terça-feira, janeiro 08, 2019

Soles, 15 de Junho de 2778 AUC

RAPARIGA SAUDITA BARRICADA EM AEROPORTO DA TAILÂNDIA CORRE RISCO DE VIDA SE RETORNAR AO SEU PAÍS DE ORIGEM

Rahaf Mohammed al-Qunun, uma jovem saudita, barricou-se num quarto de hotel no aeroporto de Banguecoque, na Tailândia, para evitar ser deportada para junto da família. A jovem de 18 anos exigia falar com a Organização das Nações Unidas (ONU) e conseguiu. A Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) está agora a analisar o pedido de proteção da jovem, segundo comunicado da organização.
“O ACNUR defende consistentemente que os refugiados e quem procura asilo — tendo sido confirmada ou reclamada a necessidade de proteção internacional — não podem ser enviados para os seus países de origem segundo o princípio de não-repulsão”, escreveu a organização, sem dar pormenores de como correu a reunião.
Na sua conta de Twitter, a jovem tem deixado alguns apelos. Alguns dos mais recentes dão conta dos países a que Rahaf pretende pedir asilo: Canadá, Estados Unidos, Austrália e Reino Unido. Já esta terça-feira, a saudita voltou o reforçar o apelo ao Canadá para que lhe conceda asilo.
O Governo australiano já reagiu a estes tweets, tendo um responsável do departamento do Interior dito à AFP que “qualquer candidatura da senhora Al-Qunun a um visto humanitário será analisada com atenção assim que o processo do ACNUR estiver concluído”.
A jovem receia ser deportada para o Kuwait, onde se encontra a família, porque teme pela vida, noticiou a BBC. “Eles vão matar-me. A minha vida está em perigo. A minha família ameaça matar-me pelas coisas mais triviais”, disse a jovem saudita à Reuters. Perante a resistência de al-Qunun, o chefe da polícia de imigração tailandesa disse que ela não seria deportada.
Segundo uma publicação da própria, agora está à guarda das autoridades tailandesas, sob a proteção da ONU, o que a deixa mais descansada perante a chegada do pai que veio do Kuwait para Banguecoque.
A falta de liberdade e um casamento programado terão motivado a fuga. “Partilho a minha história e as minhas imagens nas redes sociais e o meu pai está tão zangado porque o fiz… Não posso estudar e trabalhar no meu país, por isso quero ser livre e estudar e trabalhar como quero”, disse.
A jovem estava de férias com a família no Kuwait quando tentou fugir para a Austrália — onde planeava pedir asilo — num voo que fez escala em Banguecoque. Um diplomata terá apreendido o passaporte de Rahaf Mohammed al-Qunun impedindo-a de seguir viagem. A Embaixada da Arábia Saudita em Banguecoque alega que a jovem terá tentado viajar ilegalmente apesar de ela garantir que tinha visto para entrar na Austrália.
À CNN, Rahaf Mohammed al-Qunun terá dito que tentou pedir um visto para ficar na Tailândia, mas não conseguiu. Os cidadãos sauditas podem fazê-lo desde que tenham um bilhete de regresso para os 15 dias seguintes, mas a jovem não tinha o dito bilhete, porque a ideia era seguir para a Austrália.
Nas publicações no Twitter (numa conta não verificada), feitas pela própria ou por uma amiga a quem deu autorização para aceder à conta, a jovem diz que foi perseguida no aeroporto e que as autoridades tailandesas se recusaram a cooperar com ela. Além do passaporte apreendido, a jovem diz que o pai — que, segundo uma publicação no Twitter, é governador na Arábia Saudita — e as autoridades sauditas estão a acusá-la de estar com problemas psicológicos e querem interná-la.
Surachate Hakparn, chefe da polícia de imigração tailandesa, disse que o país “vai fazer o melhor que poder para proteger” a jovem. “Ela está sob a soberania da Tailândia, ninguém e nenhuma embaixada pode forçá-la a ir a lado nenhum”, disse. “Vamos falar com ela e fazer o que ela quiser. Visto que ela se escapou para pedir a nossa ajuda… não vamos mandar ninguém para a morte.”
Durante um período, enquanto estava barricada no quarto, Rahaf Mohammed al-Qunun contou com a companhia de Sophie McNeill, jornalista do ABC News e antiga correspondente no Médio Oriente, segundo uma publicação da jovem no Twitter. A jornalista também ia atualizando as novidades que tinha disponíveis. Sophie McNeill deixou o quarto depois de ter a garantia da UNHCR Tailândia de que a jovem ficaria em segurança.
Rahaf Mohammed al-Qunun pede asilo às Nações Unidas e a qualquer país invocando as convenções que a “protegem de ser magoada ou morta devido a deixar a religião ou à tortura por parte da família”. Numa das publicações alerta-se que a jovem precisa de ajuda, mas que não está a pedir dinheiro para isso. O alerta está relacionado com um crowdfunding que começou a circular.
Em abril de 2017, uma outra jovem saudita — Dina Ali Lasloom, de 24 anos — também foi intercetada no percursopara a Austrália. A família levou-a de Manila, nas Filipinas, de volta à Arábia Saudita e nunca mais se soube nada dela. Antes de regressar a casa, Dina Ali Lasloom publicou um vídeo no Twitter onde partilhava o receio de ser morta pela família.
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Fonte: https://observador.pt/2019/01/07/jovem-saudita-barricada-a-minha-familia-ameaca-matar-me-pelas-coisas-mais-triviais/

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É apenas a ponta do iceberg a ilustrar o que é a intolerância homicida que reina no mundo islâmico... contra os dimis e quejanda tropa politicamente correcta a gritar que «a esmagadora maioria dos muçulmanos é moderada, moderadíssima, completamente e totalmente moderadíssima de todo!!!!!», há factos destes a mostrar que no centro do mundo islâmico - e em vários outros países muçulmanos - há pena de morte para quem se atreva a deixar de ser muçulmano...