terça-feira, fevereiro 07, 2017

TRUMP ACUSA OS MÉ(R)DIA DE ESCONDER TERRORISMO ISLÂMICO

"O Estado Islâmico está numa campanha de genocídio cometendo atrocidades em todo o mundo", declarou Trump na base de MacDill, em Tampa, na Florida.Depois de denunciar que os "terroristas islâmicos radicais" estão determinados a atingir os Estados Unidos, afirmou que o mesmo acontece na Europa.
"Vocês viram o que aconteceu em Paris ou em Nice. Está a acontecer por toda a Europa. Chegámos a um ponto em que (os ataques) não são sequer a ser relatados pela imprensa", afirmou, sem citar exemplos.
"E, em muitos casos, a imprensa muito, muito desonesta não quer relatar esses ataques", insistiu Trump.
"Têm os seus motivos, e vocês percebem isso", insinuou, novamente sem citar exemplos, ou sem apresentar elementos concretos para sustentar as suas declarações.
Questionado pouco depois sobre essa surpreendente declaração do Presidente, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, prometeu dar "uma lista mais tarde" e garantiu que há "muitos exemplos" de meios de comunicação que não fizeram "a cobertura que teria sido justificável".
Estas afirmações surgem dias depois da sua assessora na Casa Branca, Kellyanne Conway, ter também acusado a imprensa de não ter feito a cobertura de um alegado massacre nos Estados Unidos durante a Administração Obama. No entanto, é possível que o "massacre" não tinha sido coberto pela imprensa, porque nunca aconteceu.
Conway - ex-chefe da campanha eleitoral de Trump e agora sua assessora na Casa Branca - ficou conhecida do grande público em Janeiro ao introduzir o conceito de "factos alternativos" para justificar a opinião da Casa Branca. A expressão foi usada depois de o porta-voz do Executivo americano, Sean Spicer, ter afirmado que a multidão que acompanhou a posse de Trump foi a maior da história no país, uma afirmação questionada desde o momento em que ocorreu. Em entrevista, Kellyanne Conway afirmou: "vocês dizem que é falso. Mas Sean Spicer, o novo secretário de imprensa, ofereceu factos alternativos a isto", comentou.
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Fonte: http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/trump-acusa-imprensa-de-esconder-ataques-terroristas

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Claro que a espécie de jornalista que redigiu o artigo tinha de concentrar metade da escrita a fazer crer que a administração Trump emite acusações sem provas, aproveitando para repisar à náusea o lapso simples de Kellyanne Conway. É claro, também, que, para tal efeito, tenta passar a ideia de que Conway mentiu ou tentou criar uma cena «à 1984», esquecendo, evidentemente, que no caso pela senhora referido houve pelo menos um caso de actuação terrorista da parte de dois iraquianos. 
Quanto à violência islamista que a imprensa dominante tem tentado ocultar ou pelo menos não noticiar, é só dar uma vista de olhos no Gladius e sobretudo em algumas das suas fontes, entre as quais se destaca o gigantesco Jihad Watch, que anda há mais de uma década a divulgar diariamente muito do que os grandessíssimos mé(r)dia andam a abafar. 
O que Trump está a fazer é, mais uma vez, dar voz, a partir da sua posição privilegiada, àquilo que os militantes nacionalistas já dizem há pelo menos vinte anos. Como seria de esperar, os donos dos mé(r)dia não gostam disso, estrebucham, pudera - tanto tempo a esforçarem-se para o povo não pensar demasiado na violência terceiro-mundista contra o Ocidente e agora vem um tipo de cabelo laranja dar voz às verdades que podem fazer o povo ficar (ainda mais) «racista»...

Como seria de esperar, o frequentemente útil Jihad Watch fez já algum trabalho sobre isto, salientando o rigor da afirmação de Trump - efectivamente, o presidente norte-americano está correcto ao dizer que os mé(r)dia dominantes «não querem noticiar os casos de terrorismo islâmico», entenda-se, lá noticiar, noticiam, mas tudo fazem para obscurecer o significado muçulmano destes actos, preferindo atribui-los a algum devaneio de um maluquinho ou a qualquer outro motivo que não o Islão. Exemplo disso foi a tentativa de abafar o carácter muçulmano do terrorista muçulmano que cometeu um crime muçulmano numa discoteca gay de Orlando - às tantas já só interessava, nos mé(r)dia, o «facto» não comprovado de que ele próprio também era homossexual e vai daí «aos pois» aquilo foi só uma questão de auto-repressão sexual e assim e tal, desvia-se a conversa da questão muçulmana que não interessa nada...
Aliás, recordo aqui o que se escreveu neste blogue a respeito das guias de orientação da Sociedade dos Jornalistas Profissionais - a itálico está o texto (traduzido) das guias de orientação, a escrita normal o comentário do Gladius: 
http://gladio.blogspot.pt/2010/01/domesticacao-piedosa-da-chamada.html


- «Evite usar combinações de palavras tais como «terrorista islâmico» ou «extremista muçulmano» que são enganadoras porque ligam religiões inteiras à actividade criminosa.
Ora bem - se o criminoso em questão disser que é nazi, não há problema nenhum em chamar-lhe criminoso nazi; mas se o criminoso em questão disser que comete o seu crime em nome do Islão, alto!, não sei vai dizer que ele é um criminoso islâmico, nem pensar, ele nem sabe o que é o Islão, se soubesse não era criminoso, porque o Islão é «complexo» e é de paz e tal e coisa, mesmo que haja catrefas e mais catrefas de clérigos muçulmanos envolvidos ou a apoiar acções terroristas e/ou violentas em nome do Islão, afinal a súcia merdiática sabe mais sobre o Islão do que os próprios sacerdotes muçulmanos...
Note-se: não há melhor e mais imediata maneira de atar as mãos a um indivíduo do que começar por impedi-lo de sequer nomear quem o quer agredir. Impedir o Ocidental de em termos de comunicação social divulgar os crimes cometidos em nome do Islão é ajudar a que o Povo possa a pouco e pouco ser adormecido e se vá esquecendo de quem é que o está ao fim ao cabo a atacar a partir de fora, e também de dentro. Assim, quando os «incitadores do ódio» nazis vierem denunciar o perigo islâmico, pode ser que o Povo não perceba do que é que eles estão a falar e continuem a votar em massa nos partidos que alimentam a imigração em larga escala...
Até que seja tarde de mais para os Ocidentais despertarem e defenderem-se, em grupo, de maneira eficiente.


E continua, o mesmo ponto:
«Seja específico: as alternativas incluem «terroristas da Alcaida», ou, para descrever a vasta gama de grupos envolvidos em políticas islâmicas, «islamistas políticos». Não use caracterizações religiosas quando distinções geográficas, políticas, sócio-económicas ou outras possam ser mais rigorosas».
Cá está: os terroristas podem ser muçulmanos e declarar que fazem o que fazem em nome do Islão, mas, para ser, digamos, mais rigoroso, mais vale dizer que são por exemplo «terroristas indianos», o que, claro, engloba os hindus, mas não faz mal, que estes até são uns malandros racistas, classistas, anti-muçulmanos e muitas vezes pró-ocidentais e pró-israelitas... ou então sugira-se «outra distinção», como, por exemplo, sei lá, usarem camisolas amarelas ou relógios Quartz. Assim, no próximo atentado o terrorista pode estar trajado de verde, de azul ou de xadrez, e pronto, assim «cada caso será um caso em toda a sua complexidade, não há explicações simples», o que é porreiro para travar qualquer reacção eficaz...

- «Evite usar termos tais como "jihad" a menos que esteja certo do seu significado preciso e inclua o contexto em que são usados como citação. O significado básico de "jihad" é exceder-se a si mesmo pelo bem do Islão e melhorar-se a si mesmo.»

Mais areia para os olhos - toneladas de clérigos afirmam que a "jihad" implica guerra, confronto físico, mas a elite merdiática prefere continuar a iludir os inocentes sobre os propósitos dos seus algozes até que os inocentes passem de inocentes a completamente indefesos.