«TODA A ELITE FINANCEIRA E POLÍTICA SABIA DO REGABOFE DA CGD»
Os jorros de dinheiro ofertados aos amigos sem V de volta, a fundo perdido, são mais que muitos. Créditos de elevadíssimo risco, injustificados e contra todos os pareceres, remunerações às cúpulas e aos gestores absurdas e desligadas dos resultados. É o pior que vocês podem imaginar e que está a ser pago por nós, por cada um de nós, com língua de palmo.
A Procuradoria-Geral da República investiga há dois anos mas não tem arguidos constituídos. Dizem que a lista com os 100 maiores devedores do banco estatal, com créditos em incumprimento cujo valor ascende a cerca de 2,5 mil milhões de euros, é considerada fulcral para a investigação mas ela aí está- nomeadamente
o grupo Artlant (fábrica da ex-La Seda em Sines), a Acuinova (aquacultura da Pescanova em Mira), Vale do Lobo, o grupo Efacec e várias sociedades do Grupo Espírito Santo.
A maioria dos portugueses sente que vive numa nação corrupta. Depois deste relatório podem ter a certeza. Portugal é um país pútrido.
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Fonte: https://www.facebook.com/joanamaraldias/?__tn__=%2CdkC.g-R&eid=ARDoL9Pjysa9mNfsdu8PWqOTFaakdSwWRjJnokwjTi6FWKJ3lJtl4RXERn1YWmFEcxj01lJAJr6NG8kV&hc_ref=ARQVj0iiFGmbvYrpxvdbMaxlzh1EVhMsD3C5AX-xqdwcNJ32Hb9ZeigQtVJIS6ueki8&fref=tag
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No Fórum TSF, Joana Amaral Dias explica porque decidiu divulgar o relatório da auditoria à gestão da Caixa Geral de Depósitos.
Joana Amaral Dias diz que não fica surpreendida com o "desplante" de Faria de Oliveira em negar acusações de que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) facilitou a concessão de créditos durante a sua tutela.
Esta manhã no Fórum TSF , conduzido por Manuel Acácio, a ex-deputada bloquista explica porque decidiu divulgar o relatório da auditoria relativa ao período 2000-2015 na CGD.
"Era de interesse público, da máxima relevância nacional, a divulgação de todos estes dados, defende.
Joana Amaral Dias lembra que o que está em causa é a atribuição de crédito "a fundo perdido", numa rede de favores.
Os sucessivos governos que passaram pela Caixa "atribuíram milhões aos seus amigos ou a outras pessoas por manifesto interesse, sem qualquer garantia. Mesmo quando os pareceres técnicos eram desfavoráveis ou mesmo sem qualquer estudo".
A auditoria independente realizado pela EY à gestão da Caixa foi decidida em Conselho de Ministros depois de um projeto de resolução aprovado na Assembleia da República, em 2016, e terminada no ano passado.
Apesar dos pedidos, o documento nunca chegou ao Parlamento, com o banco a alegar sigilo bancário e segredo de justiça para recusar o envio do documento.
Numa nota enviada à TSF, o Ministério das Finanças explica que a auditoria da EY foi enviada para o Banco de Portugal e para o Mecanismo Único de Supervisão do Banco Central Europeu, bem como a outras autoridades judiciais, de inspeção, de supervisão ou em matéria tributária, "caso os elementos do relatório se afigurassem relevantes".
Ainda que a informação do relatório estivesse sob sigilo bancário, o Governo pediu à administração da CGD que fossem "efectuadas todas as diligências necessárias para apurar quaisquer responsabilidades" e tomadas "medidas adequadas para a defesa da situação patrimonial da CGD", pode ler-se na nota.
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Fonte: https://www.tsf.pt/economia/interior/toda-a-elite-e-financeira-e-politica-sabia-do-do-regabofe-que-se-passava-na-cgd-10470485.html?fbclid=IwAR2MPVP6U_Lam55ByIM0AEXZkbObgLyQWx2ujdE2GHgQqCUZky5q4VQDWBU
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É a fartar vilanagem de um país onde a população não exige responsabilidades à classe política, criando nesta um clima de impunidade que só pode piorar com a passagem do tempo. O poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente, como dizia lorde Acton, algo que no fundo a sabedoria popular também conhece: «a ocasião faz o ladrão», «quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte», «queres ver o vilão, põe-lhe a vara na mão». Num «país de bananas governado por sacanas», como dizia o rei D. Carlos, estas e outras acontecem sem que ninguém seja preso porque o povo não se revolta de maneira organizada e sistemática.
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