A TRAGÉDIA DE 9 DE AGOSTO DE 1945
A 6 de Agosto de 1945, os EUA fizeram descer sobre a cidade japonesa de Hiroxima a «Little Boy», que se tornou assim na primeira bomba atómica da História a ser usada num conflito armado; como os Japoneses não se rendessem, a nove de Agosto caiu em Nagasáqui a segunda, denominada «Fat Man», que matou quase tanta gente como a primeira. Tornou-se hábito considerar criminosa esta actuação dos Ianques, o que só pode aceitar-se quando se esquece que foram os Nipónicos quem iniciou o conflito, o que tem tanta justeza aqui como quando um pirralho acusa outro de ter começado a bulha - justiça é justiça, em todas as escalas da vida humana, e nenhum relativismo intelectual ou intelectualóide serve para abafar a óbvia relevância de saber quem tomou a iniciativa de agredir fisicamente, seja com punhos, seja com exércitos invasores. Estive para escrever «seja por punhos, seja por balas», estilisticamente calhava melhor, mas as balas são às vezes equívocas, pois que numa fronteira de alta tensão há pequenitas escaramuças e trocas de tiros entre soldados aí estacionados e às tantas não se sabe se foi o Jó dos Verdes ou o Tó dos Azuis quem primeiro deu ao gatilho, por estar num mau dia ou com um copito a mais, mas não há dúvidas de coisa nenhuma quando um corpo de tropas com milhares de Jós ou Tós invade território alheio e aí se estabelece. O Japão já há muito era uma potência imperial e o gosto por submeter tudo e todos parecia estar-lhe no goto, praticamente até ao seu catastrófico fim. Mesmo nas lonas e com a radiação nuclear a chacinar em Hiroxima e em Nagasáqui, o Japão tinha, a 10 de Agosto de 1945, a intenção de manter a Coreia como colónia imperial japonesa contra o avanço soviético, depois de o país de Estaline lhe ter declarado guerra, a 8 de Agosto. A miríade de violências imperiais japonesas cometidas nos anos anteriores à II Guerra Mundial não foi menos repugnante que quaisquer outras da época. Sabe-se, embora se fale pouco nisso, que milhares de chineses morreram depois de usados em experiências científicas absolutamente revoltantes, afigurando-se como cenários equivalentes aos dos mais repulsivos e aparvalhados filmes de terror americanos. A autorização para a constituição do grupo científico-militar que as levou a cabo foi dada pelo próprio imperador Hirohito. Ao todo, este agrupamento, conhecido como Unidade 731, veio a matar mais de meio milhão de pessoas não só em experiências científicas mais também através do uso de armas bacteriológicas. Os oficiais japoneses responsáveis por isto nunca foram julgados por crimes de guerra. Alguns dos cientistas envolvidos nisto vieram a ocupar cargos elevados em ministérios japoneses do pós-guerra - safaram-se todos a troco de entregar aos EUA a informação científica resultante das suas experiências. Se não há hoje ficção cinematográfica e televisiva a ilustrar tais horrores, incluindo a impunidade dos seus autores, como há por exemplo a respeito dos Campos de concentração nazis, tal silêncio mediático só pode justificar-se ou porque os Tarantinos, os Spielbergs e outros artistas endinheirados ainda não se lembraram disso ou porque não têm contra amarelos a mesma vontade de diabolizar que têm contra brancos europeus.
Já a sabedoria popular bem diz que quem vai à guerra dá e leva e, sobretudo, que quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele. Impingir aos outros o seu próprio império dá sempre chatice e é aí que começa a tragédia, que depois precisa de ser terminada, de uma maneira ou doutra. Neste caso, foi com uma solução «mais brilhante que mil sóis», como disse alguém ao descrever o cogumelo mais venenoso até à data, o atómico. Podia ter sido pior. Na guerra entre cowboys e samurais, podia ter vindo a morrer ainda mais gente de ambos os lados, aliás, houve mais vítimas mortais em Tóquio, bombardeada com armas convencionais, do que em Hiroxima; o governo ianque cumpriu uma prioridade que era seu dever cumprir, a de salvar vidas de soldados ocidentais. Convém, de passagem, saber, e dizer, que o Estado Nipónico preparava entretanto armas biológicas que poderiam atingir território norte-americano. Os pobres civis de Hiroxima e de Nagasáqui não tinham culpa das decisões dos «xogums» que mandavam neles, mas os talvez não menos pobres John Does do exército americano também não. O ministro da Guerra japonês, Corechica Anami, chegou a perguntar-se se não «seria maravilhoso que toda esta Nação fosse destruída como uma bela flor»... Pouco interessa se a sua posição era uma questão de honra poética ou não - nenhuma espécie de honra que se faz à custa de honra alheia pode ser respeitada.
Nada tenho contra o Japão - considero-o até, em certa medida, um país exemplar a nível mundial, a par da Índia, por não se ter deixado cristianizar, mantendo assim a Sagrada Lealdade aos seus Deuses Nacionais. Honra a sério é mesmo isto, é-se honrado e depois paga-se pelos seus erros, tal como o mítico Hércules, seguindo depois em frente.
Já a sabedoria popular bem diz que quem vai à guerra dá e leva e, sobretudo, que quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele. Impingir aos outros o seu próprio império dá sempre chatice e é aí que começa a tragédia, que depois precisa de ser terminada, de uma maneira ou doutra. Neste caso, foi com uma solução «mais brilhante que mil sóis», como disse alguém ao descrever o cogumelo mais venenoso até à data, o atómico. Podia ter sido pior. Na guerra entre cowboys e samurais, podia ter vindo a morrer ainda mais gente de ambos os lados, aliás, houve mais vítimas mortais em Tóquio, bombardeada com armas convencionais, do que em Hiroxima; o governo ianque cumpriu uma prioridade que era seu dever cumprir, a de salvar vidas de soldados ocidentais. Convém, de passagem, saber, e dizer, que o Estado Nipónico preparava entretanto armas biológicas que poderiam atingir território norte-americano. Os pobres civis de Hiroxima e de Nagasáqui não tinham culpa das decisões dos «xogums» que mandavam neles, mas os talvez não menos pobres John Does do exército americano também não. O ministro da Guerra japonês, Corechica Anami, chegou a perguntar-se se não «seria maravilhoso que toda esta Nação fosse destruída como uma bela flor»... Pouco interessa se a sua posição era uma questão de honra poética ou não - nenhuma espécie de honra que se faz à custa de honra alheia pode ser respeitada.
Nada tenho contra o Japão - considero-o até, em certa medida, um país exemplar a nível mundial, a par da Índia, por não se ter deixado cristianizar, mantendo assim a Sagrada Lealdade aos seus Deuses Nacionais. Honra a sério é mesmo isto, é-se honrado e depois paga-se pelos seus erros, tal como o mítico Hércules, seguindo depois em frente.
Passando isso, o caso ilustrado pela montagem de fotos que acima se contempla é bonito, talvez um sinal, de que, acima e independentemente das arrogâncias históricas, pode sempre prevalecer o cerne de uma identidade nacional.
6 Comments:
Caturo que tens a dizer das últimas notícias acerca de OVNIs e extra terrestres por parte do congresso americano e em que alguns casos revelados tem a ver com a presença de OVNIs em silos nucleares? Na América os OVNIs chegaram a desligar e manter incontactável os mísseis nucleares de determinados silos. E na Rússia chegaram a ligar os mísseis deixando todos em pânico com um possível lançamento.
Emuutis dizem que os OVNIs explodiram aposta largada da 1 bomba atómica, depois da 2 guerra mundial.
Aliás mesmo durante a guerra havia os chamados foo fighters que acompanhavam aviões nazis e aliados. Ninguém sabia o que era aquilo e pensavam ambos que era do inimigo. Possivelmente era um drone pequeno alienígena.
Que acham? Eles estão aqui? Querem interferir e impedir nos de lançar mais bombas?
«Tornou-se hábito considerar criminosa esta actuação dos Ianques, o que só pode aceitar-se quando se esquece que foram os Nipónicos quem iniciou o conflito»
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Podiam ter largado as bombas em zonas desabitadas... e... os japoneses iriam assinar a paz.
-> centenas de milhares de mortes desnecessárias.
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Adiante
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«...Os políticos japoneses que falaram na cerimónia em memória do bombardeamento de Hiroshima em 6 de agosto de 1945 não pronunciaram uma vez a palavra Estados Unidos,. Mais ainda assim, o primeiro-ministro Fumio Kishida e o governador da província de Hiroshima, Hidehiko Yuzaki, mencionaram a Rússia.
Apenas o canal de televisão TBS, que transmitiu a cerimónia ao vivo do Memorial da Paz, anunciou que os Estados Unidos foram os responsáveis pelo bombardeamento atómico.
O fato foi silenciado pelo prefeito de Hiroshima Kazumi Matsui, na Declaração de Paz pronunciada tradicionalmente. "Neste dia, há 78 anos, 100.000 e muitas dezenas de milhares de vidas preciosas foram perdidas. A cidade foi reduzida a cinzas. Num instante, os sonhos e o futuro brilhante das pessoas foram levados", lamentou, sem indicar quem os havia removido. .
Os Estados Unidos esquecidos pelo primeiro-ministro, pelo governador e pela ONU
No entanto, ele encontrou a ocasião para mencionar a Rússia, assim como o primeiro-ministro. "Atualmente, com a crescente divisão na comunidade internacional sobre a redução de armas nucleares e a ameaça nuclear da Rússia, o caminho [para um mundo sem armas nucleares] está ficando cada vez mais complicado", disse Kishida.
O governador de Hiroshima também iniciou seu discurso referindo-se à ameaça nuclear russa e norte-coreana sem citar o país que lançou uma bomba atômica sobre a cidade...»
«Caturo que tens a dizer das últimas notícias acerca de OVNIs e extra terrestres por parte do congresso americano»
Parece demasiado fantástico para ser verdade, não admira que a imprensa lhe esteja a dar comparativamente pouco destaque, talvez para não se comprometer na sua credibilidade. Se corresponder de facto à verdade, é objectivamente uma das notícias mais importantes da história da humanidade.
A respeito do controle dos ets sobre mísseis nucleares de qualquer das potências terrestres, nada ouvi dizer, mas se também for verdade, olha, pode ser que nos safe o coirame, isto se os ets. estiverem de boa vontade para connosco, claro.
«Podiam ter largado as bombas em zonas desabitadas... e... os japoneses iriam assinar a paz.»
Não sei se haverá muitas zonas desabitadas no Japão, mas, de qualquer modo, quem garante que os Japoneses assinavam a paz só assim? Pois se nem à primeira aceitaram render-se...
https://www.brasil247.com/blog/bombardeio-atomico-do-japao-nao-era-necessario-para-acabar-com-2-guerra-documentos-do-governo-dos-eua-o-admitem
Não foi tragédia, foi crime contra a humanidade.
https://www.americanheritage.com/biggest-decision-why-we-had-drop-atomic-bomb
Não foi «crime contra a humanidade», foi só tragédia mesmo.
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