terça-feira, junho 18, 2019

IRMÃO DOS JIHADISTAS DE SINTRA FOI DETIDO POR LIGAÇÃO AO JIHADISMO...

Rómulo, de 35 anos, é o irmão mais velho de dois jiadistas portugueses que combateram pelo Daesh e que foram dados como mortos em combate há já alguns meses, Celso e Edgar Rodrigues da Costa. Foi preso esta Lues numa operação da Polícia Judiciária em Sintra.
Todos cresceram em Massamá (linha de Sintra) e emigraram para Londres há alguns anos, juntamente com outros radicais portugueses.
Na capital inglesa, Rómulo teria duas identidades distintas: a de produtor de música e também de recrutador para a organização terrorista.
Em Abril de 2014, o Expresso falou com ele na escadaria da estação ferroviária de Stratford, na zona Leste da capital inglesa. Naquela altura, Rómulo incentivava nas redes sociais a presença dos dois irmãos, bem como de outros elementos da chamada "célula de Leyton", no teatro de guerra na Síria.
Durante a conversa, recusou-se a revelar onde se encontravam Edgar e Celso e negou que pertencessem ao Daesh, apesar de ser evidente pelas fotografias e vídeos partilhados pelos irmãos no Facebook. Acabou por defender em abstracto os apoiantes de um "Islão diferente", sem avançar pormenores. Mas dizia sentir-se bem a trabalhar e a viver em Londres, não equacionando juntar-se a nenhum movimento radical.
Nos meses seguintes, chegou a ameaçar o Expresso devido à publicação de várias reportagens sobre a presença portuguesa no califado. Garantia que Celso e Edgar se encontravam a trabalhar no Dubai mas que estavam incontactáveis.
O Expresso sabe que nessa altura foi interrogado pelas autoridades britânicas que combatem o terrorismo. Mas nunca terá sido detido ou constituído arguido.
O apartamento da família em Massamá é vigiado pela PJ e SIS há vários anos. Suspeita-se que tenha acolhido alguns dos dez jiadistas britânicos que passaram por Lisboa antes de rumarem à Turquia e depois para a Síria, em 2012 e 2013, tal como o Expresso noticiou em primeira mão. O papel dos três irmãos nessas rotas ilegais para a Jihad terá sido preponderante.
Massamá, Monte Abraão e Mem Martins. Estas três localidades eram as zonas onde ficam os apartamentos que receberam nessa altura jovens britânicos antes de seguirem para combate na Síria. Iam sozinhos, com apenas uma mala de roupa na mão.
Hip-hop português em Londres
Nos anos 90, os três irmãos de Massamá dividiam-se entre os jogos de futebol em clubes locais e as bandas de hip-hop e breakdance. "Dos três, Rómulo era o que tinha mais jeito para a bola", conta um treinador de um dos clubes por onde passaram.
A carreira como dançarinos levou-os a vários espectáculos ao vivo e também a um programa de televisão. Celso e Edgar nunca chegaram muito longe mas Rómulo alcançou uma carreira como produtor de hip-hop no Reino Unido. É conhecido pela alcunha de Romy Fansony e tem colaborado com vários luso-descendentes que se dedicam ao rap e hip-hop em Londres.
O mundo da música escondia alegadamente uma vida dupla de recrutador de homens e mulheres para o Daesh, em particular os seus irmãos. Da célula de Leyton, partiram para a Síria os dois manos Rodrigues da Costa, Fábio Poças, Sadjo Ture, Sandro Monteiro e Nero Saraiva. Só o último estará vivo.
A detenção de Rómulo esta Lues pela Unidade Nacional de Contra-Terrorismo da PJ, na linha de Sintra, coloca-o em prisão preventiva. O comunicado da PJ e da PGR revela que a acção policial ocorreu na madrugada de 16 de Junho, efectuando-se em conformidade uma busca domiciliária à residência onde o suspeito se encontrava. "Esta investigação, que ainda prossegue, circunscreve-se essencialmente aos residentes em território nacional dada a relevância processual penal em termos de competências, sendo os casos dos outros nacionais da diáspora tratados diferentemente e em sede própria."
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://expresso.pt/sociedade/2019-06-17-Romulo-o-irmao-de-dois-jiadistas-mortos-na-Siria-apanhado-em-Sintra-pela-PJ?fbclid=IwAR3klYkGq3qemv_hW-aVVnkdiw0VNHjWpEVXf3rvfq_O6tBWvJd65ZOC3YY

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Como se pode ver na foto que me abstenho de aqui colocar por uma questão de bom gosto, o fulano é negro. Como é que num país de onze milhões de pessoas e mais de noventa e dois mil quilómetros quadrados de área, como é que os recrutados para o terrorismo muçulmano hão-de logo ser da zona mais africanizada do país... o que só confirma o que já digo neste blogue há uns doze anos: a presença maciça de alógenos não europeus em solo europeu fornece potencial de recrutamento na Europa para as fileiras da jihad, porque acontece agora o mesmo que se passou há quase dois mil anos em Roma: os alógenos são mais facilmente recrutáveis para um culto universalista do que os autóctones, porque o seu desenraizamento os inclina naturalmente para uma religião de desenraizados e que é ela própria tendencialmente desenraizadora, algo que se aplica tanto ao Cristianismo como ao Islão, credos militantemente universalistas. Coincidência ou não, o norte de África foi mais rapidamente cristianizado do que a Europa Ocidental... O caso agrava-se quando estes desenraizados nutrem ressentimento contra o autóctone, como se verifica com os negros a viver no Ocidente... não surpreende por isso que no Reino Unido os jovens negros sejam mais propensos à radicalização islamista que os brancos. Como seria de esperar, o mesmo verifica-se em Portugal e nem sequer havia razão alguma para que isso não fosse verdade, apesar da ridícula propaganda tugo-tropicalista do regime.