ALEMANHA NACIONAL-SOCIALISTA, A MAIOR ALIADA INICIAL DE... ISRAEL
Medalha com uma suástica num dos lados e uma estrela de David no outro para comemorar visita de oficial das SS a zonas da Palestina onde se tinham estabelecido judeus |
Serve este tópico para divulgar factos a respeito de um momento da História recente praticamente desconhecido do grande público e, provavelmente, também do «pequeno» público daqueles que se interessam por História política: a época de quando os nazis e os judeus nacionalistas (ou sionistas) perceberam que no essencial estavam do mesmo lado e por isso cooperaram para que mais e mais judeus se estabelecessem na Palestina...
Deve ter-se em mente que o fundador do Sionismo ou moderno nacionalismo judaico, Theodor Herzl (1860-1904), escreveu que o anti-semitismo não era propriamente uma aberração mas sim uma reacção natural e até compreensível da parte dos não Judeus contra os Judeus, alógenos em toda a parte ao longo da milenar diáspora judaica. Esta situação de conflito só poderia ser resolvida, dizia Herzl, através da criação de um Estado Judaico.
Umas décadas mais tarde, mais concretamente em 1933, a federação sionista da Alemanha (o maior grupo judaico do país) enviou um comunicado ao governo nacional-socialista que, entre outras coisas, dizia o seguinte: «O nosso reconhecimento da nacionalidade judaica leva a uma relação clara e sincera com o Povo Alemão e as suas realidades nacionais e raciais. Precisamente porque não queremos falsificar os seus fundamentos, porque nós também somos contra o casamento misto e somos a favor da preservação da pureza do grupo judaico e rejeitamos quaisquer trespasses no domínio cultural, nós - tendo sido criados na língua e cultura alemãs - podemos mostrar um interesse nos trabalhos e valores da cultura alemã (...)»
O governo de Hitler apoiou o Sionismo e a emigração judaica para a Palestina de 1933 até 1940-1941, quando a II Guerra Mundial acabou com esta colaboração.
Note-se que o oficial das SS Leopold von Mildenstein e o representante da Federação Sionista, Kurt Tuchler, passearam juntos pela Palestina durante seis meses para inspeccionar o desenvolvimento sionista na região. O oficial SS viria a publicar em 1934 no jornal «Der Angriff» uma série de impressões de viagem nas quais expressava grande admiração pelas conquistas e pelo espírito pioneiro dos judeus na Palestina; o mesmo SS saudou o Sionismo como constituindo grande benefício para os Judeus e para o resto do mundo. O «Der Angriff» chegou até a emitir uma medalha com uma suástica num dos lados e uma estrela de David no outro para comemorar esta visita conjunta (ver imagem acima). Von Mildenstein foi depois promovido a dirigente dos assuntos judaicos num departamento das SS de maneira a agilizar a migração judaica da Alemanha para a Palestina.
Houve mais pormenores interessantes que aos olhos e ouvidos de muitos pareceriam pura fantasia delirante. Por exemplo, uma linha de navegação alemã criou um serviço de transporte para levar gente de Hamburgo a Haifa, na Palestina, em Outubro de 1933, fornecendo aos passageiros comida kosher, sob a supervisão do rabinato da citada urbe alemã...
Havia um esforço da parte das autoridades nacional-socialistas de maneira a veicular propaganda sionista no seio da comunidade judaica na Alemanha, para que mais e mais judeus com cidadania alemã deixassem de ser ver a si mesmos como alemães e decidissem ir embora para a Palestina.
Numa entrevista do pós-guerra, o antigo líder da Federação Sionista da Alemanha, Dr. Hans Friedenthal, declarou o seguinte: «A Gestapo fez tudo nesses dias para promover a emigração, particularmente para a Palestina. Nós recebemos frequentemente a sua ajuda quando pedíamos fosse o que fosse a outras autoridades a respeito de preparações para a emigração.»
O especialista do Ministério dos Assuntos Judaicos, Dr. Bernhard Lösener, escreveu o seguinte, que se leu numa edição de Novembro de 1935 do jornal oficial nacional-socialista «Reichsverwaltungsblatt»:
«Se os Judeus já tivessem o seu próprio Estado, no qual a maioria deles estivesse estabelecida, então a questão judaica poderia ser considerada hoje como estando já completamente resolvida, até para os próprios Judeus. Muito pouca oposição foi manifestada pelos sionistas contra as ideias presentes nas Leis de Nuremberga, porque eles sabem que estas leis representam a única solução correcta também para o Povo Judeu. Cada Nação deve ter o seu próprio Estado como expressão exterior da sua nacionalidade particular.»
Mais: em cooperação com as autoridades alemãs, grupos sionistas organizaram uma rede de cerca de quarenta campos e centros de agricultura por toda a Alemanha onde os candidatos ao estabelecimento na Palestina eram treinados para a sua futura vida no Próximo Oriente. Enquanto as Leis de Nuremberga proibiam aos Judeus a exibição da bandeira alemã, aos mesmos Judeus era garantido o direito de exibir a sua bandeira nacional judaica, branca e azul - ou seja, o estandarte que um dia viria a representar o Estado de Israel já ondeava sobre os campos e centros judaicos na Alemanha de Hitler...
Há muito, muitíssimo mais para ler no artigo do qual retiro estas informações, tais como por exemplo esta: o serviço de segurança de Himmler - a Sicherheitsdienst, parte das SS - cooperou com a Haganah, que era a organização militar sionista clandestina na Palestina. Esta agência das SS pagou a Feivel Polkes, oficial da Haganah, por informação a respeito de informação sobre a situação na Palestina e por ajuda em dirigir a emigração judaica para esta região asiática. A cooperação entre as SS e a Haganah incluiu entregas secretas de armas alemãs aos colonos judeus em confronto com os árabes palestinos...
Por algum motivo que no texto não é muito claro a situação começou a alterar-se radicalmente e a política nacional-socialista começou a tornar-se pró-árabe, talvez devido à guerra da Alemanha com o Reino Unido, que por sua vez era odiado pelos Árabes. Ainda assim, é sabido que em Janeiro de 1941 uma organização sionista relevante, denominada «Lutadores para a Liberdade de Israel», mais conhecida como Lehi ou Stern Gang, enviou uma carta a propor uma aliança militar com a Alemanha Nacional-Socialista. O líder deste grupo, Avraham Stern, tinha recentemente rompido com o grupo nacionalista radical Irgun Zvai Leumi (Organização Militar Nacional) devido à atitude deste grupo relativamente ao Reino Unido, país que tinha proibido a continuação do estabelecimento de judeus na Palestina. Stern considerava a Inglaterra como o principal inimigo do Sionismo.
Na carta, apresentada como proposta «para a solução da questão judaica na Europa e a participação activa da Lehi na guerra ao lado da Alemanha», pode ler-se o seguinte:
«Nos seus discursos e declarações, os estadistas principais da Alemanha Nacional-Socialista enfatizaram frequentemente que a Nova Ordem na Europa requer como pré-requisito uma solução radical para a questão judaica através da evacuação («Europa livre de Judeus»).
A evacuação das massas judaicas da Europa é uma pré-condição para resolver a questão judaica. No entanto, a única maneira de isto poder ser totalmente alcançado é através do estabelecimento destas massas na pátria do Povo Judeu, a Palestina, e pelo estabelecimento de um Estado Judaico nas suas fronteiras históricas.
O objectivo da actividade política e os anos de luta do Movimento de Liberdade de Israel, a Organização Militar Nacional (OMN) na Palestina (Irgun Zvai Leumi), é resolver o problema judaico desta maneira e assim libertar completamente o Povo Judaico para sempre.
A OMN, que está muito familiarizada com a boa vontade do Reich Alemão e seus oficiais para com as actividades sionistas na Alemanha e para com o programa de emigração sionista, assume que:
(...)
2. A cooperação é possível entre a Nova Alemanha e a Judiaria renovada e etno-nacional [Hebräertum].
(...)
Com base nestas considerações, e sob condição de que o governo do Reich Alemão reconheça as aspirações nacionais do Movimento da Liberdade de Israel acima mencionadas, a OMN na Palestina oferece-se para tomar parte na guerra ao lado da Alemanha.
(...)
A participação indirecta do Movimento de Liberdade de Israel na Nova Ordem da Europa, já no estado preparatório, combinada com uma solução radical-positiva do problema judaico europeu com base nas aspirações nacionais do Povo Judaico acima mencionadas, iria fortalecer grandemente a fundação moral da Nova Ordem aos olhos de toda a humanidade.
(...)»
Não há registo de qualquer resposta alemã. Interessa notar que nesta altura já circulavam notícias de extermínio dos Judeus na Alemanha. Stern aparentemente não acreditou em tais histórias ou preferiu ignorá-las...
Um membro importante desta mesma organização foi Yitzhak Shamir, que veio a ser ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel durante os anos oitenta e primeiro-ministro israelita em Junho de 1992. Depois da morte de Stern em 1942, Shamir organizou numerosos ataques, nomeadamente os homicídios do ministro britânico para o Médio Oriente, Lorde Moyne, e do mediador da ONU sueco, Conde Bernadotte. Anos depois, confirmou que estava ciente da proposta da sua organização de aliança com a Alemanha Nacional-Socialista.
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Fonte: http://ihr.org/jhr/v13/v13n4p29_Weber.html
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Efectivamente, esta espécie de consórcio viria a dar para o torto, com as trágicas consequências que se conhecem; mas, independentemente do grosseirismo sanguinário pontualmente triunfante, já antes disso se desenhava uma tendência que deverá ser continuada pelos actuais nacionalistas europeus e israelitas: a da cooperação natural entre nacionalistas de todas as Nações para que cada qual seja soberana em sua própria casa e assim fique cada qual em paz no seu próprio canto. Qualquer movimento é feito de avanços e recuos; séculos e séculos de ódio não se desfazem em meia dúzia de anos. Nisso haverá, repito, avanços e recuos. Mas a tendência para a cooperação mutuamente útil e racional, insisto, pode desenvolver-se, como aliás se tem constatado na já notória aproximação entre sionistas israelitas e nacionalistas democráticos europeus, a pouco e pouco, no que constitui uma extensão da aproximação nacionalista mais relevante, e mais palpável, entre os diferentes nacionalistas europeus, que há muito ultrapassaram os ódios chauvinistas e imperialistas que destroçaram o velho continente.
1 Comments:
Existem tantas mentiras e distorções acerca do nazismo que já não se sabe mais o que é realidade ou não. O que conseguiram impor à humanidade foi que o nazismo é mau, o que atualmente é um dogma.
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