JÚPITER STATOR - O JÚPITER QUE TRAVA

Dia XIII de Janeiro é consagrado na Romanidade a Jogos Circenses em honra de Júpiter Stator, ou «Júpiter que trava», que é Júpiter no Seu aspecto de Quem ajuda os guerreiros a ter coragem e a aguentar firmemente nas suas posições em vez de fugirem perante o inimigo.

Há uma explicação histórica para que se celebre esta faceta do Deus do Céu.

De acordo com Tito Lívio, na sua obra «Ab Urbe Condita» - literalmente, «Desde a Fundação da Cidade», que consiste na História de Roma desde a sua fundação por Rómulo, filho de Marte e da Vestal Reia Sílvia - aconteceu, na batalha entre Romanos e Sabinos, que os guerreiros Romanos de Rómulo começaram, a dada altura, a retirar do terreno, enquanto os Sabinos avançavam, até que Rómulo, erguendo as armas ao céu, orou a Júpiter para que travasse o avanço dos Sabinos e detivesse a fuga dos Romanos: «Júpiter, foi seguindo as ordens das Tuas aves que aqui, no monte Palatino, lancei os primeiros alicerces desta cidade. Já os Sabinos ocupam a cidadela, comprada por intermédio de um crime. Dali, atravessam o vale de permeio e, de armas em punho, dirigem-se para aqui. Mas Tu, Pai dos Deuses e dos homens, afasta ao menos os inimigos deste local, liberta do pânico os Romanos e detém esta desonrosa fuga.

Prometo-Te neste local um templo, Júpiter Stator, que seja para os pósteros motivo de recordação de que esta cidade foi salva com o Teu auxílio pronto.»

Aos seus homens, disse: «É aqui, Romanos, que Júpiter Óptimo Máximo nos ordena que resistamos e recomecemos o combate.»

Como diz Tito Lívio, os Romanos detiveram-se «como que por ordem de uma voz celeste», e Rómulo, tomando o domínio da sua gente, começou a perseguir vitoriosamente os Sabinos, até que as mulheres sabinas - o centro da guerra, pois que o conflito acontecia porque os Romanos as tinham raptado - se colocaram entre os dois exércitos e conseguiram que se fizesse a paz.