VITÓRIA PELA INDEPENDÊNCIA, HÁ OITO SÉCULOS
Dia 24 de Junho é dia de dupla celebração: em dois momentos diferentes da História Pátria, Portugal bateu, neste dia, os seus inimigos.
No primeiro, a vitória portuguesa foi um marco decisivo na independência da Nação: 24 de Junho de 1128.
Em itálico, segue o texto retirado do site Batalhas de Portugal:
http://www.terravista.pt/ancora/1627/
Nos campos de São Mamede, às portas de Guimarães, as hostes de D. Tereza e dos fidalgos galegos de Fernão Peres de Trava encontram-se perante as forças de Afonso Henriques e dos seus barões rebeldes.
A acção sangrenta e breve foi uma simples lide de cavaleiros, segundo a Táctica da Alta Idade-Média, em que todavia a peonagem burguesa de Guimarães, combatendo já por uma terra que era sua, auxiliou em muito a bravura e a coragem dos ricos-homens e cavaleiros de Afonso Henriques.
A batalha que terminou com a vitória de Afonso Henriques e dos Barões Portucalenses constituiu, de facto, a afirmação da independência portuguesa no momento em que eram ainda possíveis outros destinos políticos para o condado. Ela consagra, efectivamente, o afastamento definitivo entre Portugal e a Galiza.
A Batalha de São Mamede marca o inicio da independência portuguesa.
Batalha travada em 24 de Junho de 1128 entre os Barões Portucalenses, comandados por Afonso Henriques, e as tropas do Conde Fernão Peres de Trava e de D. Tereza, Condessa de Portucale, no lugar de São Mamede, provavelmente em São Mamede de Aldão, poucos quilómetros a nordeste de Guimarães, e que terminou pela vitória dos primeiros. Preparada por um afastamento progressivo dos Barões Portucalenses, que decerto não concordavam com a política do Conde de Trava, instalado na corte portuguesa desde 1121, e sob a liderança de Ermígio Moniz de Ribadouro e de Soeiro Mendes de Sousa, mas com a colaboração das famílias da Maia, de alguns dos Barbosas e de vários outros dos nobres mais poderosos do condado, a batalha constitui, de facto, a afirmação da independência portuguesa no momento em que eram ainda possíveis outros destinos políticos para o condado. Ela consagra, efectivamente, o afastamento definitivo entre Portugal e a Galiza, depois de o condado estar normalmente unido a ela no conjunto leonês, sobretudo a partir da constituição do reinado de Galiza-Portugal sob a coroa do Rei Garcia, pela partilha política realizada na data da morte de Fernando I de Leão e Castela. As tentativas feitas durante o fim do século XI e sobretudo no princípio do seguinte, e que tiveram como protagonistas principais o Arcebispo Diego Gelmírez, de Santiago de Compostela, e o Conde Pedro Froilaz de Trava, destinadas a consolidar essa unidade política sob a hegemonia galega, tiveram, afinal, como resultado a revolta portucalense e a constituição em Entre Douro e Minho de um estado independente que não tardaria a demonstrar a sua viabilidade conquistando o território que com ele confinava a sul. Pode-se, assim, dizer que a Batalha de São Mamede marca o início da independência portuguesa. Os jograis e cronistas da Idade Média aperceberam-se à sua maneira desta realidade, fazendo da batalha a primeira sequência da gesta de Afonso Henriques e tecendo em torno dela uma narrativa destinada a explicar o destino heróico e dramático do nosso primeiro rei. Preservaram mesmo uma expressão da decisiva colaboração dos barões, atribuindo a vitória a Soeiro Mendes, e não propriamente ao príncipe. No entanto, ainda no século XIV, sob a influência da historiografia clerical, que dava maior importância ao papel de Afonso Henriques como caudilho da guerra santa, desenvolveu-se uma tendência para pôr em relevo a Batalha de Ourique, de preferência à de São Mamede. Aos olhos dos clérigos, uma vitória sobre os inimigos da fé cristã prestava-se mais à intervenção divina. A relação de Ourique com a fundação da nacionalidade foi então expressa pelo episódio da aclamação do príncipe como rei e sobretudo pela aparição de Cristo, à qual se atribuiu a origem das armas régias. Estas teriam, assim, nas «quinas» um significado de cunho religioso. A batalha e o seu carácter miraculoso vinculariam a Nação ao cumprimento de uma missão sagrada de combate aos infiéis, que seria afinal a justificação da independência. O papel histórico de São Mamede passou, assim, a segundo plano desde o fim do século XIV. A importância de Ourique teria, depois, nos historiógrafos de Alcobaça os seus melhores defensores. Permaneceu como o acto fundacional de Portugal até que a importância de São Mamede foi de novo reivindicada por Herculano. Foi preciso, porém, esperar até aos nossos dias para, em 1978, se lhe dar o maior relevo, no congresso histórico que comemorou o seu 850.º aniversário.
No primeiro, a vitória portuguesa foi um marco decisivo na independência da Nação: 24 de Junho de 1128.
Em itálico, segue o texto retirado do site Batalhas de Portugal:
http://www.terravista.pt/ancora/1627/
Nos campos de São Mamede, às portas de Guimarães, as hostes de D. Tereza e dos fidalgos galegos de Fernão Peres de Trava encontram-se perante as forças de Afonso Henriques e dos seus barões rebeldes.
A acção sangrenta e breve foi uma simples lide de cavaleiros, segundo a Táctica da Alta Idade-Média, em que todavia a peonagem burguesa de Guimarães, combatendo já por uma terra que era sua, auxiliou em muito a bravura e a coragem dos ricos-homens e cavaleiros de Afonso Henriques.
A batalha que terminou com a vitória de Afonso Henriques e dos Barões Portucalenses constituiu, de facto, a afirmação da independência portuguesa no momento em que eram ainda possíveis outros destinos políticos para o condado. Ela consagra, efectivamente, o afastamento definitivo entre Portugal e a Galiza.
A Batalha de São Mamede marca o inicio da independência portuguesa.
Batalha travada em 24 de Junho de 1128 entre os Barões Portucalenses, comandados por Afonso Henriques, e as tropas do Conde Fernão Peres de Trava e de D. Tereza, Condessa de Portucale, no lugar de São Mamede, provavelmente em São Mamede de Aldão, poucos quilómetros a nordeste de Guimarães, e que terminou pela vitória dos primeiros. Preparada por um afastamento progressivo dos Barões Portucalenses, que decerto não concordavam com a política do Conde de Trava, instalado na corte portuguesa desde 1121, e sob a liderança de Ermígio Moniz de Ribadouro e de Soeiro Mendes de Sousa, mas com a colaboração das famílias da Maia, de alguns dos Barbosas e de vários outros dos nobres mais poderosos do condado, a batalha constitui, de facto, a afirmação da independência portuguesa no momento em que eram ainda possíveis outros destinos políticos para o condado. Ela consagra, efectivamente, o afastamento definitivo entre Portugal e a Galiza, depois de o condado estar normalmente unido a ela no conjunto leonês, sobretudo a partir da constituição do reinado de Galiza-Portugal sob a coroa do Rei Garcia, pela partilha política realizada na data da morte de Fernando I de Leão e Castela. As tentativas feitas durante o fim do século XI e sobretudo no princípio do seguinte, e que tiveram como protagonistas principais o Arcebispo Diego Gelmírez, de Santiago de Compostela, e o Conde Pedro Froilaz de Trava, destinadas a consolidar essa unidade política sob a hegemonia galega, tiveram, afinal, como resultado a revolta portucalense e a constituição em Entre Douro e Minho de um estado independente que não tardaria a demonstrar a sua viabilidade conquistando o território que com ele confinava a sul. Pode-se, assim, dizer que a Batalha de São Mamede marca o início da independência portuguesa. Os jograis e cronistas da Idade Média aperceberam-se à sua maneira desta realidade, fazendo da batalha a primeira sequência da gesta de Afonso Henriques e tecendo em torno dela uma narrativa destinada a explicar o destino heróico e dramático do nosso primeiro rei. Preservaram mesmo uma expressão da decisiva colaboração dos barões, atribuindo a vitória a Soeiro Mendes, e não propriamente ao príncipe. No entanto, ainda no século XIV, sob a influência da historiografia clerical, que dava maior importância ao papel de Afonso Henriques como caudilho da guerra santa, desenvolveu-se uma tendência para pôr em relevo a Batalha de Ourique, de preferência à de São Mamede. Aos olhos dos clérigos, uma vitória sobre os inimigos da fé cristã prestava-se mais à intervenção divina. A relação de Ourique com a fundação da nacionalidade foi então expressa pelo episódio da aclamação do príncipe como rei e sobretudo pela aparição de Cristo, à qual se atribuiu a origem das armas régias. Estas teriam, assim, nas «quinas» um significado de cunho religioso. A batalha e o seu carácter miraculoso vinculariam a Nação ao cumprimento de uma missão sagrada de combate aos infiéis, que seria afinal a justificação da independência. O papel histórico de São Mamede passou, assim, a segundo plano desde o fim do século XIV. A importância de Ourique teria, depois, nos historiógrafos de Alcobaça os seus melhores defensores. Permaneceu como o acto fundacional de Portugal até que a importância de São Mamede foi de novo reivindicada por Herculano. Foi preciso, porém, esperar até aos nossos dias para, em 1978, se lhe dar o maior relevo, no congresso histórico que comemorou o seu 850.º aniversário.
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