sexta-feira, outubro 14, 2016

SOBRE A ASCENSÃO DEMOCRÁTICA DO NACIONALISMO E O MAU PERDER ASSUSTADO DOS ALEGADOS «TOLERANTES»

Movimentos nacionalistas têm vindo a ganhar protagonismo tanto no Parlamento Europeu como no quotidiano dos respectivos países da União Europeia.
Theresa May, primeira-ministra britânica, anunciou - para logo voltar atrás - a intenção de limitar a contratação de estrangeiros e o acolhimento de estudantes extrínsecos ao Reino Unido. Um partido dinamarquês de Extrema-Direita distribuiu 137 aerossóis de laca para o cabelo com a etiqueta "Spray Asilo", na cidade de Haderslev, para denunciar a chegada de refugiados. Um militante neo-nazi finlandês foi detido pela morte de um homem, agredido por criticar uma manifestação anti-imigração em Helsínquia. A Europa parece estar a ficar um lugar perigoso para a tolerância...
É um dado adquirido que o panorama político europeu se tem modificado, muito por culpa dos efeitos da crise económica. E nessas alterações o surgimento de partidos populistas e o fortalecimento das forças de Extrema-Direita não são fenómenos negligenciáveis. Pelo contrário.
A implantação ideológica destes movimentos encontrou pasto na oposição às políticas de imigração da União Europeia, para mais num contexto de desemprego massivo e de grave conflito social, propício à disseminação da xenofobia, do Nacionalismo e do neo-fascismo, que, por norma, responsabilizam os migrantes por toda e qualquer desdita.
Apesar de agora mais retintos, os sinais andavam por aí, espalhados por um mapa mais abrangente do que seria expectável. Aliás, a Extrema-Direita implantou-se no Parlamento Europeu através de diversos grupos e, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, tem tido avanços relevantes em várias países.
Se não, veja-se. Na Polónia, o partido populista Lei e Justiça regressou ao poder montado na prerrogativa "os Polacos primeiro". Ainda no Leste europeu, a União Nacional Ataque, da Bulgária, o Partido Nacional Eslovaco e o Partido da Grande Roménia são forças políticas que conseguiram bons resultados eleitorais.
Porém, nesta zona, o caso mais alarmante é o da Hungria. Já não contando o inenarrável referendo sobre os refugiados, realce-se o projecto de nova constituição, de inspiração autoritária, cortesia do Governo da União Cívica Húngara. Além disso, o país é terreno para movimentos de Extrema-Direita que utilizam o ódio contra as minorias, o anti-semitismo e o anti-comunismo como instrumentos de propaganda e acção.
Nas ilhas britânicas, o caso mais emblemático é o do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), que se viu "vingado" com a vitória do Brexit no referendo de Junho passado, que ditou a saída da região da União Europeia. Curiosamente, a já referida May, conservadora, parece não estar muito longe do comprimento de onda do UKIP.
No outro lado do canal da Mancha, a francesa Frente Nacional é um clássico em ascensão. Liderada por Marine Le Pen, reforçou a sua importância ao juntar-se à Liga do Norte - um dos principais partidos da direita italiana -, acção que resultou no grupo Europa das Nações e da Liberdade, bloco de força no Parlamento Europeu. No rol de encargos estão a revisão dos tratados sobre imigração e o retorno da soberania nacional.
Entretanto, o Partido da Liberdade, da Áustria, e o Partido para a Liberdade, da Holanda, tornaram-se a terceira força política nos respectivos países. Na Suíça, o Partido Popular rege-se por políticas xenófobas.
Na Escandinávia, as forças neoconservadoras são realidade bem consolidada. Os Democratas Suecos são apelidados de "modelo nórdico"; o Partido Popular Dinamarquês e o Verdadeiros Finlandeses (ambos com resultados eleitorais notáveis) aderiram ao Grupo de Conservadores e Reformistas Europeus. Na Noruega, o Partido do Progresso chegou pela primeira vez ao poder a bordo de uma visão reaccionária.
Completando o quadro, diversas organizações neo-nazis dispersas por várias zonas da Europa têm obtido uma aprovação nada desprezável. São exemplos o Partido Nacional Democrático da Alemanha e o Aurora Dourada, na Grécia.
Note-se que o presente avanço da Direita não se baseia só nas habituais campanhas contra a globalização, a chegada de refugiados ou a "islamização" da sociedade. Hoje, a preocupação radica também na concessão de direitos e serviços apenas aos cidadãos nacionais "de raiz".
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Fonte: http://www.jn.pt/mundo/interior/a-europa-esta-perigosa-para-a-tolerancia-5438478.html   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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O histérico cagaçal dos mé(r)dia dominantes contra a dita «intolerância» da Extrema(mente)-Direita não engana quem estiver atento: a intolerância não incomoda verdadeiramente os donos dos mé(r)dia, dado que esta hoste demoniza e/ou ridiculariza sistematicamente - no noticiário mas também na produção de ficção - quem simplesmente discordar do seu credo mundialista. O que realmente incomoda a elite reinante é que o Povo esteja a resistir à imigração em massa, votando cada vez mais na Extrema(mente)-Direita, confirmando que a Democracia, a tão glorificada Democracia da qual os donos do sistema gostam de se dizer defensores, é afinal uma aliada natural do Nacionalismo... Devem-se punir os excessos cometidos por alguns nazis, evidentemente, sem contudo perder de vista que o Povo tem sempre o sagrado direito de combater a imposição da imigração que a elite reinante lhe quer meter em casa, elite esta que anda moralmente conduzida por um ideal universalista inimigo das identidades étnicas.
A uma acção violenta segue-se uma reacção igualmente violenta; e querer enfiar em casa do povo toneladas de alógenos é, em si mesmo, uma violência. Não querer que o Povo possa rejeitar esta iminvasão, ou conduzi-la à surrelfa até ser tarde demais para a reverter, só exponencia a indignação contra esta violência. Redigir textos manhosos com a acusação infantilmente primária de que os Nacionalistas culpam os queridíssimos e coitadíssimos imigrantes por todo o mal do mundo é táctica que não adianta grande coisa - e pega cada vez menos. A ascensão da Extrema-Direita mais não é do que uma reacção basicamente sadia do Povo quando vê o seu espaço a ser iminvadido por ordem da elite reinante no Ocidente, que pretende impor a tudo e a todos a vivência globalizada, sem fronteiras, talvez porque há dois mil anos um judeu crucificado disse que havia uma obrigação moral de amar sem fronteiras. Contra esta doença ideológica que é o vírus do universalismo, inimigo de todas as identidades, o Organismo Europa reage - e a Extremamente-Direita constitui a reacção dos glóbulos brancos (literalmente brancos...).