BRASIL - MISSIONÁRIOS MUÇULMANOS ACUSADOS DE ISLAMIZAR JOVENS ÍNDIOS DA AMAZÓNIA E DE OS TRAFICAR PARA A TURQUIA
Um grupo de muçulmanos turcos foi acusado de tráfico humano depois de supostamente persuadir famílias indígenas pobres na região amazónica do Brasil a deixar os seus filhos aprenderem Turco e Árabe e como estudar o Alcorão antes de enviá-los para a Turquia.
Os jovens amazonenses teriam sido submetidos a disciplina severa e receberam novos nomes e foram proibidos de usar os seus próprios, informou a polícia. As suas famílias estavam convencidas de que a hipótese de estudar em universidades no exterior melhoraria as suas vidas e não suspeitavam de que os seus filhos seriam maltratados.
Quando a polícia interveio, 15 meninos viviam com o grupo.
Embora o caso tenha causado indignação, os muçulmanos criticaram a cobertura dos média como islamofóbica, já que a suposta operação do grupo turco não era muito diferente do que muitas igrejas cristãs têm vindo a fazer há décadas, disseram alguns analistas.
Uma das primeiras pessoas a dar o alarme foi o bispo católico Edson Damian, de São Gabriel da Cachoeira. A cidade, localizada perto da fronteira com a Colômbia e a Venezuela, é habitada principalmente por Povos indígenas, como os Baniwa e os Tukano.
“Uma vez visitei a família de um seminarista. A tia dele contou-me que meninos e adolescentes da região estudavam na Turquia. Vi as fotos dos meninos indígenas, vestidos como se fossem turcos”, relembrou.
Damian trouxe as suas preocupações à polícia federal, disse ele, mas nada foi feito. Contactou então a irmã Roselei Bertoldo, uma activista de direitos humanos de longa data e membro do Um Grito pela Vida, rede de freiras católicas que trabalham para prevenir o tráfico humano.
“A questão foi levada pela primeira vez à polícia em 2019. No ano passado, voltámos a denunciar a situação. Somente em 2023 a Polícia Federal assumiu o caso”, disse Bertoldo ao Religion News Service.
Os rapazes eram todos moradores da comunidade Taracuá, em São Gabriel da Cachoeira. A maioria deles faz parte do Povo Tukano. Alguns tinham apenas 8 anos, disse ela.
“Aparentemente, foram submetidos a um longo período de preparação. Só sairiam do Brasil quando já falassem Turco. Por isso passaram muito tempo em Manaus (capital do Estado brasileiro do Amazonas) e depois em São Paulo”, afirmou Bertoldo.
Bertoldo disse que o pai de um jovem ficou tão entusiasmado com a oportunidade do filho que incentivou outras famílias de Taracuá a enviarem também os seus filhos.
“Algumas famílias ainda acham que está tudo bem e veem o grupo turco como seu salvador. Uma das mães disse-me: 'Irmã, quando a gente tem uma oportunidade dessas a gente comemora. Aqui, a única coisa que tem para os nossos filhos é o álcool'”, afirmou Bertoldo.
Com uma economia fraca, São Gabriel da Cachoeira oferece poucas oportunidades de trabalho aos jovens locais. A maioria das pessoas trabalha na terra, enquanto alguns jovens se alistam no exército. O alcoolismo é um problema sério nas comunidades indígenas rurais, enquanto os moradores da cidade têm visto o número de viciados em drogas crescer nos últimos anos.
Em Julho, cinco rapazes indígenas foram extraditados da Turquia após três semanas de detenção por falta de visto. Abdulhakim Tokdemir, líder do grupo turco, voltou ao Brasil com eles e agora está sob investigação policial. Os meninos voltaram para Taracuá, mas Bertoldo disse que os missionários turcos disseram às pessoas que eles só voltaram de férias.
Mas a justiça brasileira cancelou as procurações das famílias atribuídas aos turcos. A Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão governamental do índio, está a acompanhar o caso.
Bertoldo disse que o grupo não desiste. “As pessoas disseram-nos que pretendem comprar um terreno em São Gabriel e construir um centro local, para que fiquem perto das comunidades e não em hotéis”, disse ela.
Damian, o bispo católico, chamou ao grupo “seita fundamentalista”. A igreja ofereceu uma aula para líderes comunitários sobre tráfico humano para prepará-los para evitar os tosadores, disse ele.
Relatórios identificaram o grupo como parte do Süleymancılar, uma comunidade muçulmana que leva o nome de Süleyman Hilmi Tunahan, um proeminente estudioso muçulmano do início do século XX que resistiu ao processo de secularização na Turquia instituído pelo presidente Mustafa Kemal Atatürk.
“É uma ordem mística de base sufi, embora prefiram não mencionar essa ligação”, explica Atilla Kuş, especialista em estudos religiosos nascido na Turquia, que vive no Brasil há uma década devido à sua oposição ao regime do presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
O Süleymancılar, com até um milhão de membros na Turquia e no estrangeiro, está actualmente dividido em quatro grupos, disse Kuş, três dos quais recebem apoio do governo de Erdogan e de empresários turcos.
“Em 2014, Erdogan reuniu-se com xeques que trabalhavam na América Latina e prometeu dar-lhes apoio financeiro para a islamização da região”, disse ele.
Kuş acredita que a comunidade está presente no Brasil há algumas décadas, mas limita-se a atender muçulmanos na cidade de São Bernardo do Campo, na periferia de São Paulo. O seu movimento para alcançar os Povos indígenas na Amazónia é provavelmente um desenvolvimento recente, disse ele.
“Não sei como resolveram operar em São Gabriel da Cachoeira. Divulgar o Islão entre os Povos indígenas está provavelmente ligado a um significado simbólico, uma ideia de levar a religião aos lugares mais distantes da terra”, afirmou Kuş.
Na Turquia, entre o eleitorado de Erdogan, a missão fracassada de Süleymancılar na Amazónia foi elogiada, mas no Brasil membros do Legislativo do país formaram uma comissão para investigar o assunto, observou Kuş.
Agora ele está preocupado com as consequências do escândalo para a islamofobia no Brasil, que já é um problema crescente.
“Como muçulmano, acho totalmente anti-ético tirar proveito da vulnerabilidade de um grupo para convertê-lo. Os indígenas são um segmento populacional vulnerável no Brasil”, afirmou, acrescentando que estão protegidos por uma legislação específica.
“Eles claramente desconheciam a dinâmica socio-política brasileira. Eles preferiram permanecer fechados na sua comunidade e não discutiram essas questões com outros muçulmanos e com membros de outras religiões. Se o fizessem, não cometeriam tantos erros”, analisou.
Kuş disse que muitas congregações muçulmanas convidam pessoas de outros países para estudar na Turquia, e o Süleymancılar costuma receber isso. A disciplina severa mantida por eles em Manaus, segundo relatos, não é incomum na educação turca, acrescentou.
“Mas eles certamente estavam errados em conduzir as coisas dessa maneira. Por que se concentraram eles apenas em grupos indígenas? Porque precisavam eles de levar os meninos para estudar na Turquia, se podiam apenas ajudá-los a estudar no Brasil?” ele perguntou.
Alguns muçulmanos alertaram um dos líderes do Süleymancılar no Brasil que tentar converter os Povos indígenas era um “projecto colonialista” condenável, disse uma fonte que preferiu permanecer anónima à RNS. Muitos muçulmanos turcos no Brasil recusaram-se a comentar o escândalo, temendo retaliação dos partidários de Erdogan.
“A Igreja Católica Romana fez exactamente a mesma coisa com os Povos indígenas durante séculos. Mas agora que os muçulmanos estão envolvidos, tornou-se um caso de polícia”, disse a pessoa não identificada.
Kuş espera que as pessoas entendam que a comunidade muçulmana brasileira é diversa e que a maioria dos membros não aprova o projecto desse grupo.
“Os média não devem generalizar, porque o Islão proíbem realmente esse tipo de acção”, concluiu.
Os rapazes eram todos moradores da comunidade Taracuá, em São Gabriel da Cachoeira. A maioria deles faz parte do Povo Tukano. Alguns tinham apenas 8 anos, disse ela.
“Aparentemente, foram submetidos a um longo período de preparação. Só sairiam do Brasil quando já falassem Turco. Por isso passaram muito tempo em Manaus (capital do Estado brasileiro do Amazonas) e depois em São Paulo”, afirmou Bertoldo.
Bertoldo disse que o pai de um jovem ficou tão entusiasmado com a oportunidade do filho que incentivou outras famílias de Taracuá a enviarem também os seus filhos.
“Algumas famílias ainda acham que está tudo bem e veem o grupo turco como seu salvador. Uma das mães disse-me: 'Irmã, quando a gente tem uma oportunidade dessas a gente comemora. Aqui, a única coisa que tem para os nossos filhos é o álcool'”, afirmou Bertoldo.
Com uma economia fraca, São Gabriel da Cachoeira oferece poucas oportunidades de trabalho aos jovens locais. A maioria das pessoas trabalha na terra, enquanto alguns jovens se alistam no exército. O alcoolismo é um problema sério nas comunidades indígenas rurais, enquanto os moradores da cidade têm visto o número de viciados em drogas crescer nos últimos anos.
Em Julho, cinco rapazes indígenas foram extraditados da Turquia após três semanas de detenção por falta de visto. Abdulhakim Tokdemir, líder do grupo turco, voltou ao Brasil com eles e agora está sob investigação policial. Os meninos voltaram para Taracuá, mas Bertoldo disse que os missionários turcos disseram às pessoas que eles só voltaram de férias.
Mas a justiça brasileira cancelou as procurações das famílias atribuídas aos turcos. A Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão governamental do índio, está a acompanhar o caso.
Bertoldo disse que o grupo não desiste. “As pessoas disseram-nos que pretendem comprar um terreno em São Gabriel e construir um centro local, para que fiquem perto das comunidades e não em hotéis”, disse ela.
Damian, o bispo católico, chamou ao grupo “seita fundamentalista”. A igreja ofereceu uma aula para líderes comunitários sobre tráfico humano para prepará-los para evitar os tosadores, disse ele.
Relatórios identificaram o grupo como parte do Süleymancılar, uma comunidade muçulmana que leva o nome de Süleyman Hilmi Tunahan, um proeminente estudioso muçulmano do início do século XX que resistiu ao processo de secularização na Turquia instituído pelo presidente Mustafa Kemal Atatürk.
“É uma ordem mística de base sufi, embora prefiram não mencionar essa ligação”, explica Atilla Kuş, especialista em estudos religiosos nascido na Turquia, que vive no Brasil há uma década devido à sua oposição ao regime do presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
O Süleymancılar, com até um milhão de membros na Turquia e no estrangeiro, está actualmente dividido em quatro grupos, disse Kuş, três dos quais recebem apoio do governo de Erdogan e de empresários turcos.
“Em 2014, Erdogan reuniu-se com xeques que trabalhavam na América Latina e prometeu dar-lhes apoio financeiro para a islamização da região”, disse ele.
Kuş acredita que a comunidade está presente no Brasil há algumas décadas, mas limita-se a atender muçulmanos na cidade de São Bernardo do Campo, na periferia de São Paulo. O seu movimento para alcançar os Povos indígenas na Amazónia é provavelmente um desenvolvimento recente, disse ele.
“Não sei como resolveram operar em São Gabriel da Cachoeira. Divulgar o Islão entre os Povos indígenas está provavelmente ligado a um significado simbólico, uma ideia de levar a religião aos lugares mais distantes da terra”, afirmou Kuş.
Na Turquia, entre o eleitorado de Erdogan, a missão fracassada de Süleymancılar na Amazónia foi elogiada, mas no Brasil membros do Legislativo do país formaram uma comissão para investigar o assunto, observou Kuş.
Agora ele está preocupado com as consequências do escândalo para a islamofobia no Brasil, que já é um problema crescente.
“Como muçulmano, acho totalmente anti-ético tirar proveito da vulnerabilidade de um grupo para convertê-lo. Os indígenas são um segmento populacional vulnerável no Brasil”, afirmou, acrescentando que estão protegidos por uma legislação específica.
“Eles claramente desconheciam a dinâmica socio-política brasileira. Eles preferiram permanecer fechados na sua comunidade e não discutiram essas questões com outros muçulmanos e com membros de outras religiões. Se o fizessem, não cometeriam tantos erros”, analisou.
Kuş disse que muitas congregações muçulmanas convidam pessoas de outros países para estudar na Turquia, e o Süleymancılar costuma receber isso. A disciplina severa mantida por eles em Manaus, segundo relatos, não é incomum na educação turca, acrescentou.
“Mas eles certamente estavam errados em conduzir as coisas dessa maneira. Por que se concentraram eles apenas em grupos indígenas? Porque precisavam eles de levar os meninos para estudar na Turquia, se podiam apenas ajudá-los a estudar no Brasil?” ele perguntou.
Alguns muçulmanos alertaram um dos líderes do Süleymancılar no Brasil que tentar converter os Povos indígenas era um “projecto colonialista” condenável, disse uma fonte que preferiu permanecer anónima à RNS. Muitos muçulmanos turcos no Brasil recusaram-se a comentar o escândalo, temendo retaliação dos partidários de Erdogan.
“A Igreja Católica Romana fez exactamente a mesma coisa com os Povos indígenas durante séculos. Mas agora que os muçulmanos estão envolvidos, tornou-se um caso de polícia”, disse a pessoa não identificada.
Kuş espera que as pessoas entendam que a comunidade muçulmana brasileira é diversa e que a maioria dos membros não aprova o projecto desse grupo.
“Os média não devem generalizar, porque o Islão proíbem realmente esse tipo de acção”, concluiu.
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Fontes:
https://www.jihadwatch.org/2023/08/muslim-missionaries-accused-of-converting-and-trafficking-indigenous-amazon-boys-to-turkey?fbclid=IwAR3LZXJZgmXKiI4UxFBEPLfSmfS5wz9wGm5Gz0oNh653_kHNMmvDr66SDnI
https://religionnews.com/2023/08/01/muslim-missionaries-accused-of-trafficking-amazon-indigenous-boys-to-turkey/
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Queiram os Deuses tupis, incas, maias e astecas que eu muito me engane nisto, mas sempre suspeitei que a América do Sul e do Centro iriam oferecer à umah ou «comunidade islâmica» um grande potencial de conversão de milhares, milhões de jovens...
1 Comments:
Beringianos sao primos de turan ambos vem da raca mongoloide o problema e que semitas sao caucasoides primos dos judeus cristaos nada tem a ver com turan
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