará extraditá-los, expulsá-los do país, já que não os considera relacionados com os seus.”
«Extraditá-los porquê e para quê?»
Bem, os criminosos estrangeiros têem de ser extraditados. Ou acha que não?
”Os quais são frequentemente orientados pela moda.”
«E num mundo onde se fala diariamente no aumento percentual e exponencial de obesos,»
E não há milhares de jovens ocidentais que sofrem na carne os efeitos da anorexia? Não há até casos de morte por causa do emagrecimento excessivo? Não há incontáveis métodos de emagrecimento à venda por aí? Acha que tal oferta se faria se não houvesse procura que o justificasse? Acha que os investimentos das editoras e dos fabricantes de tais métodos são feitos sem estudos de mercado?
”Não é puff. Se fosse puff, não se gastavam milhares ou milhões de contos em publicidade e não havia milhares ou milhões de pessoas sexualmente encantadas com os ídolos da moda.”
«O Sr. confunde globalização e tendências da moda com a realidade.»
Cara senhora, a globalização e a moda influenciam sempre a realidade, mais tarde ou mais cedo. Também os ecologistas militantes pareciam, quando surgiram, nos anos sessenta, uma chusma de ingénuos idiotas que não eram levados a sério por ninguém e hoje estão fortemente representados nos países nórdicos e até no Parlamento Europeu.
«E nesse facto natural da vida,»
Não é um facto natural da vida que duma raça considerada tradicionalmente feia no Ocidente (a raça negra) surjam, de repente, tantos modelos de «beleza».
Não é.
«o Sr. vê um terrifico complô mundial contra a “raça” branca engendrado por formas malignas.»
Cara senhora, esse complô aparece escrito muito antes de haver tal moda de propaganda do negro.
E eu nem falo em complô propriamente dito, mas sim numa mentalidade que há muito se estabeleceu no seio de certas elites ocidentais. Não se trata necessariamente de nenhuma combinação maquiavélica engendrada nalgum secreto covil esquerdista, mas sim de uma tara interiorizada por muitos dos que ficaram expostos a certas ideias que circulam nos meios extremo-esquerdistas-caviar intelectuais.
«Para se entender o todo, há que ler o todo. Eu não “admito afinal”.»
A senhora começou por dizer que as modas não interessavam nada e depois acabou por admitir o poder da sua influência...
«Esse trecho de que o Sr. fala, é ponto por ponto, o reverso, em termos de cor, das suas próprias teorias, das do seu Fantasma de 1932 e de muitos anteriores a ele.»
De modo algum. É uma péssima comparação da sua parte.
«Vejamos: “necessidade de promover o negro, por meio de...” = “necessidade de promover o branco, por meio de...” ;»
Certo.
«“fazer o branco sentir-se mal, culpado, como forma de fazer ascender a raça negra na sociedade...” = “fazer o preto sentir-se mal, culpado, como forma de fazer ascender a raça branca na sociedade...”»
Alto e pára o baile. Onde é que me viu a defender isso, onde é que leu isso nos textos de Andrade J. Saraiva?
Mais uma vez, faz uma péssima comparação.
«Onde estão as diferenças? Não vejo.»
As diferenças, cara senhora, é que quem fala na valorização dos brancos, fá-lo para preservar o que ainda tem, que é a identidade racial, reagindo contra quem quer instigar à mistura racial.
“«Não há misturadas esteticamente lindas?» Entre raças, não.”
«Gostos não se discutem.»
Mas defendem-se. Caso contrário, aquilo de que gostamos pode desaparecer.
”Também considera que um carpinteiro que esteja em sua casa a fazer um serviço qualquer terá direito a decidir o que se come ao jantar ou mesmo a herdar a sua casa, a par dos seus filhos? Não concordo com isso.”
«Mas, se souber que o carpinteiro não tem casa, se achar que ele faz um trabalho impecável, que não invade a minha mais restrita privacidade, e que na minha casa há espaço suficiente para o albergar, sem que um atrapalhe a vida do outro, não me custa nada doar-lhe um espaço. Posso perfeitamente decidir que há um espaço privado para cada um de nós, e um espaço comum que podemos partilhar.»
Não respondeu, cara senhora, ao que lhe perguntei.
Primeiro: deixa-o dar ordens em sua casa ou pelo menos ter tanto poder decisório como um familiar seu?
Segundo: deixa-lhe a casa em herança, partilhada entre ele e os seus filhos de igual modo?
Já agora, terceiro: a senhora permite ao sujeito que viva debaixo do seu tecto. Mas acha que toda a gente tem a obrigação de proceder como a senhora?
"Violência maior, mas desta vez injusta, é dar direitos de posse do País a estrangeiros, obrigando os nacionais a partilhar o que é seu com alienígenas só porque isso agrada a uns quantos exploradores de mão-de-obra barata e a uns quantos universalistas militantes. É roubo – furto com uso da força. Neste caso, a força da lei, o que torna tudo realmente mais grave.”
«A grande massa anónima, para quem estas lutas pró-anti-“raças” não aquecem nem arrefecem, que não são militantes de nada e que vivem paredes meias sem problemas alguns com pessoas de outras origens, nunca são referidas.»
Claro que são referidas. É pela identidade daqueles são anonimamente massificados que os nacionalistas lutam. Além do mais, uma parte dessas massas anónimas vai ficando mais consciente à medida que vai percebendo quais as consequências dessa vivência a paredes meias que refere. Não é ter um vizinho negro bem falante e bem comportado que os incomoda, mas sim ter de aguentar horas e horas de barulheira pela noite dentro feita por vários vizinhos africanos, é não poder sair à rua a certas horas da noite porque, de noite, o bairro é da negralhada, é ser provocado em certos bares por negros e afins.
«Onde é que o Sr. me situa? Serei exploradora ou extremista?»
É adormecida.
”Escapou-lhes a revolução islâmica iraniana, pelo menos.”
~«A muitos, que não são extremistas, não escapou.»
Mas não a controlaram.
“A Nacionalidade não se compra nem se ganha com trabalho. Herda-se ou não se herda, consoante a ancestralidade.”
«nos primórdios, quem deu direito à herança a quem sobre o quê?»
Não basta ser o primeiro a chegar a uma terra para se ter direito a ela?
«Que eu saiba, qualquer direito hereditário actualmente existente começou com apropriações e não heranças de espécie alguma. Qualquer coisa que hoje herde já foi ou apropriação, ou expropriação, ou venda/compra, ou roubo.»
A venda/compra estabelece uma legitimidade. Ou será que não se tem o direito a possuir o que se comprou?
Além do mais, do mesmo modo que os indivíduos têm direito à vida, também os povos têm direito à existência. E um povo precisa de um território para poder viver em boas condições de modo a melhor zelar pela sua sobrevivência ao longo dos tempos.
A posse de um território é pois uma questão de legitimidade e de sobrevivência.
«A única coisa que efectivamente alguém herda são as células que o constituem. Tudo o resto pode ser dado ou tirado,»
A vida também pode ser dada ou tirada.
«Há nas prisões Canadianas presos canadianos cuja origem ancestral não é Canadiana. Só os que não têm B.I. do Canadá, é que são expatriados.»
Pois eu no lugar deles iria mais longe.
”Não é nem por desporto nem por brincadeirinha, mas sim para trabalhinho. E perde a validade a partir do momento em que há o mau comportamentozinho...”
«Não confunda atribuição de nacionalidade com atribuição de autorizações temporárias de residência.»
Eu não confundo. Pelo contrário. Eu acho é que no caso da imigração só as autorizações temporárias de residência são atribuíveis.
“Não do nosso modo de ver, certamente. Não somos nem salazaristas, nem nacional-socialistas nem fascistas.”
«Quem é o somos?»
Eu e outros nacionalistas.
«Mas como há tanto nacionalista diferente, chama-se o quê»
Nacionalismo identitário.
«As regiões francesas controladas, não são ainda a França controlada. Quando for...»
Para já, é alguma coisa. Quanto a quando for, repare que, por essa ordem de ideias, se algum dia a França acabar por ser governada por nacionalistas, também poderá dizer «a França controlada, não é ainda a Europa controlada. Quando for...» e, se a Europa acabar também por ser liderada pelo Nacionalismo, poderá ainda assim alegar que «a Europa controlada não é ainda o mundo controlado. Quando for...».
”Bastava que exigissem aos empregadores que dessem salários mais altos aos empregados. Assim, os negros nem tinham tempo de aceitar esses certos empregos... a menos, claro, que já cá estivessem em massa.”
«ihihihihihihihihih O Sr. afinal é um brincalhão e não dizia nada à gente.»
A Sra. esquece é de explicar a piada.
”Porque é que parte do princípio de que os Nacionalistas iam implantar um regime como o de Cuba?”
«Ó Sr. Caturo não lhe disse nada disso. Peço-lhe desculpa, se calhar sou eu que tenho de “minuciar” mais as coisas para que entenda logo o seu significado. Os comunistas é que acham que Cuba e a Coreia do Norte são o protótipo da democracia. Mas o Sr. também chama democracia àquilo que quer implementar.»
Mas é que no caso daquilo que defendo, haveria outros partidos e eleições. No caso de Cuba e da Coreia do Norte, não há nem uma coisa nem outra. Ora, com que base é que a Senhora nos põe no mesmo saco?
“Na minha democracia, haveria liberdade para greves subversivas, manifestações subversivas, campanhas políticas subversivas, referendos subversivos, eleições subversivas. Só não haveria lugar para movimentos secretos subversivos que visassem deitar abaixo o regime pela força. Não concorda?”
«Numa democracia tão democrática como a que quer implementar, porque cargas de águas haveriam de existir grupos secretos?»
Há disso em muitos países democráticos. Ou não sabia?
«Estranho que ache necessário focar isso, quando afirma que há liberdade para a realização de tudo o que uma democracia permite, incluindo a hipótese de uma vitória do PCP em eleições democráticas. Grupos secretos para lutar secretamente contra o quê?»
Para lutar secretamente contra o regime em que a voz do povo é ouvida e se dá prioridade aos ideais nacionais. A auto-justificação de tal gente prender-se-ia, claro, com a evocação dos direitos humanos das minorias supostamente oprimidas (por não terem direitos de cidadania iguais aos dos nacionais), do Estado racista e cuja polícia abate criminosos (que ousam enfrentar as autoridades de armas nas mãos), etc., tendo em mente que o que está entre parêntesis seria geralmente ocultado pela propaganda anti-regime.
”Se a bolsa não chega para tanto, sempre podem ir para África. Ninguém os impede...”
«Com o estado em que andam os aviões ficariam todos retidos na Portela durante anos.»
Iam de barco.
”Ou a senhora irá encarar os seus parentes com indiferença se de hoje para amanhã for essa a moda??”
«Nem lhe conto a quantidade de indiferenças que crescem por essas famílias»
Responda, cara senhora, à pergunta.
”O que eu disse foi que os anti-nazis exibem a propaganda dos mais violentos e extremistas mas escondem a propaganda dos mais prudentes e equilibrados.”
«E o Sr. não acha isso natural?»
Acho desonesto. E cobarde. Gritam em nome da democracia e arranjam um oponente fácil de acusar, mas fogem a sete pés de uma discussão ideológica frontal e ainda por cima querem censurar «em nome da liberdade e da tolerância» aquilo que o oponente diz. Isto é tudo menos uma demonstração de dignidade.
”«É outra forma de fazer politica que, paulatinamente, vai trazendo os seus frutos.» Deus a ouça.”
«Sr. Caturo, eu não escondo realidades, nem acho que existam impossíveis. Quer Deus me ouça, quer não, acho que a probabilidade de os nacionalistas aí surgirem em força é real. Não o digo para o animar, mas porque a história se farta de se repetir e sigo aquela máxima do filme: never say never again. Só se a natureza humana tivesse mudado radicalmente. Ora, como sabemos que geneticamente as alterações levam cerca de 20mil anos a realizarem-se, a coisa vai-se mantendo, mantendo, mantendo...»
Deus a oiça.
”Ahahaha, cara senhora, agora fez-me rir. Como é que pode falar na generalidade do povo, se as votações nacionalistas crescem cada vez mais?”
«Sr. Caturo, não me parece que com votações como as que se seguem possa assim ainda rir assim tanto: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2002 CASTELO BRANCO – 258 votos; COIMBRA – 212 votos; ÉVORA – 82 votos; LISBOA - 1.614 votos; PORTO - 1.781; SETÚBAL – 723 votos; emigrantes na EUROPA – 22; emigrantes FORA DA EUROPA – 20 (tirado do site do PNR). Acredito que para o que teriam em anos anteriores o crescimento tenha sido bárbaro, mas o que é certo é que hoje eu ainda posso usar expressões como a generalidade do povo,»
Depende de que povo esteja a falar. As coisas levam tempo e um partido nacionalista, nascido ontem, boicotado por tudo o que é comunicação sucial, ainda por cima com meios económicos reduzidos pouca disponibilidade de tempo da parte dos seus militantes, não pode crescer estupendamente. Efectivamente, muita gente em Portugal nem sequer ouviu falar do PNR. Por isso, não pode ainda pronuncia-se desse modo a respeito do Nacionalismo em Portugal.
Agora, se considerar a generalidade europeia, onde, por exemplo, em França, a FN foi o terceiro partido mais votado nas europeias, aí talvez perceba que não pode mesmo falar na generalidade do povo...
”Não. Os anti-nazis é que fazem crer que o povo foge.”
«Não sou de esquerda (blurg), não sou extremista, sou povo, não faço campanha politica e sou anti-nazi. Se a expressão nazi não suscitasse frissons ao povo,»
É o que se chama reflexo pavloviano: as pessoas foram mentalizadas contra o NS. E, mesmo assim, quando confrontadas com o ideário NS, não fogem logo a correr como alguns querem fazer crer.
“Mas, pelo sim pelo não, nem querem que o povo possa escolher entre fugir ou não, por isso preferem proibir ou prejudicar a existência de partidos de extrema-direita não vá o raio do povo enganar-se e esquecer-se de obedecer ao condicionamento pavloviano da fuga... são prudentes, os anti-nazis... “
«Ou altruístas e não querem que o povo sofra a confirmar as suspeitas.»
Portanto, são déspotas esclarecidos: querem governar para o povo, mas sem a opinião do povo, que é uma cambada de crianças que ainda não aprendeu a pensar bem... :)
“Talvez porque haja demasiado rato dos canos a fazer filmes de propaganda para enganar os gatos pingados.”
«continua brincalhão! Não será antes porque os acontecimentos ainda são relativamente recentes e ainda há muitos que nela participaram,»
Não, cara senhora, não há muitos que nela participaram. Poucos são os que passaram por cenários de guerra. Em Portugal, por exemplo, não houve praticamente ninguém que tivesse estado em combate directo contra as Forças do Eixo...
«de ene formas, que ainda vivem? Deixe passar mais duas ou três gerações e aí as massas já verão o Holocausto como vemos nós, hoje, a Guerra da Patuleia»
Depende... se a discussão do holocausto continuar a ser proibida sob pena de prisão... em nome do altruísmo daqueles que não querem que o povo seja enganado se puder julgar por si próprio aquilo que dizem os revisionistas.
Altruísmo até ao fim, assim é que é bom.
”Ora a maioria dos populares achava que o passado era para ser deixado no passado e que não havia motivo forte para punir o «nazi»...”
«Exactamente porque era passado e a mentalidade Cristã imperou. Não imaginam a coisa como presente ou futuro.»
Apesar dos alertas dos anti-nazis de cada vez que o Nacionalismo se ergue...
«Mas se começam a ouvir, com mais insistência, falar dessa hipótese encolhem-se todos,»
Encolhem-se, só se for nas mesas de voto, que são estreitinhas. Porque, de facto, o Nacionalismo, mesmo quando associado pelos anti-nazis ao NS, soma e segue nas eleições europeias. Veja por exemplo o caso da Alemanha e da Inglaterra, onde os partidos nacionalistas mais apodados de nazis são os que mais crescem.
”Algumas pessoas afastam-se dos rótulos previamente amaldiçoados e estigmatizados, tal é o condicionamento, mas, quando ouvem ou lêem a mensagem nacionalista, vêem-se a concordar...”
«Sr. Caturo, eu já li coisas que escreveu em que concordo consigo (p.exemplo sobre o Islão fundamentalista). Isso não confirma a minha disponibilidade para pactuar consigo sobre o nacionalismo.»
Não falo disso, mas de casos concretos em relação à imigração e à criminalidade, bem como ao direito de cidadania.
”Só que ninguém tem medo do salazarismo.”
«Porque Salazarismo é o Sr. Salazar que já morreu.»
Não. É porque, ideologicamente, o conservadorismo de direita do tipo salazarista não incomoda realmente os senhores do sistema. Não fala nem em raças nem em nações no seu sentido autêntico, mas sim em Pátrias. Portanto, não suscita o medo de quem quer diluir as diferenças que não podem ser manobradas, isto é, precisamente, as raças e as etnias.
«Proferi um comentário menos agradável sobre o dito, dirigido a uma pessoa que me acompanhava. Posso afirmar-lhe que o dono da livraria me ia comendo viva, e eu sei bem que esse Sr. não milita em nada»
Os donos das livrarias são frequentemente gente com alguma cultura e essa gente, em Portugal, na casa dos quarenta para cima, foi influenciada e praticamente dominada pelo ideário esquerdista. Numa sociedade como a nossa, a elite intelectual tende a ser de Esquerda, porque os indivíduos mais cultos de uma sociedade são os mais condicionados pelos valores dessa mesma sociedade.
«Os ácaros não são agentes da sujidade. Eles prestam-nos um serviço maravilhoso ao consumirem as peles que nós,(...) O problema que se atribui aos ácaros é o de provocarem algumas alergias.»
Óptimo. Então têm só de cumprir o seu papel e depois irem embora. A casa não lhes pertence.
«Aí é que se engana. Quando ocupamos uma casa, ocupamo-la para nós e para eles. Nós nunca deixamos de produzir pele morta. Enquanto cada um de nós viver terá de contar com os Srs. Ácaros.»
Então, os ácaros têm de estar no seu lugar... ou serem mortos. Simples.
«O que lhe digo é que em termos de campanha politica a esquerda usa uma linguagem mais apelativa, menos violenta.»
Depende do que considera mais apelativo e menos violento. O que se passa é que a Esquerda, com a sua agressividade interminável, teve capacidade para penetrar na sociedade civil e espalhar a sua mensagem a ponto tal que conseguiu impingir como valores «indiscutíveis» os seus próprios dogmas. Assim, há demasiada gente, mesmo de «direita», que considera, por exemplo, que a discriminação é má. E dizer que a discriminação é má, é tão somente um dogma de Esquerda.
Só numa sociedade em que as pessoas estão alienadas e «esquerdadas» é que se pode encarar como pouco violenta a declaração de que o problema da natalidade resolve-se com a imigração.
O que a Esquerda tem é, portanto, muitos anos de trabalho constante para impor os seus valores.
Continuação de um bom fim de semana e cumprimentos.
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