ESTELA DA HERDADE DA ABÓBODA
Estela da Herdade da Abóbada (Almodôvar, Beja) contendo figura antropomórfica e escrita dita tartéssica, peça datada do século VII a.c., final da Idade do Bronze ou início da primeira Idade do Ferro
O texto (leitura do linguista alemão Jürgen Untermann em 1997):
IRU ALKUU SIES' NAR'KEENTII MUBAA TE'-E.RO-BAARE HAATAANEATEE
traduzido do Celta arcaico (pelo linguista norte-americano John T. Koch) como
«Para o homem Alkos: estes permanecem imóveis ... O túmulo acolheu-o, para o alado.»
«O epíteto 'alado' é possivelmente uma referência à atitude formidável do guerreiro: blindado e arreado, brandia lanças curtas com as duas mãos estendidas. Um dos heróis das elegias galesas da Idade das Trevas de Y Gododdin, guerreiros que também lutavam com lanças curtas de arremesso, é similarmente chamado de 'alado (edenawc) em batalha.»
«O epíteto 'alado' é possivelmente uma referência à atitude formidável do guerreiro: blindado e arreado, brandia lanças curtas com as duas mãos estendidas. Um dos heróis das elegias galesas da Idade das Trevas de Y Gododdin, guerreiros que também lutavam com lanças curtas de arremesso, é similarmente chamado de 'alado (edenawc) em batalha.»
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Fonte: https://www.historyireland.com/pre-history-archaeology/tartessian-europes-newest-and-oldest-celtic-language/
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Por mais anacrónico que possa parecer, não posso deixar de considerar a hipótese de que o termo «alado» se refira a Divindade porventura funerária ou condutora dos mortos para o Outro Mundo, como o clássico Mercúrio/Hermes, representado sempre de pés alados. Não tenho, de resto, qualquer indício da existência de uma Divindade alada de origem céltica ou indo-europeia arcaica.
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