quarta-feira, setembro 05, 2018

CARNE CRIADA SEM MATAR ANIMAIS CHEGA A PORTUGAL JÁ ESTE ANO

É carne, tem proteína animal, mas não tem vestígios de animais. Chama-se carne celular e deverá chegar aos menus de alguns restaurantes de luxo ainda em 2018. A notícia é avançada pelo jornal Público.
A Just é uma empresa de alimentação sustentável e saudável que está a desenvolver carne em laboratório e que foi criada pelo norte-americano Joshua Tetrick.
"A forma como produzimos carne hoje não é sustentável", comenta Vítor Espírito Santo, engenheiro biomédico português de 33 anos que em Fevereiro se mudou para os Estados Unidos para trabalhar naquela startup.
A empresa tenciona entrar no mercado este ano, primeiro por restaurantes com estrela Michelin, com o intuito de testar a reacção dos consumidores. Só em 2020 deverá estar disponível em lojas e supermercados.
O maior obstáculo à comercialização da carne criada em laboratório tem sido "financeiro". Por isso, para encolher as contas, a Just optou por substituir os componentes de origem animais do meio de cultura por proteínas e extractos de origem vegetal.
O primeiro hambúrguer proveta do mundo, criado por uma equipa de cientistas holandeses, com células estaminais de vaca, tinha um custo insustentável: 140 gramas custaram perto de 250 mil euros.
Para Vítor Espírito Santo, formado na Universidade do Minho, o termo "carne artificial" não é o mais adequado porque não se trata de uma "falsificação da proteína animal", mas sim "real meat". Por isso, a melhor terminologia será mesmo "carne celular" ou "carne de laboratório".
Mas como é que esta carne é produzida? São extraídas - sem qualquer sofrimento para o animal - células da raiz de penas de Ian, uma espécie de galinha branca.
Depois, em laboratório, os cientistas multiplicam esse volume de células vivas a partir de uma solução de nutrientes que inclui proteínas, açúcares e vitaminas e obtêm-se essa carne.
O produto obtido é, para já, "uma pasta celular que se assemelha muito a carne picada" e que pode ser usada para "fazer uma salsicha, um chouriço ou um nugget", diz Vítor Espírito Santo.
Estaremos disponíveis para provar esta novidade? Segundo um inquérito do jornal britânico "The Guardian", levado a cabo em 2013, 69% das pessoas estariam disponíveis para provar carne criada em laboratório, escreve o Público.
Mas a Just não é a única empresa neste mercado. A Mosa Meat, uma empresa holandesa que se dedica ao desenvolvimento de carne artificial, anunciou este Verão que os seus hamburgueres deverão estar à venda nos restaurantes em 2021.
Esta startup de Maastricht está há cinco anos a desenvolver carne livre de animais a partir da extracção de células estaminais da vaca. O processo é semelhante ao que se utiliza para reparar órgãos ou tecidos danificados.
O objectivo da Mosa Meat é alcançar a produção em grande escala nos próximos três anos e colocar hambúrgueres no mercado a um dólar ou menos de um euro.
A FDA, o regulador norte-americano do sector dos medicamentos e alimentação, diz que há motivos para acreditar que a carne artificial poderá ser consumida sem preocupações se forem cumpridas todas as normas de segurança.
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Fonte: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/carne-artifical-chega-ao-prato-dos-portugueses-ainda-este-ano-e-tem-assinatura-nacional

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Mais um bom sinal da melhor evolução do mundo ocidental - finalmente será possível comer carne sem matar ou sequer magoar animais. Já esteve mais longe o dia em que todo o abate de animais para alimentação seja proibido...

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Causa sofrimento sim.
Pesquisem mais sobre esta carne e não leiam só as notícias que dizem sempre metade e mal explicada.
A única diferença é não haver pecuária extensiva.

Se estes projectos se preocupassem com a verdadeira questão, os recursos do planeta que estão a esgotar, investia em soluções a curto prazo.

Se é quando está carne estiver a um preço que possa ser comercializada já o planeta esgotou os recursos.

E não vai estar em restaurantes de luxo. Vai estar em fase experimental em alguns locais a preço de ouro.

É solução? Não
Mas como sempre valores mais altos $$$€€€£££
Nunca foi nem será a preocupação com os animais mas sim com a gula!!!!

7 de setembro de 2018 às 00:28:00 WEST  
Blogger Helena Vilaarinho said...

Já existe há muito! Não vais ao MacDonald?

7 de setembro de 2018 às 10:47:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

a tecnica da muitas ferramentas para tirar o carbono da sua barbarie original pena que muitas vezes nem isso basta

7 de setembro de 2018 às 14:09:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Já existe há muito! Não vais ao MacDonald?»

Não é de todo a mesma coisa... o mito urbano diz que no MacDonalds criavam um fac-símile de bovino sem cabeça nem patas, isto não tem nada a ver com produzir carne a partir dos genes de um animal sem alteração genética.

7 de setembro de 2018 às 21:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Pesquisem mais sobre esta carne e não leiam só as notícias que dizem sempre metade e mal explicada. »

Sabes dizer mais?

7 de setembro de 2018 às 21:55:00 WEST  

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