domingo, julho 26, 2020

FORÇAS ARMADAS HELÉNICAS EM ALERTA CONTRA AVANÇO TURCO

Grécia e Chipre denunciaram a "operação ilegal" das embarcações turcas nas partes do mar Mediterrâneo que consideram suas zonas económicas exclusivas, e emitiram avisos à navegação correspondentes conhecidos como Navtex.
Na semana anterior, o general Konstantinos Floros, chefe do Estado-Maior General da Defesa Nacional Helénico, descreveu as acções da Turquia na região como desestabilizadoras e declarou em entrevista concedida ao canal israelita i24NEWS que as Forças Armadas do seu país estão em alerta "para defender as fronteiras terrestres e marítimas" e garantir a integridade territorial e a independência da Grécia.
O que ocorreu?
A Turquia anunciou que a partir desta Martes (21) o seu navio de pesquisa sísmica Oruc Reis inicia no Mediterrâneo oriental uma nova prospecção sísmica com o intuito de continuar actividades de exploração de hidrocarbonetos na zona.
As autoridades turcas salientaram que o Oruc Reis e dois navios de apoio vão efectuar operações nas águas ao sul das ilhas gregas de Rodas, Cárpatos e Kastelorizo até 2 de Agosto.
Porque se opõem a isso Grécia e Chipre?
Atenas interpreta a "pesquisa" turca como uma "escalada de tensão" na região e acusa Ancara de violar a legislação internacional e o direito do mar ao explorar a plataforma continental grega, assim como de manifestar "total desprezo" pelas normas "que regem as relações de boa vizinhança e os apelos da União Europeia".
"Instamos a Turquia a que interrompa imediatamente as suas actividades ilegais que violam os nossos direitos soberanos e comprometem a paz e segurança na região", declarou o Ministério das Relações Exteriores grego em comunicado, nesta Martes (21), em que informou que levou a questão à União Europeia, à ONU e à OTAN.
Chipre, por sua parte, também afirmou que as acções da Turquia constituem "uma violação do direito internacional e dos procedimentos de segurança marítima", além de ser um delito penal com base na legislação nacional.
Assim como a Grécia, o país exige a interrupção imediata da "operação não autorizada e ilegal" dos navios turcos Oruc Reis, Attaman e Cengiz Han "na zona económica exclusiva da República do Chipre".
Ainda nesta semana, em 20 de Julho, o chanceler grego recordou que há 46 anos, em 20 de Julho de 1974, a Turquia invadiu o Chipre e ocupou um terço da ilha.
"Resoluções que, entre outras coisas, instam todos os Estados a respeitar a independência, soberania e integridade territorial da República do Chipre e exigem a retirada das tropas de ocupação do seu território", indicou o ministro grego.
Resposta da Turquia
Em resposta à indignação de Atenas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, Hami Aksoy, declarou nesta Mércores (22) em comunicado que o descontentamento da Grécia se baseia na presença de "ilhas remotas que estão distantes do seu próprio continente, sobretudo Kastelorizo", e que "esta reivindicação exagerada da plataforma continental" é contrária ao direito internacional.
Aksoy afirmou que a zona marítima em que a embarcação Oruc Reis vai realizar os trabalhos "se situa plenamente dentro da plataforma continental turca" e indicou que nos anos anteriores outra embarcação de pesquisa sísmica turca já teria realizado operações na mesma área.
"O argumento de que uma ilha de dez quilómetros quadrados, situada a somente dois quilómetros da Anatólia e a 580 quilómetros do território continental grego, deveria gerar uma superfície de plataforma continental de 40 mil quilómetros quadrados não é racional nem está em consonância com o direito internacional. Portanto, rechaçamos estas afirmações injustificadas da Grécia", salientou o diplomata da Turquia.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/europa/2020072315858244-grecia-coloca-em-alerta-forcas-armadas-por-disputa-maritima-com-turquia/?fbclid=IwAR2NWYacqxbXE7rWf6niT6zjOr0fcvcNdmg_rdl8uSCLj5O5mUy5Xnm05EM

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O turcalhame mantendo a habitual postura agreste contra os vizinhos europeus. A sua permanência na OTAN é cada vez mais contrastante com a sua real compatibilidade com os interesses europeus e ocidentais em geral.