domingo, dezembro 01, 2019

SOBRE A CORÇA DE DIANA NA DEFINIÇÃO DAS RAÍZES


Plutarco (nascido em 46 - falecido em 120), biógrafo grego, conta que a Quinto Sertório, famoso militar romano, os Lusitanos ofereceram uma corça branca, corça esta que, dizia o próprio Sertório, lhe sussurrava segredos e o avisava dos perigos que corria, durante o sono, porque lhe teria sido enviada dos céus por Diana, Deusa da Lua. 
Mais de um milénio depois, Frei Bernardo de Brito (1569-1617) escreveu, na sua «Monarchia Lusitana», publicada em duas partes nos anos de 1597 e 1609, que teria sido achado, aquando da construção da Igreja de S. Luís, um epitáfio de Sertório intitulando-o «Capitão dos Lusytanos» e rogando a Diana que encaminhasse o seu corpo até aos Campos Elísios, denominação clássica do Paraíso após a morte. 

A consagração da corça, particularmente da corça branca, a Diana, é conhecida numa outra fonte clássica, o poema «Púnica» do poeta romano Sílio Itálico (n. 28- m. 103). No livro XIII desta obra refere-se a oferta de uma corça branca ao troiano Capi quando este traçava com um arado a fronteira da cidade que viria a receber o seu nome, Cápua. Esta corça era, segundo o autor, «mais branca que a neve, mais branca que os cisnes» e viria a tornar-se dócil, acompanhando sempre o seu mestre, sendo afagada pelas matronas e participando no ritual da oferta de incenso à Deusa. Mais tarde, quando a cidade foi atacada por lobos durante a noite, a corça escapou e encaminhou-se para junto do acampamento de soldados romanos. 
Um dos santuários mais importantes desta antiga cidade era o de Diana Tifatina ou Diana do monte Tifata. 

Que um dos líderes dos ancestrais de Portugal tenha tido uma ligação simbólica, até religiosa, a uma Deusa que surge noutras lendas referentes ao território português, que eventualmente constitui no contexto hispânico uma espécie de continuidade latina de uma Divindade lusitana - Nábia - e que de algum modo está presente no folclore nacional - no mito das Janas - é mais um reforço da definição identitária da Nação do extremo ocidente europeu.

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Fontes: 
https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/31567/6/22-%20espa%C3%A7os%20e%20paisagens.pdf
https://100falcons.wordpress.com/2013/03/23/a-white-fawn-whispers-to-sertorius/?fbclid=IwAR3KQBPwpNW9-59ItHrDjNQtEwzwMS2Jr9xJz_6NbowgvvPZyh7HM4-vFvM
https://en.wikipedia.org/wiki/Diana_(mythology)

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

https://pbs.twimg.com/media/EKZnvO5WkAAOJwB.jpg

2 de dezembro de 2019 às 11:28:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Uma raça completamente doente;uma terrível ameaça aos outros povos

https://m.facebook.com/wasicu.101/photos/a.574616249729790/574616313063117/?type=3&refid=17&_ft_=mf_story_key.700758220448925%3Atop_level_post_id.700758220448925%3Atl_objid.700758220448925%3Acontent_owner_id_new.379589172565833%3Aoriginal_content_id.574616313063117%3Athrowback_story_fbid.700758220448925%3Apage_id.379589172565833%3Aphoto_id.574616313063117%3Astory_location.4%3Aattached_story_attachment_style.photo%3Apage_insights.%7B%22379589172565833%22%3A%7B%22page_id%22%3A379589172565833%2C%22actor_id%22%3A379589172565833%2C%22dm%22%3A%7B%22isShare%22%3A1%2C%22originalPostOwnerID%22%3A574616313063117%7D%2C%22psn%22%3A%22EntStatusCreationStory%22%2C%22post_context%22%3A%7B%22object_fbtype%22%3A266%2C%22publish_time%22%3A1574893578%2C%22story_name%22%3A%22EntStatusCreationStory%22%2C%22story_fbid%22%3A%5B700758220448925%5D%7D%2C%22role%22%3A1%2C%22sl%22%3A4%2C%22targets%22%3A%5B%7B%22actor_id%22%3A379589172565833%2C%22page_id%22%3A379589172565833%2C%22post_id%22%3A574616286396453%2C%22role%22%3A1%2C%22share_id%22%3A0%7D%2C%7B%22actor_id%22%3A379589172565833%2C%22page_id%22%3A379589172565833%2C%22post_id%22%3A700758220448925%2C%22role%22%3A1%2C%22share_id%22%3A574616286396453%7D%5D%7D%7D%3Athid.379589172565833%3A306061129499414%3A2%3A0%3A1577865599%3A9212838467237166451&__tn__=EHH-R


Brown Continent

2 de dezembro de 2019 às 12:35:00 WET  
Blogger Caturo said...

Pois, a única raça que acabou com a escravatura e que sustenta mais de mil milhões de negros é que é «terrível ameaça aos outros povos»... bem, se esta raça é «completamente doente;uma terrível ameaça aos outros povos», então o que se dirá da pretalhada cheia de ódio aos Europeus que continua a querer vir para a Europa...

http://gladio.blogspot.com/2013/12/os-imigrantes-alegadamente-oprimidos-na.html

O que terão os Europeus de fazer para se livrarem dessa autêntica chaga nojenta agarrada às pernas, a que ponto terão de chegar para se livrarem disso...

2 de dezembro de 2019 às 23:16:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Qual "brown continent", aquele em que as tribos ameríndias se guerreavam, andavam a tirar o escalpe umas às outras, aquele continente onde até se praticava canibalismo; à semelhança do que acontecia (e ainda acontece) em África?

Qual "brown continent", aquele que é uma desordem política e social de uma ponta à outra, onde é só crime, violência e morte?

E quanto aos pretos, que bem quiseram a sua independência, não têm nada que vir para Portugal ou pra aonde quer que seja. Têm as suas próprias terras, deviam estar interessados em lá viver em vez de ir para a do "colonizador" que tanto odeiam.


3 de dezembro de 2019 às 10:32:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Só fala em africanos. Deve ter alguma tara por eles. O que nós,povos da " América" ,temos a ver com eles? Se estão aqui, a culpa é do europeu


Brown Continent

10 de dezembro de 2019 às 01:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O europeu estragou estas terras com lixos como cristianismo e capitalismo. Precisamos nos livrar destes dois terríveis males,pois queremos um Brown Continent como ele era até 1492

E o pretos que vão tomar no cu, não estou falando deles.



Brown Continent

10 de dezembro de 2019 às 01:21:00 WET  
Blogger Caturo said...

Se é para excluir os negros, então usar o nome «brown» é burrice.

12 de dezembro de 2019 às 22:53:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Diz isso mas usa tecnologia criada pelo branco "racista" ;)


25 de dezembro de 2019 às 02:10:00 WET  

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