segunda-feira, janeiro 24, 2022

PAQUISTÃO - MULHER CONDENADA À MORTE POR BLASFÉMIA

A blasfémia é um assunto muito delicado no Paquistão, país de maioria muçulmana e onde a lei contempla a possibilidade de pena capital para estes casos, embora nunca tenha sido aplicada até agora.
Aneeqa Ateeq, de 26 anos, foi presa em Maio de 2020 e acusada de enviar "material blasfemo" pelo WhatsApp, segundo o resumo divulgado pelo tribunal.
Quando um amigo pediu que ela excluísse a mensagem, ela reenviou o material, apontou. Caricaturas de Maomé, de resto, são proibidas pelo Islão.
A sentença foi anunciada em Rawalpindi e o tribunal ordenou que fosse "pendurada pelo pescoço até à morte".
Mais de 80 pessoas estão presas no Paquistão sob acusação de blasfémia. Metade enfrenta prisão perpétua ou pena de morte, de acordo com a Comissão Internacional de Liberdade Religiosa dos Estados Unidos.
Em Dezembro, um trabalhador do Sri Lanka que trabalhava no Paquistão foi linchado e queimado por uma multidão após ser acusado de blasfémia.
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Fonte: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/paquistanesa-e-condenada-a-morte-por-enviar-material-blasfemo-pelo-whatsapp?comment_id=4260491550717857&fbclid=IwAR1fNf1G4gnfmfUxBDJg44eL6_EpaDky37KLn7DWNk46jLgURdsKDE9wUxc (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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Aguarda-se o protesto de quem usualmente diz defender os direitos humanos, guinchando impropérios diante de embaixadas... pode ser que também apareçam feministas nisto, porque ao fim ao cabo já não é a primeira mulher, nem a segunda, a ser neste país condenada por blasfémia devido aos ditames da religião mais violentamente patriarcal do mundo... a menos, claro, que neste caso o chamado «heteropatriarcado» já não incomode a merda dos interseccionistas ou quejandos... Que todas estas condenações à morte - e prática popular das mesmas, como se lê na notícia - tenham lugar, não num vilarejo miserável de algum ignoto canto africano (?), mas sim num país muçulmano com centenas de milhões de pessoas e posse de armas nucleares - e já mais de uma vez ameaçaram usá-las contra um país vizinho - um país muçulmano que há décadas apoia o terrorismo islâmico no outro lado da fronteira com a Índia e que foi - e é - a grande base de retaguarda e de apoio dos Talibãs; um Estado de fundamento religioso que nesta altura se alia cada vez mais à China, potência totalitária, num acto de hostilidade indirecta contra Nova Déli, enfim, cada um destes factos é só por si razão mais que suficiente para que uma aliança ocidental com a Índia seja uma prioridade da política externa da UE e do Ocidente em geral, como forma de conter a ascensão imperial quer da China quer do mundo islâmico. Ocidente e Índia estão cada vez mais do mesmo lado da trincheira civilizacional e faz falta uma comunicação entre estes dois blocos para que se possam ambos defender das ameaças externas que sobre ambos pendem.

2 Comments:

Blogger Caturo said...

Resposta a comentário:
https://gladio.blogspot.com/2021/12/suecia-professora-universitaria-leva.html

25 de janeiro de 2022 às 03:21:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

asia bibi

25 de janeiro de 2022 às 21:36:00 WET  

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