CASTOR E POLLUX, MEMÓRIA DE UM SINAL DIVINO
Oito de Abril, dies natalis do templo de Castor e Pollux em Roma. Castor e Pollux, Cavaleiro e Pugilista, os Gémeos Divinos ou Dióscuros (Dios + Kouroi, Deus + Rapazes = os Rapazes, Filhos, de Zeus). Quando Castor morreu, Pollux, imortal, pediu ao pai, Zeus, que Castor pudesse partilhar da imortalidade junto dos Deuses, e então Zeus pôs os dois juntos, para sempre, entre as estrelas.
Na Romanidade, conta-se que o último rei de Roma, Lúcio Tarquínio Soberbo, que foi expulso pela revolução republicana em 509 a.e.c., juntou-se a tropas latinas e, juntos, declararam guerra contra a ainda incipiente República Romana. Antes da batalha, o ditador romano Aulo Postúmio Albo Regilense jurou construir um templo aos Dióscuros se Roma vencesse. De acordo com a lenda, Castor e Pólux apareceram no campo de batalha como dois habilidosos cavaleiros para socorrer os Romanos. E, depois de a batalha ser vencida, apareceram novamente no Fórum Romano para dar água aos seus cavalos na Fonte de Juturna (Lacus Juturnae), anunciando assim a sua vitória. O templo foi construído no exacto local onde eles teriam aparecido.
Eram particularmente adorados pelas tropas como penhor da camaradagem dos homens de armas. Independentemente disso, a figura dos Gémeos Divinos é das mais arcaicas na tradição religiosa indo-europeia, existindo em diversas mitologias - para além da grega, e da romana por influência grega, os Gémeos Divinos também existem na religião da Índia ariana e na Germânia.
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