CURDOS DESTACAM-SE A CAMINHO DE MOSSUL - MAS NÃO PODERÃO TOMAR PARTE NOS COMBATES DENTRO DA CIDADE
Dezenas de militantes do Daesh foram mortos pelas tropas das milícias curdas peshmerga na província iraquiana de Nínive, no quadro dos preparativos para a operação de libertação de Mossul.
O general de peshmerga (forças do Curdistão iraquiano) Juku Muhammed Kalahi disse à Sputnik Árabe que os combatentes curdos se aproximaram à distância de 11 quilómetros de Mossul depois de reconquistar diversas aldeias. “As nossas forças eliminaram dezenas de membros do Daesh no quadro de libertação das seguintes aldeias: Al-Sheikh Khamis, Kazkan, Shaquli. Já estamos a um quilómetro da cidade de Bartella”, informou o militar.
Segundo ele, as forças dos terroristas do Daesh estão esgotadas após confrontos na província de Nínive, nos quais as Forças Armadas do Iraque e os seus aliados alcançaram vitória em El-Kueir e Al-Khazer algumas horas atrás [ontem].
Já um outro comandante de peshmerga, Huseyin Yezdanpana, revelou outros detalhes importantes da operação à Sputnik Turquia: “A primeira tarefa da operação na área de Hazir [cidade na parte oriental da linha de frente] consiste na libertação dos povoados vizinhos curdos, ocupados pelo Daesh. Depois disso começará a ofensiva contra Mossul. Os combatentes de peshmerga não participarão das hostilidades no centro de Mossul. Neste momento, a operação continua com sucesso, o Daesh sofre grandes perdas. Os aviões da coligação [internacional liderada pelos EUA] realizam bombardeamentos de grande escala contra as posições dos jihadistas…”. Anteriormente uma fonte próxima às estruturas de segurança do Iraque disse à Sputnik Árabe que o exército do país e os seus aliados reconquistaram, no quadro da operação de hoje (17 de Outubro), a área da cidade de Bashiqa, que fica a 12 quilómetros de Mossul. Em 16 de Outubro o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anunciou o início da operação militar para libertar a cidade de Mossul, no norte do Iraque, da ocupação do Daesh. Mossul, considerada a segunda maior cidade do Iraque, tem cerca de 700 mil habitantes. O exército iraquiano, milícias xiitas e curdas, apoiados pela força aérea da coligação internacional liderada pelos EUA, tentam, desde o mês de Março, libertar a cidade do Daesh, ocupada desde Junho de 2014.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/201610176569756-general-peshmerga-mossul-daesh/
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Mossul é a capital do actual califado - o califa ou líder do Estado Islâmico assim o proclamou em 2014. Uma vez que a maior parte da sua população é sunita, a tomada da cidade só poderá ser feita por uma brigada sunita, para evitar atritos. De qualquer modo, que os militares curdos continuem a salientar-se e a mostrarem-se como os mais leais no combate ao califado pode ser um bom augúrio para o fortalecimento da posição curda na região. E um Curdistão independente seria um aliado natural do Ocidente na área.
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