EM ITÁLIA - NACIONALISTAS ALCANÇAM VITÓRIA EM ELEIÇÕES REGIONAIS

Os parceiros de coligação do governo de Itália iniciaram lutas separadas para as eleições da União Europeia (UE) em Maio, depois de nas recentes eleições regionais se registar uma vitória retumbante da coligação de Direita de Matteo Salvini às custas da Esquerda.

A coligação do vice-primeiro-ministro obteve 42% das urnas na região de Basilicata, no sul do país, nas eleições locais de domingo, com 18,8% provenientes da base de partidários do partido Liga, de Salvini.

O resultado marcou o fim da administração de Centro-Esquerda da região principalmente agrícola pela primeira vez desde 1995.

Também significou um declínio acentuado no apoio local ao Movimento 5 Estrelas (M5S), cuja popularidade na Basilicata foi reduzida pela metade em relação aos 44,3% obtidos nas eleições gerais do ano passado, para pairar pouco mais de 20% após a pesquisa regional do último fim de semana. No entanto, eles ainda continuam a ser o maior partido da região. Enquanto o M5S e a Liga são parceiros de coligação no governo nacional, a sigla de Direita associa-se localmente ao Forza Italia, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, e com o partido menor dos Irmãos de Itália, com quem estão mais alinhados ideologicamente.

Salvini agradeceu aos eleitores pelo seu apoio na Lues: "OBRIGADO! A Liga triplicou o seu voto num ano, a vitória também na Basilicata! Adeus à Esquerda", declarou, antes de proclamar que "agora [é hora de] mudar a Europa".

Salvini depois assegurou aos seus parceiros nacionais que estava feliz com a actual coligação, observando que o apoio total à Liga e ao M5S era "ainda a maioria absoluta neste país". Acrescentou: "O meu oponente é o [Centro-Esquerda] PD [Partido Democrata]".

No entanto, a onda de apoio à Liga fora da sua base de poder no Hemisfério Norte é motivo de preocupação para o seu parceiro nacional, o M5S, que também está procurando transformar a frustração dos eleitores com os partidos estabelecidos em Itália em sucesso eleitoral continuado. Para esse fim, o M5S formou um novo grupo parlamentar com vários outros partidos reformistas da Grécia, Polónia, Croácia e Finlândia, antes das eleições da UE em Maio. Luigi Di Maio, do 5 estrelas, que é o vice-primeiro-ministro de Itália, partilhando a posição com Salvini, disse que o grupo se inspira em "criar uma nova Europa".

Evangelos Tsiobanidis, cujo partido grego Akkel se juntou à aliança, afirmou à RT que o grupo é pró-europeu, mas lutaria contra as políticas de protectorado implementadas por membros mais ricos da UE em detrimento de outros.

"Nós opomo-nos à forma actual da UE. O pró-europeísmo, de facto, é a oposição à actual UE, com o seu desrespeito corrupto dos interesses nacionais de todos os Estados membros", avaliou.

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Fonte: https://br.sputniknews.com/europa/2019032713569368-salvini-vitoria-direita/

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Confirma-se que a Democracia leva água ao moinho do Nacionalismo - quanto mais os Nacionalistas falam em discurso directo ao povo, mais o povo vota nos Nacionalistas. Não surpreende que a elite político-culturalmente reinante tenha tanto medo e ódio contra a simples existência de partidos nacionalistas e a liberdade de expressão nacionalista...