ERGUE-TE DENUNCIA DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS NA JUSTIÇA

Por mais censuráveis que tenham sido os seus actos, a prisão preventiva aplicada aos três algarvios de 16 anos expõe mais uma vez a sujeição das decisões judiciais face ao poder político.

A medida de prisão preventiva foi desproporcional e absolutamente desnecessária! Em boa verdade o Juiz deixou-se condicionar pelas exigências "de condenação exemplar" que a criatura inclassificável que ocupa a presidência do país histericamente havia expressado.

O rigor técnico-jurídico ditava que a prisão domiciliária satisfazia os objectivos de impedir que os arguidos fugissem, não destruíssem provas ou não continuassem a prática criminosa, devendo-se atender especialmente às idades dos mesmos.

Porém, o tribunal optou por não fazer o que a lei estabelece e evidencia um sistema de justiça iníquo, transparecendo, todavia, um sinal para a comunidade de que existe uma instrumentalização da Justiça por parte de um certo sector político e uma lei implacável para os portugueses quando as vítimas não são portuguesas.

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