terça-feira, maio 14, 2019

TOUREIRO LIMPA LÁGRIMA(?) DE TOIRO ANTES DE O MATAR NA ARENA

Toureiro limpa lágrimas de animal antes de o matar na arena.
É um gesto pouco comum e que está a geral controvérsia no país vizinho. O toureiro espanhol Morante de la Puebla limpou as lágrimas de um touro já moribundo, numa arena de Sevilha, para depois lhe espetar a estocada final com o que matou, na última sexta-feira.
Se para alguns, se tratou de um gesto bonito e de respeito pelo animal com quem tinha travado uma batalha na Maestranza, em Sevilha, para outros foi um gesto de sadismo, depois de momentos de tortura do animal na arena.
"Somente uma mente retorcida e perversa seria capaz de torturar um animal até que o sangue escorra por suas pernas e depois limpe com um lenço de rosto uma lágrima da sua cara", escreveu no Twitter Silvia Barquero, presidente do partido pelo bem-estar dos animais Pacma. Na praça, o gesto foi aplaudido, mas nas redes sociais houve mesmo quem classificasse o toureiro de "psicopata".
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Fonte: https://www.jn.pt/mundo/interior/toureiro-limpa-lagrimas-de-animal-antes-de-o-matar-na-arena-10891750.html

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Já houve quem dissesse que o gesto do lenço é da tourada do século XIX e blablabla. Vai dar ao mesmo. Se não é limpar lágrimas (?), é manifestar desprezo ou outra merda qualquer. É um asco absoluto, gesto de crueldade pura, porque exibe com particular clareza o facto de que não se trata de uma luta de vida ou de morte mas sim de uma execução - um assassínio. Seria uma luta de vida ou de morte se o toureiro precisasse de usar a espada in extremis, matando um toiro prestes a esventrá-lo. Mesmo assim era uma filhadaputice, porque ninguém o mandou ir ter com o toiro à arena, nem o toiro pediu para estar ali, mas pronto, era um combate (combate reles e cobarde na sua essência). Este pormenor do lenço mostra que nem sequer chega a isso. Este pormenor do lenço mostra, à saciedade, que o animal é naquele momento perfeitamente inofensivo, porque só a um animal perfeitamente inofensivo é que se pode passar um lenço nos olhos e, com toda a calma, matá-lo a seguir. Um gesto inqualificavelmente merdoso que um dia deverá ser devidamente punido, se houver justiça no mundo.