A VERDADEIRA FORÇA
Gloriosa foi a vitória de ontem sobre a Inglaterra. Todo o país está contente e festivo, o que é sempre bom de ver.
De qualquer modo, saliento, de novo - se já não o fiz, faço agora - que um País não pode ser tão dependente do futebol como Portugal está neste momento. Discordo muitas vezes das bacoradas que se escrevem na revista Maxmen, mas realço o valor da crónica do director, na edição deste mês, e afirmo que ninguém com dois dedos de testa e com verdadeira dignidade pode deixar que a sua «auto-estima» fique dependente de dois ou três chutes certeiros no rolante esférico. Uma dependência dessas é sinal de passividade impotente de todo um povo, que põe a chave do seu orgulho sob os pés de uns quantos atletas, infantilizando-se até à idiotia, limintando-se a berrar na «torcida pela selecção», como uma qualquer donzela em apuros que grita pelo auxílio do seu cavaleiro. O maior valor da donzela não está no desvelo com que «apoia» o seu homem de armas, mas sim na sua beleza e no amor que ela inspira ao cavaleiro. Para isso, precisa de ser realmente bela e ter graciosos modos, o que só deriva da sua própria natureza, do cuidado que tem consigo mesma e da sua própria auto-estima.
Por isso, a auto-estima de cada homem e de cada mulher do povo português, só deve depender da sua própria consciência, do seu próprio esforço, do valor que der à sua identidade e às suas origens, da vontade de defender e promover a sua estirpe.
Pensei em escrever isto antes do jogo. Lembrei-me de o escrever depois do primeiro golo da Inglaterra, estando Portugal a perder. E preparava-me já para dizer, se Portugal perdesse, «não é por Portugal ter perdido que estou a escrever isto, é porque o considero importante».
Como Portugal, afinal, ganhou, melhor ainda.
De qualquer modo, saliento, de novo - se já não o fiz, faço agora - que um País não pode ser tão dependente do futebol como Portugal está neste momento. Discordo muitas vezes das bacoradas que se escrevem na revista Maxmen, mas realço o valor da crónica do director, na edição deste mês, e afirmo que ninguém com dois dedos de testa e com verdadeira dignidade pode deixar que a sua «auto-estima» fique dependente de dois ou três chutes certeiros no rolante esférico. Uma dependência dessas é sinal de passividade impotente de todo um povo, que põe a chave do seu orgulho sob os pés de uns quantos atletas, infantilizando-se até à idiotia, limintando-se a berrar na «torcida pela selecção», como uma qualquer donzela em apuros que grita pelo auxílio do seu cavaleiro. O maior valor da donzela não está no desvelo com que «apoia» o seu homem de armas, mas sim na sua beleza e no amor que ela inspira ao cavaleiro. Para isso, precisa de ser realmente bela e ter graciosos modos, o que só deriva da sua própria natureza, do cuidado que tem consigo mesma e da sua própria auto-estima.
Por isso, a auto-estima de cada homem e de cada mulher do povo português, só deve depender da sua própria consciência, do seu próprio esforço, do valor que der à sua identidade e às suas origens, da vontade de defender e promover a sua estirpe.
Pensei em escrever isto antes do jogo. Lembrei-me de o escrever depois do primeiro golo da Inglaterra, estando Portugal a perder. E preparava-me já para dizer, se Portugal perdesse, «não é por Portugal ter perdido que estou a escrever isto, é porque o considero importante».
Como Portugal, afinal, ganhou, melhor ainda.
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