SERVIÇO MILITAR, DEVER MILITAR, VALOR MILITAR
O serviço militar passa agora a ser voluntário. Parece-me uma boa novidade, à partida, mesmo que seja altamente discutível.
Creio, por princípio, que há diferentes vocações humanas, motivo pelo qual as pessoas não podem ser todas obrigadas a fazer as mesmas coisas. Isto aplica-se especialmente, penso eu, ao ofício das armas - não é para toda a gente. A função bélica foi sempre, tanto quanto sei, uma actividade de um certo e determinado grupo, relativamente restrito, no seio da sociedade. Nesta perspectiva, só quem tem vontade de desempenhar o papel marcial no seio da comunidade nacional é que deve fazê-lo.
Por outro lado, também não deixa de ser verdade que uma Nação tem de estar preparada para se defender, a todo o momento, por mais pacífico que pareça o mundo ao seu redor - a respeito da aparência de paz circundante, aplica-se-lhe, mais do que a muitas outras situações, a prudência de quem sabe que as aparências enganam. Ainda há uma década, por exemplo, com a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética, dir-se-ia que uma nova época de pacatez mundial tinha chegado. E os pacifistas, de Esquerda, empenhavam-se em negar a necessidade de manter forças armadas (como sempre fizeram ou quiseram fazer...) porque, diziam eles, não tinham medo nem dos Espanhóis nem dos Mouros, naquele seu estilo jocoso de quem se sente muito inteligente quando faz troça dos patriotismos e dos militarismos e nem há nenhum caga-tacos mental que não adira à moda de bater nos militares, é fino, desse modo se compõe a pinta do pseudo-intelectual, é o costume.
E, mais uma vez, os pacifistas espalharam-se ao comprido, como também é seu costume. Porque esta nova época do pós-comunismo é das mais perigosas de sempre, progressivamente comparável à Idade Média, quando toda a Europa enfrentava a ameaça muçulmana, desde o extremo ocidente até ao Próximo Oriente, na chamada «terra santa». Nesta nova época, a Europa tem, novamente, de enfrentar a ameaça do crescente verde, que, de facto, cresce mesmo, desta feita de um modo muito mais perigoso, porque conta com inúmeros potenciais agentes infiltrados, a saber, incontáveis imigrantes norte-africanos e turcos, espalhados, aos milhões, pela Europa fora, vivendo nos Estados mais poderosos do velho continente. Já John Locke, paladino intelectual da liberdade e da tolerância religiosa, tinha avisado contra o perigo que era para uma nação europeia o ter no seu seio gente que, pela natureza da sua fé, obedecesse mais a um poder exterior, inimigo até, do que ao poder instituído do país, e deu como exemplo o caso dos súbditos muçulmanos do príncipe austríaco, os quais obedeceriam mais facilmente aos Turcos, também muçulmanos, do que ao próprio soberano austríaco (nessa época, os Turcos estavam em guerra com a Áustria).
Também os Gregos estiveram muito tempo em guerra contra Tróia e só ganharam o conflito quando, ao fim de dez anos, introduziram na cidade sitiada um certo cavalo de madeira cheio de guerreiros lá dentro...
O avanço de Marrocos para a ilha de Perejil, sob o controle de Espanha, a guerra nos Balcãs, foram alguns dos muitos sinais de que a Europa não pode baixar a guarda perante o mundo islâmico.
Isto diz respeito também a Portugal, pois que, como é óbvio, Portugal é um país europeu - e, além disso, tem uma localização geográfica de interesse altamente estratégico. Sendo um país sul europeu, está na linha da frente de um possível conflito com o mundo mafomético, situado a escassas milhas marítimas, do outro lado do Mediterrâneo.
O exemplo suiço pareceria por isso perfeitamente adequado - apesar de ser um país neutro, todo o seu povo está preparado, em constante actualização, para pegar em armas.
Efectivamente, todo o cidadão nacional, de qualquer Estado, tem de estar preparado para defender o País e, em caso extremo, para dar a vida pela Pátria. Mas isto passa-se ao nível de uma guerra total, isto é, um casus belli que envolva toda a Nação num esforço de guerra sem limites, e tal tipo de situação pode e deve ser evitada por meio da manutenção de uma superioridade bélica europeia sobre o resto do mundo, superioridade essa que precisa de assentar num superior nível tecnológico e pessoal, com a constituição de contingentes militares altamente treinados, coisa que só parece possível com o serviço militar voluntário.
Sem embargo, é essencial ter sempre consciência do tipo de população que se oferece para o voluntariado militar.
Gente que gosta de pegar em armas. Indivíduos dessa natureza, existem em toda a parte e têm tanto direito à vida como quaisquer outros (desde que não atentem contra a vida de outrem). Precisam é de ser devidamente orientados e harmoniosamente integrados na sociedade, motivo pelo qual e já Platão falava, na sua obra intitulada «Política», a respeito da necessidade de canalizar este tipo de cidadãos para o esforço de defesa da polis. A veracidade deste facto só incomoda os mais absurdos pacifistas, e recordo-me agora das palavras de Miguel Esteves Cardoso quando, há uns anos, disse, num ridículo programada da SIC, sintomaticamente intitulado «A Noite da Má Língua», que o serviço militar obrigatório deveria continuar para que as Forças Armadas incluíssem muitos jovens bonzinhos e pacifistas, não caindo por isso nas mãos dos que se oferecessem como voluntários, suspeitos, segundo MEC (Miguel Esteves Cardoso), de serem umas bestas de guerra, malta perigosa...
Que os guardiões do País sejam apenas aqueles que apreciam as armas e o combate, é pois salutar.
Mas quem é que mais aprecia pegar em armas, nos dias que correm?
Até agora, quem mais aprecia pegar em armas costuma ser um certo tipo de jovem branco, eventualmente de ideologia nacionalista, o que é bom; mas, no presente estado de coisas, com a contínua vinda e procriação de africanos, é preciso zelar para que as Forças Armadas não se africanizem... convém ter sempre presente que, em última análise, quem detém o poder máximo, em qualquer sociedade, é quem usa as armas... já Viriato o dizia, há dois mil e cem anos, quando declarava ao seu sogro Astolpas que o poder da fortuna deste valia pouco perante o poder da sua lança. E o exemplo da antiga Roma ilustra bem o perigo que é deixar-se que as armas da Pátria sejam empunhadas por gentes de origem estrangeira que não sentem qualquer apego ao povo que é suposto defenderem.
Ao fim ao cabo, trata-se, fundamentalmente, de uma questão de educação.
É o maior problema do País, a educação. É a partir do sector da educação que urge combater os vícios de mentalidade instituídos. Um deles, o que mais afecta Portugal desde pelo menos os tempos de Eça de Queiroz, é o laxismo. Outro, mais directamente relacionado com o tema que ora se trata, é o do desprezo geralmente sentido em relação ao tudo o que é militar, bem como a indiferença relativamente à necessidade de manter o País defendido pela força marcial.
É preciso que a arma seja encarada, não como um fardo que tem de ser carregado durante quatro meses, mas sim como um privilégio, um distintivo de nobreza, um símbolo de orgulho.
Tal forma de ser e de viver tem de ser incutida às crianças desde cedo. É por isso que sempre fui a favor dos desenhos animados de tipo bélico, imbuídos de ética e estilo épico (recordo, por exemplo, a série do Bombardeiro X, da minha infância cada vez menos próxima). É por isso que os petizes devem ter tantos brinquedos bélicos quantos quiserem. Só falta, entretanto, que os manuais da escola primária fortaleçam na infância o respeito e mesmo o gosto pela vida militar.
Urge portanto combater a influência que certo pacifismo ideologicamente orientado tem ainda sobre a cultura ocidental em geral.
Enquanto isso, o Islão santifica a guerra santa. E não há nada mais forte e determinante do que a religião - nem ideologia, nem conveniência sócio-económica.
Naturalmente que o ideal era que o actual mundo ocidental fosse religiosamente orientado por uma religião que albergasse em lugar de destaque um modelo marcial elevado, como a da antiga Roma, na qual Marte, Deus da Guerra, era a segunda Divindade mais importante a seguir a Júpiter, O qual, por sua vez, tinha também atributos eminentemente guerreiros - mas, para já, não se poder ter tudo...
Creio, por princípio, que há diferentes vocações humanas, motivo pelo qual as pessoas não podem ser todas obrigadas a fazer as mesmas coisas. Isto aplica-se especialmente, penso eu, ao ofício das armas - não é para toda a gente. A função bélica foi sempre, tanto quanto sei, uma actividade de um certo e determinado grupo, relativamente restrito, no seio da sociedade. Nesta perspectiva, só quem tem vontade de desempenhar o papel marcial no seio da comunidade nacional é que deve fazê-lo.
Por outro lado, também não deixa de ser verdade que uma Nação tem de estar preparada para se defender, a todo o momento, por mais pacífico que pareça o mundo ao seu redor - a respeito da aparência de paz circundante, aplica-se-lhe, mais do que a muitas outras situações, a prudência de quem sabe que as aparências enganam. Ainda há uma década, por exemplo, com a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética, dir-se-ia que uma nova época de pacatez mundial tinha chegado. E os pacifistas, de Esquerda, empenhavam-se em negar a necessidade de manter forças armadas (como sempre fizeram ou quiseram fazer...) porque, diziam eles, não tinham medo nem dos Espanhóis nem dos Mouros, naquele seu estilo jocoso de quem se sente muito inteligente quando faz troça dos patriotismos e dos militarismos e nem há nenhum caga-tacos mental que não adira à moda de bater nos militares, é fino, desse modo se compõe a pinta do pseudo-intelectual, é o costume.
E, mais uma vez, os pacifistas espalharam-se ao comprido, como também é seu costume. Porque esta nova época do pós-comunismo é das mais perigosas de sempre, progressivamente comparável à Idade Média, quando toda a Europa enfrentava a ameaça muçulmana, desde o extremo ocidente até ao Próximo Oriente, na chamada «terra santa». Nesta nova época, a Europa tem, novamente, de enfrentar a ameaça do crescente verde, que, de facto, cresce mesmo, desta feita de um modo muito mais perigoso, porque conta com inúmeros potenciais agentes infiltrados, a saber, incontáveis imigrantes norte-africanos e turcos, espalhados, aos milhões, pela Europa fora, vivendo nos Estados mais poderosos do velho continente. Já John Locke, paladino intelectual da liberdade e da tolerância religiosa, tinha avisado contra o perigo que era para uma nação europeia o ter no seu seio gente que, pela natureza da sua fé, obedecesse mais a um poder exterior, inimigo até, do que ao poder instituído do país, e deu como exemplo o caso dos súbditos muçulmanos do príncipe austríaco, os quais obedeceriam mais facilmente aos Turcos, também muçulmanos, do que ao próprio soberano austríaco (nessa época, os Turcos estavam em guerra com a Áustria).
Também os Gregos estiveram muito tempo em guerra contra Tróia e só ganharam o conflito quando, ao fim de dez anos, introduziram na cidade sitiada um certo cavalo de madeira cheio de guerreiros lá dentro...
O avanço de Marrocos para a ilha de Perejil, sob o controle de Espanha, a guerra nos Balcãs, foram alguns dos muitos sinais de que a Europa não pode baixar a guarda perante o mundo islâmico.
Isto diz respeito também a Portugal, pois que, como é óbvio, Portugal é um país europeu - e, além disso, tem uma localização geográfica de interesse altamente estratégico. Sendo um país sul europeu, está na linha da frente de um possível conflito com o mundo mafomético, situado a escassas milhas marítimas, do outro lado do Mediterrâneo.
O exemplo suiço pareceria por isso perfeitamente adequado - apesar de ser um país neutro, todo o seu povo está preparado, em constante actualização, para pegar em armas.
Efectivamente, todo o cidadão nacional, de qualquer Estado, tem de estar preparado para defender o País e, em caso extremo, para dar a vida pela Pátria. Mas isto passa-se ao nível de uma guerra total, isto é, um casus belli que envolva toda a Nação num esforço de guerra sem limites, e tal tipo de situação pode e deve ser evitada por meio da manutenção de uma superioridade bélica europeia sobre o resto do mundo, superioridade essa que precisa de assentar num superior nível tecnológico e pessoal, com a constituição de contingentes militares altamente treinados, coisa que só parece possível com o serviço militar voluntário.
Sem embargo, é essencial ter sempre consciência do tipo de população que se oferece para o voluntariado militar.
Gente que gosta de pegar em armas. Indivíduos dessa natureza, existem em toda a parte e têm tanto direito à vida como quaisquer outros (desde que não atentem contra a vida de outrem). Precisam é de ser devidamente orientados e harmoniosamente integrados na sociedade, motivo pelo qual e já Platão falava, na sua obra intitulada «Política», a respeito da necessidade de canalizar este tipo de cidadãos para o esforço de defesa da polis. A veracidade deste facto só incomoda os mais absurdos pacifistas, e recordo-me agora das palavras de Miguel Esteves Cardoso quando, há uns anos, disse, num ridículo programada da SIC, sintomaticamente intitulado «A Noite da Má Língua», que o serviço militar obrigatório deveria continuar para que as Forças Armadas incluíssem muitos jovens bonzinhos e pacifistas, não caindo por isso nas mãos dos que se oferecessem como voluntários, suspeitos, segundo MEC (Miguel Esteves Cardoso), de serem umas bestas de guerra, malta perigosa...
Que os guardiões do País sejam apenas aqueles que apreciam as armas e o combate, é pois salutar.
Mas quem é que mais aprecia pegar em armas, nos dias que correm?
Até agora, quem mais aprecia pegar em armas costuma ser um certo tipo de jovem branco, eventualmente de ideologia nacionalista, o que é bom; mas, no presente estado de coisas, com a contínua vinda e procriação de africanos, é preciso zelar para que as Forças Armadas não se africanizem... convém ter sempre presente que, em última análise, quem detém o poder máximo, em qualquer sociedade, é quem usa as armas... já Viriato o dizia, há dois mil e cem anos, quando declarava ao seu sogro Astolpas que o poder da fortuna deste valia pouco perante o poder da sua lança. E o exemplo da antiga Roma ilustra bem o perigo que é deixar-se que as armas da Pátria sejam empunhadas por gentes de origem estrangeira que não sentem qualquer apego ao povo que é suposto defenderem.
Ao fim ao cabo, trata-se, fundamentalmente, de uma questão de educação.
É o maior problema do País, a educação. É a partir do sector da educação que urge combater os vícios de mentalidade instituídos. Um deles, o que mais afecta Portugal desde pelo menos os tempos de Eça de Queiroz, é o laxismo. Outro, mais directamente relacionado com o tema que ora se trata, é o do desprezo geralmente sentido em relação ao tudo o que é militar, bem como a indiferença relativamente à necessidade de manter o País defendido pela força marcial.
É preciso que a arma seja encarada, não como um fardo que tem de ser carregado durante quatro meses, mas sim como um privilégio, um distintivo de nobreza, um símbolo de orgulho.
Tal forma de ser e de viver tem de ser incutida às crianças desde cedo. É por isso que sempre fui a favor dos desenhos animados de tipo bélico, imbuídos de ética e estilo épico (recordo, por exemplo, a série do Bombardeiro X, da minha infância cada vez menos próxima). É por isso que os petizes devem ter tantos brinquedos bélicos quantos quiserem. Só falta, entretanto, que os manuais da escola primária fortaleçam na infância o respeito e mesmo o gosto pela vida militar.
Urge portanto combater a influência que certo pacifismo ideologicamente orientado tem ainda sobre a cultura ocidental em geral.
Enquanto isso, o Islão santifica a guerra santa. E não há nada mais forte e determinante do que a religião - nem ideologia, nem conveniência sócio-económica.
Naturalmente que o ideal era que o actual mundo ocidental fosse religiosamente orientado por uma religião que albergasse em lugar de destaque um modelo marcial elevado, como a da antiga Roma, na qual Marte, Deus da Guerra, era a segunda Divindade mais importante a seguir a Júpiter, O qual, por sua vez, tinha também atributos eminentemente guerreiros - mas, para já, não se poder ter tudo...
5 Comments:
Sr. Caturo,
O Sr. até ia num discurso bem esgalhado, com o qual eu estava a concordar no essencial e depois, truclas, lá estragou o arranjo.
1º - Todos os que se ofereçam para as FA têm de ter a nacionalidade Portuguesa. E uma vez que o seu métier obriga a um forte sentido de pátria, de regras, de esforço, de abdicação e de controlo, não vejo onde esteja o medo da africanização. As normas e regras militares estão muito acima desses dramas pseudo-existenciais e de culturas variadas. Por isso se fala numa cultura militar, por isso se fala numa educação militar. Todos os que entram, e não desistem, sairão uniformemente aculturados numa única linha de moral e conduta, que, pessoalmente, louvo. Sejam eles brancos, amarelos ou violetas. Mais um fantasma para juntar aos que já alimenta.
2º - A antiga Roma não serve de exemplo neste contexto. Como o Sr. sabe, melhor do que eu, só era cidadão Romano aquele cuja ascendência tivesse cidadania Romana. Os cidadãos de Roma que faziam parte do exército não chegariam nem para conquistar a primeira esquina da Itália, quanto mais meio mundo. Grande parte do exército Romano era constituído por estrangeiros. E foi com estrangeiros que conquistaram o mundo e mantiveram por longo período um império. Os motivos do declínio de Roma são bem mais complexos do que apegos ou desapegos.
3º - Se o seu ideal é ter uma religião que albergue uma forte componente marcial, quer melhor que o Islamismo fundamentalista? Matava 2 coelhos de uma cajadada só: encontrava um ideal marcial ***** já pronto a servir e não necessitava mais de temer o perigo que aí vem. E convenhamos que Marte ou Júpiter já não fazem as delícias do povão, que prefere um Deus para tudo e, vá lá, alguns santos e anjos. :)
Só mais uma nota: “A função bélica foi sempre, tanto quanto sei, uma actividade de um certo e determinado grupo, relativamente restrito, no seio da sociedade.” – O grupo relativamente restrito era o que delineava, estruturava e comandava. A carne para canhão aparecia conforme fosse necessário. Mas é sempre difícil generalizar este tema, pois tudo depende das épocas, das motivações, das tecnologias usadas, etc. Actualmente, o tipo de guerra que se pratica é completamente diferente daquele que se praticava há 50 anos atrás e a massificação tem sido substituída pela profissionalização. Até o modus operandi do terrorismo mudou radicalmente, obrigando a formas mais elaboradas, complexas e profissionais de luta.
Cumprimentos
Caro anónimo,
«1º - Todos os que se ofereçam para as FA têm de ter a nacionalidade Portuguesa.»
Como se sabe, a nacionalidade portuguesa é no presente momento da História nacional conferida a muitos dos que não a deviam ter.
«E uma vez que o seu métier obriga a um forte sentido de pátria, de regras, de esforço, de abdicação e de controlo, não vejo onde esteja o medo da africanização. As normas e regras militares estão muito acima desses dramas pseudo-existenciais e de culturas variadas»
Não estão acima não. Alguns anitos de educação não chegam para pôr sequer em causa as raizes de cada um. Se assim fosse, nem haveria Estados com a cultura africana, pois que as suas forças armadas, que dominam esses países, foram educadas no modelo ocidental. As tropas de Mugabe não são excepção. Numa situação em que as Forças Armadas se africanizassem em larga escala, não seria possível, aos portugueses, conseguir recuperar o seu país para a sua raça a não ser que lhes caísse do céu um exército branco.
Por isso, o perigo de que falei existe. Ainda não é o fantasma que deveria ser (isto é, um perigo morto). E só os fantasmas étnicos (isto é, aqueles para quem a etnia já nada interessa, motivo pelo qual o sentido de estirpe está neles morto) é que não se preocupam com isso.
«Como o Sr. sabe, melhor do que eu, só era cidadão Romano aquele cuja ascendência tivesse cidadania Romana.»
Inicialmente, sim. Na altura do final do Império, contudo, qualquer indivíduo de ascendência bárbara podia chegar a imperador, tendo, obviamente, passado pela liderança de tropas.
«Os cidadãos de Roma que faziam parte do exército não chegariam nem para conquistar a primeira esquina da Itália, quanto mais meio mundo. Grande parte do exército Romano era constituído por estrangeiros.»
A maior parte dos «estrangeiros» iniciais, eram itálicos, parentes étnicos chegados em relação aos Romanos propriamente ditos e naturalmente próximos do mundo greco-romano, sendo por isso mesmo romanamente civilizáveis.
«Os motivos do declínio de Roma são bem mais complexos do que apegos ou desapegos.»
Os motivos do declínio de Roma têm muito a ver com o facto do seu exército, composto maioritariamente por bárbaros, já ter pouco de romano e ainda menos de apego a Roma e à sua cultura.
«Se o seu ideal é ter uma religião que albergue uma forte componente marcial, quer melhor que o Islamismo fundamentalista?»
Dificilmente encontraria uma religião mais desapropriada do que essa, que é precisamente a maior ameaça do momento contra o Ocidente, devido ao seu expansionismo militante que visa impor um credo único a toda a humanidade, submetendo, pelo caminho, todo o Ocidente. É uma religião estrangeira à Europa e inimiga de todo o paganismo, sendo por isso mortalmente adversa ao fundamento étnico-religioso dos Europeus.
«E convenhamos que Marte ou Júpiter já não fazem as delícias do povão, que prefere um Deus para tudo e, vá lá, alguns santos e anjos. :)»
Então, confirma que o povão aprecia o politeísmo, na prática... obrigado pelo voto de confiança. :)
«Só mais uma nota: “A função bélica foi sempre, tanto quanto sei, uma actividade de um certo e determinado grupo, relativamente restrito, no seio da sociedade.” – O grupo relativamente restrito era o que delineava, estruturava e comandava. A carne para canhão aparecia conforme fosse necessário.»
Mas raramente era necessário. A maior parte das guerras fazia-se entre elites de guerreiros.
Cumprimentos
”Como se sabe, a nacionalidade portuguesa é no presente momento da História nacional conferida a muitos dos que não a deviam ter.” – Esses não se voluntariam para o serviço militar. Num serviço militar massificado e obrigatório, possivelmente lá fossem bater uns com os costados. Mas a profissionalização encarrega-se de fazer o rastreio. Só os que já intuíram os valores ocidentais e têm verdadeira vocação aguentam sujeitar-se a uma vida militar cá. Ou os deixam lá estar.
“Alguns anitos de educação não chegam para pôr sequer em causa as raizes de cada um. Se assim fosse, nem haveria Estados com a cultura africana, pois que as suas forças armadas, que dominam esses países, foram educadas no modelo ocidental. As tropas de Mugabe não são excepção.” – Parece-me haver neste seu argumento uma grande confusão. Estruturar tropas a partir de modelos ocidentais, não transforma culturalmente um país. As estruturas militares, que impõem as regras, são culturalmente africanas. Os modelos ocidentais limitam-se a ser adaptados à cultura dominante, e não se sobrepõem ela. No Ocidente praticam-se modelos ocidentais, criados a partir de uma cultura Ocidental dominante. As estruturas militares, que impõem as regras, são culturalmente ocidentais. Qualquer Português de origem africana ou chinesa ou o que seja, ao voluntariar-se para cumprir o serviço militar, não só já intuiu socialmente a cultura ocidental (o que não obriga a que rompa totalmente com a sua cultura ancestral), como irá seguir as normas e regras do modelo dominante, ao qual socialmente já se adaptou. Não é o africano ou o Chinês acabadinho de chegar e de obter a nacionalidade que se voluntaria para o exército, ou é aceite nele. É o filho desse, já cá nascido, que poderá voluntariar-se.
“Numa situação em que as Forças Armadas se africanizassem em larga escala, não seria possível, aos portugueses, conseguir recuperar o seu país para a sua raça a não ser que lhes caísse do céu um exército branco. ” – O que respondi no ponto anterior, responde a este filme.
”Inicialmente, sim. Na altura do final do Império, contudo, qualquer indivíduo de ascendência bárbara podia chegar a imperador, tendo, obviamente, passado pela liderança de tropas.” – Olhe que entre o inicialmente e o final, houve um loooongo período de tempo. Na altura do final do Império as questões das ascendências limitaram-se a ser uma das consequências que, por sua vez, deram origem a outras consequências. O declínio e o fim já estavam traçados por factores bem mais desgastantes e dramáticos do que os apegos.
“A maior parte dos «estrangeiros» iniciais, eram itálicos, parentes étnicos chegados em relação aos Romanos propriamente ditos e naturalmente próximos do mundo greco-romano, sendo por isso mesmo romanamente civilizáveis.” – O Sr. passa do inícios para os finais com uma rapidez, que ficamos todos a julgar que o império romano existiu aí por uns meros 5 aninhos. Com os Itálicos, os Romanos não chegavam à primeira esquina da Gália, quanto mais algum dia poderem apelidar o Mediterrâneo de Mare Nostrum. E não foi Mare Nostrum por um dia.
“É uma religião estrangeira à Europa e inimiga de todo o paganismo, sendo por isso mortalmente adversa ao fundamento étnico-religioso dos Europeus.” - Efectivamente o paganismo é gloriosamente ancestral, é folclórico, interessante e dá-nos momentos muito agradáveis de leitura. Mas o facto de ter todos esses predicados não o torna necessariamente praticável, nem mesmo em sonhos. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. A Europa actual está associada ao Cristianismo e não a qualquer religião pagã.
«E convenhamos que Marte ou Júpiter já não fazem as delícias do povão, que prefere um Deus para tudo e, vá lá, alguns santos e anjos. :)» - Onde está o politeísmo? Nos Santos e Anjos?! Credo, as voltas que o Sr. dá às coisas! Sempre me disseram que eu era um verdadeiro anjinho, mas saber pelo Sr. que afinal sou um Deus, é bem mais fino. :)
”«A carne para canhão aparecia conforme fosse necessário.» Mas raramente era necessário. A maior parte das guerras fazia-se entre elites de guerreiros.” – A Nobreza Portuguesa não chegaria nem para uma roda de bisca lambida, quanto mais para se enfiar em barcas e rumar ao Norte de africa. O Sr. está a confundir duelos de nobres ociosos com guerras e batalhas.
Cumprimentos
«Qualquer Português de origem africana ou chinesa ou o que seja, ao voluntariar-se para cumprir o serviço militar, não só já intuiu socialmente a cultura ocidental (o que não obriga a que rompa totalmente com a sua cultura ancestral),»
Ora bem. A cultura ancestral continua no indivíduo.
«É o filho desse, já cá nascido, que poderá voluntariar-se.»
E é precisamente esse quem mais perigo oferece à identidade nacional, a médio ou a longo prazo - aquele que, sendo de outra raça, se integra na comunidade portuguesa, contribuindo para a miscigenar. Isto é, para a diluir, fazendo-lhe também perder o sentido de estirpe. Um africano ou um asiático bem integrados são a médio ou longo prazo mais perigosos para Portugal do que um criminoso de gangues de rua.
“Numa situação em que as Forças Armadas se africanizassem em larga escala, não seria possível, aos portugueses, conseguir recuperar o seu país para a sua raça a não ser que lhes caísse do céu um exército branco. ”
«O que respondi no ponto anterior, responde a este filme.»
Não responde não. Não percebeu o que eu quis dizer.
”Inicialmente, sim. Na altura do final do Império, contudo, qualquer indivíduo de ascendência bárbara podia chegar a imperador, tendo, obviamente, passado pela liderança de tropas.”
«Olhe que entre o inicialmente e o final, houve um loooongo período de tempo. Na altura do final do Império as questões das ascendências limitaram-se a ser uma das consequências que, por sua vez, deram origem a outras consequências.»
As questões das ascendências já há muito minavam a Romanidade. E a partir do momento em que os romanos propriamente ditos já não lideravam nada de militar, a decadência estava à vista.
“A maior parte dos «estrangeiros» iniciais, eram itálicos, parentes étnicos chegados em relação aos Romanos propriamente ditos e naturalmente próximos do mundo greco-romano, sendo por isso mesmo romanamente civilizáveis.”
«O Sr. passa do inícios para os finais com uma rapidez, que ficamos todos a julgar que o império romano existiu aí por uns meros 5 aninhos. Com os Itálicos, os Romanos não chegavam à primeira esquina da Gália,»
Não é bem assim. Com os itálicos (que são muitos, de norte a sul de Itália...), os Romanos tomaram a Ibéria e derrotaram Cartago, a maior potência marítima da época.
“É uma religião estrangeira à Europa e inimiga de todo o paganismo, sendo por isso mortalmente adversa ao fundamento étnico-religioso dos Europeus.”
«Efectivamente o paganismo é gloriosamente ancestral, é folclórico, interessante e dá-nos momentos muito agradáveis de leitura. Mas o facto de ter todos esses predicados não o torna necessariamente praticável, nem mesmo em sonhos.»
É discutível. Só o Destino o dirá. É verdade que parece impossível, mesmo ao pagão mais optimista... mas, como diz, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. A Europa actual está associada ao Cristianismo e não a qualquer religião pagã mas também já esteve dominada pelos paganismos numa época em que nunca se imaginaria que uma seita de andrajosos a viver nos subterrâneos romanos invadiria a Europa de lés a lés.
«E convenhamos que Marte ou Júpiter já não fazem as delícias do povão, que prefere um Deus para tudo e, vá lá, alguns santos e anjos. Onde está o politeísmo? Nos Santos e Anjos?! Credo, as voltas que o Sr. dá às coisas! Sempre me disseram que eu era um verdadeiro anjinho, mas saber pelo Sr. que afinal sou um Deus,»
Sabe muito bem que toda a legião de anjos e santos adorados no seio do Catolicismo mais não é do que uma substituta do panteão das antigas Divindades, precisamente porque as autoridades eclesiásticas não arranjaram maneira melhor de fazer esquecer os Deuses pagãos.
Até o culto da Virgem Maria deriva do Paganismo, sem margem para muitas dúvidas: é a encarnação «cristã» da Grande Mãe, mãe do menino Deus, tal como Isis, Cibele, e a Deusa mediterrânica que já em Creta aparece com uma criança ao peito. Ou haverá porventura alguma parte do Novo Testamento que afirme a necessidade de tal culto?
A autoridade católica fez uma colagem com cuspe entre as antigas tradições politeístas e a doutrina cristã, argumentando que «não é o santo que tem poder, o santo só intercede junto de Deus a nosso favor...». Na prática, quem presta culto aos santos - culto, sim, aos santos - fá-lo porque acredita no poder destes, e sente-se mais à vontade com eles do que com as figuras de Jesus ou de Jeová, e não «apenas para as pequenas coisas», mas também para as grandes... Os santos têm frequentemente atribuições específicas (viagens, por exemplo), o que corresponde perfeitamente ao culto das Divindades romanas.
”«A carne para canhão aparecia conforme fosse necessário.» Mas raramente era necessário. A maior parte das guerras fazia-se entre elites de guerreiros.”
«A Nobreza Portuguesa não chegaria nem para uma roda de bisca lambida, quanto mais para se enfiar em barcas e rumar ao Norte de africa»
Não é disso que falo, mas sim de escaramuças entre fronteiras, daquelas que se fizeram ao longo de séculos entre Portugueses e Castelhanos, Hispânicos e Mouros, Celtas e Germanos, e entre as tribos, que sempre foram mais numerosas do que os impérios.
«A Nobreza Portuguesa não chegaria nem para uma roda de bisca lambida, quanto mais para se enfiar em barcas e rumar ao Norte de africa»
Isso é mais uma daquelas campanhas de desinformação sobre a Nobreza que os Republicanos, não sei como, porque só a conheço pela boca de pessoas, fizeram passar desde que se tornaram os vencedores. Só titulares eram umas dezenas! Pequena Nobreza e elevados em várias épocas eram centenas! A prova é que todos nós descendemos dos Reis de Portugal!... Quem eram Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque, D. João de Castro, D. Francisco de Almeida, etc, etc? Não eram Nobres os que combatiam em Ceuta e Mazagão? Deviam ler mais sobre História! Quem eram os primeiros Cavaleiros que fundaram Portugal? Não andavam apenas "em lutas e torneios por desporto".
E, se duvidam disto, vejam
http://genealogia.sapo.pt/home/
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