BONDADE
Aqui vai uma notícia atrasada, em itálico, que encontrei enquanto procurava outro título, no Expresso Online.
Vale a pena ser lida e divulgada, de modo a que haja mais probabilidades de que apareça outro indivíduo de moral e atitude tão elevada como a daquele que tem um canil e um gatil em casa (o negrito é deste blogue, para salientar o real valor da iniciativa):
Algarvio hospeda 200 cães e gatos
Com o canil municipal já construído mas ainda por abrir, em virtude dos novos requisitos legais, um algarvio de Vila Real de Santo António vive desde há quatro anos com cerca de 200 cães e gatos. São animais abandonados, aos quais José Gregório tem dado um lar, ou melhor, um reduzido espaço de armazém. «Dói-me o coração de ver tantos animais abandonados e de ninguém fazer nada, por isso procurei este local, decidi recolhê-los e viver com eles», explica José Gregório enquanto segura nos braços um pequeno cão que salvou de uma morte mais que certa depois do animal ter sido atropelado.
No entanto, dividir casa com duas centenas de animais, sem as mínimas condições de habitabilidade não é tarefa fácil. Ainda mais quando a grande maioria dos animais nem sequer está vacinada porque a curta reforma de que vive não chega para tudo. «Tenho graves problemas de saúde, mas apesar disso, vivo para lhes comprar comida e só não estão vacinados porque os medicamentos são muito caros», conta José Gregório. Cruza a fronteira constantemente e é uma veterinária do outro lado do Guadiana, em Ayamonte, Espanha, que lhe faculta alguma ajuda e lhe dá alguns conselhos quando este se apercebe que algum dos animais está mais debilitado.
Nas alturas do cio, José Gregório tem o cuidado de separar os machos das fêmeas, para que os animais não se reproduzam e a «família» não cresça ainda mais.
José Gregório afirma que nunca recebeu qualquer tipo de apoio da parte da autarquia, apesar dos constantes pedidos, e que a edilidade gastou cerca de 25 mil contos num canil que continua sem funcionar.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, António Murta, esclarece que a autarquia não está autorizada a conceder subsídios a particulares, mas apenas a associações ou clubes. Quando ao facto de o canil ainda não estar em funcionamento, o autarca explica que tal se deve ao facto de a legislação ter sido recentemente alterada, levando a que o projecto tivesse que ser refeito e remetido novamente para aprovação. «Neste momento estamos apenas à espera do licenciamento e, assim que isso acontecer, todos esses animais têm de ser recolhidos para o canil», explica António Murta.
Jornal do Algarve 11:46 21 Maio 2004
Vale a pena ser lida e divulgada, de modo a que haja mais probabilidades de que apareça outro indivíduo de moral e atitude tão elevada como a daquele que tem um canil e um gatil em casa (o negrito é deste blogue, para salientar o real valor da iniciativa):
Algarvio hospeda 200 cães e gatos
Com o canil municipal já construído mas ainda por abrir, em virtude dos novos requisitos legais, um algarvio de Vila Real de Santo António vive desde há quatro anos com cerca de 200 cães e gatos. São animais abandonados, aos quais José Gregório tem dado um lar, ou melhor, um reduzido espaço de armazém. «Dói-me o coração de ver tantos animais abandonados e de ninguém fazer nada, por isso procurei este local, decidi recolhê-los e viver com eles», explica José Gregório enquanto segura nos braços um pequeno cão que salvou de uma morte mais que certa depois do animal ter sido atropelado.
No entanto, dividir casa com duas centenas de animais, sem as mínimas condições de habitabilidade não é tarefa fácil. Ainda mais quando a grande maioria dos animais nem sequer está vacinada porque a curta reforma de que vive não chega para tudo. «Tenho graves problemas de saúde, mas apesar disso, vivo para lhes comprar comida e só não estão vacinados porque os medicamentos são muito caros», conta José Gregório. Cruza a fronteira constantemente e é uma veterinária do outro lado do Guadiana, em Ayamonte, Espanha, que lhe faculta alguma ajuda e lhe dá alguns conselhos quando este se apercebe que algum dos animais está mais debilitado.
Nas alturas do cio, José Gregório tem o cuidado de separar os machos das fêmeas, para que os animais não se reproduzam e a «família» não cresça ainda mais.
José Gregório afirma que nunca recebeu qualquer tipo de apoio da parte da autarquia, apesar dos constantes pedidos, e que a edilidade gastou cerca de 25 mil contos num canil que continua sem funcionar.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, António Murta, esclarece que a autarquia não está autorizada a conceder subsídios a particulares, mas apenas a associações ou clubes. Quando ao facto de o canil ainda não estar em funcionamento, o autarca explica que tal se deve ao facto de a legislação ter sido recentemente alterada, levando a que o projecto tivesse que ser refeito e remetido novamente para aprovação. «Neste momento estamos apenas à espera do licenciamento e, assim que isso acontecer, todos esses animais têm de ser recolhidos para o canil», explica António Murta.
Jornal do Algarve 11:46 21 Maio 2004
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