NA SUÉCIA - PARTIDO MODERADO APROXIMA-SE DE COOPERAÇÃO COM O PARTIDO NACIONALISTA DEMOCRATAS SUECOS

Na Suécia, o partido conservador Moderata samlingspartiet ou «Partido da Unidade Moderada» (M é a sua sigla partidária) mostrou-se na semana passada preparado para cooperar com o partido nacionalista anti-imigração Democratas Suecos (SD, do sueco Sverige Demokraterna), o que causou polémica no seio da aliança composta de quatro partidos de Centro-Direita, força de oposição diante da coligação de Esquerda - Social-Democrata e Verdes - que tem funcionado como «cintura» contra o poder nacionalista, ou seja, de barreira entre o poder e a Democracia, porque esta «cintura» foi formada para cancelar as eleições que estavam próximas e assim evitar que os nacionalistas do SD ganhassem mais lugares no parlamento...

Uma sondagem recente indica que vinte e um por cento dos eleitores votaria no SD, o que faz desta formação partidária a segunda mais popular do país, a seguir aos Social-Democratas. Não admira que a elitezinha reinante esteja com tanto medinho das eleições democráticas...

A líder do Partido Moderado, Anna Kinberg Batra, reconheceu que o SD já não pode ser ignorado: «não resultou pretender que tão grande partido no parlamento não existe». Note-se que o SD entrou no parlamento em 2010 com 5.7% dos votos e em 2014 chegou aos 13%, treze por cento dos votos.

Batra apelou aos seus parceiros da aliança «de Direita» que submetessem um orçamento conjunto a votação parlamentar, aceitando os votos da Extrema-Direita para assim vencer o governo minoritário, formado, como acima se disse, de social-democratas e ecologistas. Parece estar já a preparar-se um encontro entre representantes do M e do SD. No seio da aliança de «Direita», os partidos «centristas» e liberais rejeitam esta aproximação, enquanto os democratas-cristãos dizem aceitar o apoio indirecto do SD mas não aceita com ele negociar.

O dirigente do SD, Jimmie Åkesson reagiu prontamente à novidade, dizendo que iria exigir «influenciar a configuração do governo» se o seu apoio ajudasse a oposição a chegar ao poder. Isto aterroriza a elite reinante, como não podia deixar de ser. Em Setembro de 2016, o primeiro-ministro Stefan Löfven, social-democrata, considerou o SD como «partido racista e nazi». Ironicamente, a própria Kinberg Batra, que agora quer entendimento com o SD, tinha essencialmente dito o mesmo que o primeiro-ministro um mês antes deste: «eles [SD] dizem que todos os problemas da Suécia são devidos à imigração. É um partido racista que atira grupos uns contra os outros e põe rótulos às outras pessoas».

Interessante é o facto de, segundo uma sondagem recente, seis em cada dez eleitores dos «Moderados» apoiam a cooperação com a Extrema-Direita...

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Fonte: http://www.thelocal.se/20170128/turmoil-in-sweden-as-conservatives-woo-far-right

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A Democracia é mesmo assim, o caraças do Povo dá cada vez mais apoio ao Nacionalismo e vai daí começa a haver brechas no aparelho da elite reinante... É de esperar que o SD não ceda em nada do que é importante, sobretudo na questão magna da Política actual, que é a do combate à iminvasão do Ocidente.