domingo, setembro 23, 2018

EMBAIXADOR AUSTRÍACO EM LISBOA: «IMIGRAÇÃO TROUXE AUMENTO DE VIOLÊNCIA»

O embaixador da Áustria em Portugal defendeu hoje [12 de Setembro] a política migratória de Viena, afirmando que a entrada de milhares de “migrantes não-europeus” levou a um “aumento da violência” que deixa os Austríacos com “medo de uma imigração descontrolada”.
Robert Zischg foi hoje ouvido na comissão de Assuntos Europeus da Assembleia da República sobre as prioridades da presidência austríaca da União Europeia, que se iniciou a 01 de Julho, com o lema “Uma Europa que se protege” e que definiu como um dos principais desafios “combater a imigração ilegal”.
O embaixador foi questionado por deputados de todos os partidos portugueses sobre se não considera haver desconformidade entre as posições do Governo austríaco, uma coligação entre conservadores e Extrema-Direita, e os valores europeus, nomeadamente a tradição europeia de acolhimento de refugiados.
Zischg começou por referir o elevado número de chegadas ao país no auge da crise migratória europeia – 500 mil pessoas em 2015 – para afirmar que este “é um grande problema na Áustria” e defender que “é preciso regularizar os que já estão na Europa”.
Segundo o embaixador, na capital, Viena, ”30% a 40% dos alunos são não-europeus” e o Governo austríaco tem programas para que os imigrantes “aprendam a língua, sejam escolarizados, aprendam uma profissão” e também “aprendam os valores”.
Defendendo a vertente securitária da política austríaca, Zischg afirmou, por outro lado, que “nunca houve tanta violência na Áustria” e que as autoridades identificaram “300 austríacos” que combateram com forças ‘jihadistas’ na Síria, para defender a recente decisão de encerrar mesquitas e expulsar imãs considerados radicais.
“Na população austríaca há medo de uma imigração descontrolada”, afirmou, voltando a citar os números de refugiados e acrescentando que “se Portugal enfrentasse esta situação ia ter uma política diferente”.
O embaixador austríaco foi também questionado pelos deputados acerca da aprovação, hoje, no Parlamento Europeu, da penalização da Hungria, por “violação dos valores europeus”, nomeadamente em matéria migratória.
“Quero reiterar o que disse o chanceler [austríaco, Sebastian] Kurz sobre sermos firmes quanto aos valores europeus”, disse Robert Zischg, frisando que é uma “posição clara”.
“Temos de defender os valores, mas também continuar a falar”, disse por outro lado, defendendo que não se pode “forçar” os países que não querem aceitar imigrantes e que devem explorar-se outras vias, como “uns aceitarem refugiados e outros contribuírem financeiramente”.
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Fonte: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/entrada-de-milhares-de-migrantes-nao-europeus-levou-a-um-aumento-da-violencia-diz-embaixador-da-austria-em-lisboa-353948

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Graças à Democracia, ouve-se agora da boca de representantes governamentais aquilo que até recentemente só se ouvia no seio do povo. 

Confirma-se: quanto mais democrática for uma sociedade, mais poder terá aí a ideologia nacionalista.


3 Comments:

Anonymous pvnam said...

«...Austríacos com “medo de uma imigração descontrolada”...»
Leia-se: não é a sobrevivência da Identidade que os preocupa!!!
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ABRE OS OLHOS! TENS DE FAZER CORRECÇÕES DE LINGUAGEM!
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-» PORTUGUESES são aqueles que se preocupam com a sobrevivência da Identidade!
-» AUSTRÍACOS são aqueles que se preocupam com a sobrevivência da Identidade!
[FRANCESES são aqueles que se preocupam com a sobrevivência da Identidade! ETC]
Anda por aí pessoal a falar em 'portugueses'... quando se devia, isso sim, chamar os bois pelos nome: 'COMUNIDADE PENDURA DE ORIGEM PORTUGUESA'.
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COMUNIDADE PENDURA: são as comunidades nativas que não trabalham para a sustentabilidade demográfica - média de 2.1 filhos por mulher.
A Comunidade Pendura não trabalha nem para a sustentabilidade demográfica nem para a sustentabilidade financeira:
- a Comunidade Pendura pendura-se (e lambe-botas) em salvadores da demografia... tendo em vista ter acesso a abundância de mão-de-obra servil, e ter acesso a descontos para a segurança social feitos pelos salvadores da demografia.
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Mais:
-» Uma Comunidade Pendura vai vendendo/desbaratando tudo aquilo que puder: é ver tudo aquilo que, todos os anos, em Portugal (e noutros casos), tem sido vendido a estrangeiros endinheirados.
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E mais:
-» a Comunidade Pendura está em conluio com a elite financeira: de facto, tal a elite financeira, a Comunidade pendura destila ódio (não suporta) - vide o parlamento europeu - para com os autóctones que querem ter o seu canto (o seu espaço) no planeta, e que querem prosperar ao seu ritmo...
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E mais:
-» a Comunidade Pendura, tal como a elite financeira, considera que autóctones com intenções Identitárias, que coloquem em causa interesses económicos, devem ser punidas com um holocausto massivo...

23 de setembro de 2018 às 23:22:00 WEST  
Blogger Helena Vilaarinho said...

Confirma-se: quanto mais democrática for uma sociedade, mais poder terá aí a ideologia nacionalista.

Embora seja uma realidade, não deixa de ser uma grande contradição.
Mas isso não significa que a democracia seja um mau regime. Significa que a democracia europeia está a falhar. È preciso encontrar as razões de tais falhas e corrigi-las.

Não posso acreditar que apoias um regime nacionalista totalitário e ditatorial que é a sua característica maior. Como diria o meu pai, eu apoio a monarquia se eu for o Rei..

24 de setembro de 2018 às 14:35:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Eu é que quase não posso acreditar que ainda usas essa argumentação e ainda dizes que Nacionalismo é totalitarismo...

Não há qualquer contradição entre Nacionalismo e Democracia, pelo contrário, convergem naturalmente:
- sendo a Democracia o regime que dá ao povo o poder maior,
- sendo o Nacionalismo a tendência ideológica que elege como valor máximo a salvaguarda do Povo como identidade étnica,
- sendo verdade que no seio de qualquer grupo humano a tendência colectiva mais forte é a de defender os seus acima de tudo,
qual é então a dúvida de que, a médio ou longo prazo, toda e qualquer comunidade humana etnicamente constituída (ou seja, grupo humano cujo elo de ligação é o da etnia/nação), irá dar primazia ao ideário que proclama «Nós, os da Nação, estamos em primeiro lugar» ?

24 de setembro de 2018 às 19:04:00 WEST  

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