VITÓRIA NACIONALISTA NUM DOS MAIORES PAÍSES DA EUROPA, MEMBRO DO G8

Mais uma vez, mais outra, mais outra ainda, ainda mais outra, sempre mais outra - comprova-se o que ando a dizer «sozinho» há uns quinze anos: a Democracia é aliada natural do Nacionalismo.

«Deus, Pátria, Família», exactamente assim, «Dio, Patria, Famiglia», é o lema dos Irmãos de Itália, partido que ontem venceu as eleições de Itália. A sua líder será a primeira mulher chefe de Estado neste país. Chama-se Giorgia Meloni. G'anda Meloni para chatear as elites, sobretudo as de cá, que andam há décadas a jurar pela mãezinha que a Democracia não gosta do supracitado mote...

Muito do que Giorgia Meloni não me agrada. A sua posição anti-imigração, contudo, faz a sua vitória ser esplêndida - aconteça o que acontecer, fica mais uma vez provado que a mensagem anti-imigração tem força democrática para dar a um pequeno partido o triunfo eleitoral, contra tudo e contra todos os poderes instituídos das elites. Este é o grande combate político da actualidade - o mais urgente e determinante.

Entretanto, uma curiosa coincidência, fabulosa convergência histórica, é, pelo menos, coisa bonita - a vitória nacionalista, sob o signo da Chama Sacra (símbolo do partido), personalizada numa mulher nascida em Roma, acontece no mesmo dia do ano em que, na mesma terra há milhares de anos, se celebrava o culto de uma Deusa considerada como antepassada do Povo Romano, Vénus Genetrix...