terça-feira, junho 29, 2004

Cavalo de Tróia... Turco... QUE É MUITO MAIS PERIGOSO DO QUE O GREGO

O presidente George W. Bush, que é o chefe da cobóiada yanke, apoiou a entrada da Turquia na União Europeia, dando assim seguimento à política americana pró-turca.
Jacques Chirac, presidente francês, falou bem (embora meta nojo noutras ocasiões), ao afirmar que «Ele não só foi longe demais, como entrou num terreno que não é o seu. É como se eu explicasse aos Estados Unidos a forma como eles devem gerir as suas relações com o México.»

Em nome dos seus interesses imperiais e conveniências economicistas, os yankes não só enfraquecem a Europa querendo meter-lhe dentro a Turquia (isto será a divisão da Europa e a perda de poder dos Europeus em sua própria casa perante o avanço do poder islâmico e dos interesses dos povos turcos, não só da Turquia, mas também do Turquemenistão e da Quirguízia), mas também atacam os direitos políticos de uma minoria étnica - os Curdos - considerando que os seus resistentes são «terroristas» (já se sabe que se forem contra os interesses americanos, são «terroristas», não há que enganar)que, ao contrário do que os Turcos pretendem, têm direito a um território seu.

Não é aliás a primeira vez que os cobóis pretendem usar povos islâmicos contra adversários europeus.
Efectivamente, foram os Americanos que fortaleceram o poder muçulmano no Médio Oriente, como forma de atacar o poder soviético naquela área - no Afeganistão, por exemplo; foram também os Americanos quem fez com que os muçulmanos da Bósnia-Herzegovina se sentissem com as costas quentes na sua guerra contra os Sérvios (apoiados pelos Russos).

E, depois, queixam-se de que o fundamentalismo islâmico ganha terreno.

Por seu turno, a Esquerda mais imbecil actua do mesmo modo, pondo-se sempre ao lado dos seguidores de Mafoma, em todas as circunstâncias, seja na Palestina, seja na Tchetchénia, seja nos Balcãs ou mesmo na India e em Caxemira.
O primarismo da cambada de Esquerda é tão previsível como o cagar: quem fala mal da América, é bom, seja porque motivo for que fala mal da América; quem fala bem da América, é mau, seja qual for o motivo porque fala bem da América. E, se fala mal da América e, no entanto, é mau... se for um nazi a falar mal da América, o comuna típico fica sem saber o que fazer: então o nazi, afinal, é mau ou é bom?? Quem fala mal da América, é porque é bom... náááá, o gajo deve estar a fingir que é bom... ou então, está enganado... e pronto.
E, infelizmente, também nas hostes nacionalistas europeias há quem alimente uma simpatia pelo Islão: uma simpatia feita de treta e colada com cuspe, baseada no anti-sionismo mais primário e limitador do espírito.

Isto é, tanto os Esquerdistas anti-americanos como os Nacionalistas anti-sionistas, acreditam genuinamente na imbecil noção de que quem é inimigo do seu inimigo é amigo deles.


Nem Americanos capitalistas nem esquerdistas - nem nacionalistas anti-sionistas - entendem algo de crucial: os muçulmanos não são aliados de ninguém. Não respeitam nada mais para além da sua religião: não me engano muito se disser que estes combatentes do crescente nutrem um profundo desprezo por quem não é religioso e esperam sempre por uma primeira oportunidade em que se possam vingar de terem sido forçados a lutar ao lado de «kafires», isto é, de «pagãos».

Isto que digo pode parecer despropositado a quem pensar que a Turquia é laica. É porque quem assim pensa não presta atenção ao crescimento do radicalismo muçulmano por debaixo do lençol humanista e pró-ocidental que nunca conseguiu o milagre absurdo que seria transformar uma parte da Ásia numa parte da Europa. A Turquia é, de facto, da Ásia, mesmo que esta seja só uma Ásia Menor. Mas uma cobra menor, quando cresce, não fica um papagaio, fica uma cobra maior.

A Turquia é pois um cavalo de Tróia que a América julga querer meter dentro da Europa. Só que este corcel é diferente daquele que os Gregos fizeram, segundo conta a Ilíada: o dos Gregos, foi infiltrado na cidade do inimigo e tinha lá dentro gente grega; o dos Americanos, está a ser infiltrado na fortaleza dos adversários da América (os Europeus) mas não tem lá dentro gente americana... nem aliados autênticos... o que pode sair de lá de dentro, é algo que nem os próprios Americanos poderão depois controlar.

O que convinha aos Europeus, era outra coisa. Convinha que os países da UE estivessem dispostos a desenvolver no seio desta organização uma vertente militar, cooperante com os EUA, quando fosse necessário defender o Ocidente, mas com uma política separada do poder yanke, que é muito pouco fiável. Para a UE, era excelente uma integração da Rússia - este sim, é um país europeu - e uma política de simpatia para com os Curdos, que poderiam ser fiéis aliados da Europa se a Europa lhes desse, ali no Próximo Oriente, uma terra.