quarta-feira, julho 04, 2018

«GUERRA DO INFINITO»


«Infinity Wars» ou «Guerra do Infinito», não está mau de todo, vê-se bem, pelo menos para quem gosta do género super-heróis e ficção científica, e sobretudo para quem cresceu a ler as histórias e historietas da Marvel, muitas vezes medíocres mas de sabor nostálgico; todavia é um trabalhito que está bem aquém do que poderia ser. A figura de Thor continua algo apalermada, enquanto o magnífico Thanos parece aqui um conservador americano tacanho de curta vista e teimosia mesquinha, longe, a anos-luz, do excepcional Thanos da Marvel, do Thanos de Jim Starlin, cósmico monumento à brutalidade megalomaníaca, figura do mais puro e colossal romantismo - um amante da Morte personificada numa bela mulher silenciosa, está tudo dito - alucinado de todo, um dos mais carismáticos vilões de toda a banda desenhada e arredores... o Thanos da b.d. quer oferecer todas as estrelas do Universo à Morte, enquanto o do cinema pretende simplesmente fazer umas limpezas populacionais a bem da sua visão do universo, que pobreza... Pode ser que melhore no segundo filme da saga, mas não ponho a mão no fogo por isso.
A ausência do esplendoroso Nova lixa-me particularmente, mas pronto, aí já acredito que possa aparecer mais para a frente, na sequência da saga... esse e o bizarro Warlock, outra das personagens mais ricas do universo marvelístico cuja interacção com Thanos foi crucial na história dos comics e aqui é totalmente ignorada.
Haja respeito ou, pelo menos, exigência...