VERGONHA
Li hoje na revista «Sábado» que, segundo um estatística realizada por um banco suiço, o ordenado mínimo de Portugal está abaixo do da Eslovénia. E ainda mais abaixo em relação ao de Malta. Bem mais baixo do que o da Grécia. E muitíssimo mais baixo do que o da Irlanda.
É vergonhoso o modo como se evidencia a semelhança da actual república portuguesa com o terceiro mundo. Há catorze anos que se anda a dizer neste país que «estamos ao nível da Irlanda e da Grécia!», mas qual ao nível da Irlanda e da Grécia qual caralho, meus amigos e inimigos. O que se passa é o seguinte:
- ou essa igualdade económica é falsa e, nesse caso, os donos do sistema andaram a mentir aos Portugueses, fazendo-lhes crer que estavam ao nível da Irlanda e da Grécia;
- ou é verdadeira e, sendo assim, se estamos economicamente ao nível da Grécia e da Irlanda e não temos os ordenados mínimos que eles têm, é porque os trabalhadores portugueses andam a ser tratados com desprezo pela gentalha capitalista que governa o barco. Será talvez constituída pelos sujeitos (ou seus descendentes) que, nos anos sessenta, quando se deslocavam ao estrangeiro, tinham tal vergonha de Portugal que se diziam sempre ou brasileiros, ou espanhóis, ou italianos...
E depois vêm os «opinion makers» mete-nojo a querer fazer crer à Nação que os ordenados portugueses «têm de ser competitivos com os do leste!», esquecendo, provavelmente de propósito (não acredito que saibam menos do que eu) que os países realmente desenvolvidos apostam na mão-de-obra especializada, que é bem paga. E esquecem-se de propósito talvez porque isso faça jeito aos seus amigalhaços empresários, que financiam as televisões e os jornais que dão de comer aos ditos «fazedores de opinião»...
É vergonhoso o modo como se evidencia a semelhança da actual república portuguesa com o terceiro mundo. Há catorze anos que se anda a dizer neste país que «estamos ao nível da Irlanda e da Grécia!», mas qual ao nível da Irlanda e da Grécia qual caralho, meus amigos e inimigos. O que se passa é o seguinte:
- ou essa igualdade económica é falsa e, nesse caso, os donos do sistema andaram a mentir aos Portugueses, fazendo-lhes crer que estavam ao nível da Irlanda e da Grécia;
- ou é verdadeira e, sendo assim, se estamos economicamente ao nível da Grécia e da Irlanda e não temos os ordenados mínimos que eles têm, é porque os trabalhadores portugueses andam a ser tratados com desprezo pela gentalha capitalista que governa o barco. Será talvez constituída pelos sujeitos (ou seus descendentes) que, nos anos sessenta, quando se deslocavam ao estrangeiro, tinham tal vergonha de Portugal que se diziam sempre ou brasileiros, ou espanhóis, ou italianos...
E depois vêm os «opinion makers» mete-nojo a querer fazer crer à Nação que os ordenados portugueses «têm de ser competitivos com os do leste!», esquecendo, provavelmente de propósito (não acredito que saibam menos do que eu) que os países realmente desenvolvidos apostam na mão-de-obra especializada, que é bem paga. E esquecem-se de propósito talvez porque isso faça jeito aos seus amigalhaços empresários, que financiam as televisões e os jornais que dão de comer aos ditos «fazedores de opinião»...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home