quarta-feira, dezembro 04, 2019

GOVERNO INDIANO QUER QUE CIDADANIA NÃO SEJA OFERECIDA A MUÇULMANOS

O Governo indiano, liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, aprovou emendas à lei da cidadania para que esta possa ser concedida a refugiados do Paquistão, Bangladesh e Afeganistão, sejam eles hindus, budistas, sikhs, cristãos ou parsis - mas não muçulmanos. A medida motivou protestos, sobretudo no nordeste da Índia, onde vivem boa parte dos cerca de 200 milhões de muçulmanos indianos: são 14,2% da população do país, segundo o último censo.
A proposta de lei deverá ser apresentada esta semana ao Parlamento, onde os nacionalistas hindus do Partido do Povo Indiano (BJP) têm maioria na câmara baixa - mas dependem de alianças pontuais na câmara alta. Já não é a primeira vez que o partido de Modi apresenta esta proposta: fê-lo em 2016, acabando por recuar face a protestos e à retirada do apoio de um partido aliado.
Na altura, o epicentro dos protestos também foi no nordeste do país, no estado de Assam, perto dos Himalaias. Agora, os manifestantes voltaram a sair à rua - as imagens mostram-nos a queimar efígies de Modi e de dirigentes do seu partido.
Apesar de Assam ter uma percentagem de muçulmanos mais elevada que a média nacional - cerca de um terço da população -, o principal receio não é a perda de direitos desta minoria, mas sim a entrada de imigrantes do Bangladesh, que faz fronteira com o Estado. “Assam não consegue lidar com o fardo adicional de mais estrangeiros ilegais”, disse um dos organizadores dos protestos ao Índia Today. “Não o aceitaremos”, garantiu.
O Estado é governado pelo BJP, que assegurou perceber as reticências dos manifestantes. “Mas como a lei da nacionalidade é para toda a Índia, não pode haver uma lei separada para o nordeste”, salientou Himanta Biswa Sarma, ministro das Finanças de Assam e dirigente do BJP.
Uma discussão antiga
“A ideia-base da Índia é violada nesta lei. Aqueles que acreditam que a religião determina a nacionalidade criaram o Paquistão”, disse Shashi Tharoor, deputado do Congresso Nacional Indiano, que governou o país a maioria da sua história - até ser ultrapassado pelo BJP. Contudo, recorde-se que a própria fundação da Índia foi uma divisão sectária: as regiões de maioria muçulmana dos domínios britânicos tornaram-se o Paquistão, e as de maioria hindu, a Índia. Há muito que os muçulmanos indianos se queixam de discriminação - mas sobretudo desde que os nacionalistas hindus do BJP chegaram ao poder.
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Fonte: https://sol.sapo.pt/artigo/679103/modi-quer-que-nacionalidade-indiana-dependa-da-religiao

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Uma medida exemplar por parte do governo nacionalista indiano, é justo que a Índia pertença aos Hindus, uma vez que o Hinduísmo é a religião nacional, enquanto o Islão tem já na vizinhança o(s) seu(s) país(s), o Paquistão (e o Bangladesh). O Paquistão foi arrancado à Índia em nome do Islão e nada se justificaria mais do que em memória permanente disso mesmo, todo o hindustânico muçulmano soubesse que o seu lugar era o Paquistão (ou o Bangladesh).
Está pois a hoste nacionalista indiana apostada em livrar-se dos muçulmanos - será isso culpa do «racismo!!!!» europeu, será culpa do Trump, será talvez culpa do Benfica... ou da conhecida violência dogmática e intolerante do Islão?...
De uma maneira ou de outra, a Índia confirma mais uma vez o seu elevadíssimo potencial de aliança com um hipoteticamente futuro Ocidente nacionalista.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Será,Caturo?

https://ressurreicaonacionalista.blogspot.com/2019/10/a-composicao-genetica-dos-brasileiros.html?fbclid=IwAR3PeVoCuBLSGp7poN8abD043FZdQpgnZMaa8KrV9zqMp_48vlmArDKh-28&m=1

5 de dezembro de 2019 às 01:30:00 WET  
Blogger Caturo said...

Surpreendente... de resto, se for verdade, dá para perceber o que faz o sangue negro ao aspecto de um país, mesmo quando muito minoritário... por outro lado, mostra que afinal o negro não se reproduziu tanto como dizem os catastrofistas... aliás, não se reproduziu tanto porque os tempos e a alimentação eram outros...

5 de dezembro de 2019 às 04:38:00 WET  

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