MEMÓRIA DA BATALHA DE VALVERDE
Pouco tempo depois da vitória portuguesa de Aljubarrota, Nuno Álvares Pereira entrou, por Badajoz, no território castelhano. De Estremoz passara a Vila Viçosa e, daqui, a Olivença. Depois seguira em direcção a Mérida, para poder enfrentar as forças adversárias. Estas vieram pôr-lhe cerco em Valverde de Mérida, junto ao rio Guadiana.
A iniciativa de entrar em território castelhano partiu do condestável, sem conhecimento do rei. Havia conhecimento de que um exército inimigo estava junto da fronteira e D. Nuno decidiu ir ao encontro dele.
Estava-se em 14 de Outubro de 1385. Atravessado o Guadiana, as tropas portuguesas viram-se atacadas. O Condestável — segundo a crónica de Fernão Lopes — ajoelhou-se a orar durante a batalha, quando as suas tropas estavam sofrendo pesadas baixas. A ardente fé de Nuno Álvares Pereira contagiava os seus homens de armas. E a vitória surgiu. Do lado português, a vanguarda era comandada pelo Condestável, a retaguarda estava sob o comando de Álvaro Gonçalves Camelo, as alas estavam sob a chefia de Martim Afonso de Meloe de Gonçalo Anes de Castelo de Vide. Do lado castelhano, estavam os Mestres de Santiago e de Calatrava e o conde de Niebla. Um português, Martim Anes de Barbuda, estava do lado dos castelhanos e era o Mestre de Alcântara.
Durante a batalha o condestável retira-se para orar. O seu escudeiro vai ao encontro dele, chamando-o para a batalha. Depois de terminar a oração D. Nuno, percebendo que os Castelhanos tinham usado todos os projécteis, decide atacar o Mestre de Santiago que acaba por morrer e o seu estandarte derrubado. Com isto os Castelhanos põem-se em fuga.
A estratégia militar do Condestável, a sua fé e ânimo que soube incutir à sua hoste, permitiram-lhe alcançar esta vitória que, ainda segundo o cronista Fernão Lopes, foi conseguida sobre um exército mais numeroso do que aquele que fora derrotado em Aljubarrota.
Na mesnada portuguesa também se salientou o português Gil Fernandes, de Elvas.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Valverde
É um registo interessante contra as teses revisionistas da batalha de Aljubarrota, que pretendem ter esse confronto terminado numa espécie de empate, ou que o rei castelhano só não avançou mais porque não quis e etc. e tal.
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É um registo interessante contra as teses revisionistas da batalha de Aljubarrota, que pretendem ter esse confronto terminado numa espécie de empate, ou que o rei castelhano só não avançou mais porque não quis e etc. e tal.
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