segunda-feira, setembro 19, 2016

NOTÓRIA ASCENSÃO NACIONALISTA NA CAPITAL DA MAIOR POTÊNCIA ECONÓMICA EUROPEIA

O partido de Angela Merkel teve a sua votação mais baixa de sempre na cidade-estado de Berlim, nas eleições deste domingo: 18% dos votos. O partido anti-imigração de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) conseguiu entrar no Parlamento estadual, obtendo cerca de 11%, dizem as projecções após o encerramento das urnas.
Os sociais-democratas do SPD ganharam, tal como em 2011, com 23%, mas os maus resultados da CDU não permitem que se mantenha no poder a coligação destes dois partidos. Para governar, o presidente da câmara social-democrata Michael Müller terá fazer uma aliança com outros partidos – provavelmente Os Verdes, que ficaram em terceiro, com 16,5%. Mas o partido Die Linke, que agrega antigos comunistas a outros sectores da esquerda, deverá ter um resultado equivalente.
O Partido Pirata, que em 2011 tinha entrado no parlamento berlinense, com 8,9% dos votos, desaparece desta vez. E o Partido Democrático Liberal (FDP), que nas últimas eleições não tinha conseguido o mínimo de 5% dos votos para conseguir representação parlamentar, regressa este ano ao parlamento, com uma votação que se espera que atinja 6,5%.
Para a CDU de Merkel, é a segunda desfeita eleitoral em duas semanas, depois de ter sido ultrapassada pela AFD, no início de Setembro, no estado-federado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental – que, para agravar a humilhação, sempre foi o bastião eleitoral da chanceler alemã.
Estes resultados são vistos como uma punição do eleitorado, insatisfeito com os resultados da política de abertura de portas aos refugiados no ano passado. A AFD, com um discurso claramente racista, tem sabido capitalizar o descontentamento, sobretudo na Alemanha de Leste, pouco habituada a lidar com fenómenos de migração. O resultado disto é que o partido com três anos, que começou por ser anti-euro e agora é contra a imigração e contra o Islão, embora não esteja no Bundestag  conseguiu já entrar em dez parlamentos regionais.
A entrada no parlamento berlinense da AFD, bem como em alguns municípios dos subúrbios da capital alemã, tem um forte valor simbólico: esta metrópole cosmopolita tinha até agora resistido às tendências populistas e xenófobas. O presidente da câmara não tinha hesitado em afirmar, durante a campanha, que se a AFD tivesse mais que 10% dos votos, “isso seria interpretado no mundo inteiro como um sinal do renascimento da extrema-direita e dos nazis na Alemanha”, relata a AFP.
Ainda que nos últimos 15 anos a CDU não tenha tido grandes resultados eleitorais em Berlim, este novo revés nas urnas vem aumentar as interrogações sobre se estará a chegar ao fim a vida política da chanceler – ela ainda não anunciou a sua recandidatura para as eleições legislativas do Outono de 2017.
Mas a CDU também não tem outra figura agregadora, alguém que se destaque como possível rival de Merkel. No entanto, quando ela se apresentou como sucessora de Helmut Kohl, o seu mentor político, a candidatura também foi vista como uma surpresa.
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Fonte: https://www.publico.pt/mundo/noticia/extremadireita-marca-pontos-e-merkel-perde-votos-em-berlim-1744451

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Mais uma vez, mais outra, ainda mais outra, a Democracia mostra ser uma potencial aliada do Nacionalismo - e mesmo num «bastião» do multiculturalismo, que o esquerdalhame anti-racista daria como seu e os profetas da desgraça nacionalistas, derrotistas, dariam como «perdido», mesmo aí a ascensão nacionalista é uma evidência, porque povo é povo, seja onde for, e o povo quanto mais ouve a mensagem nacionalista em discurso directo, mais nos Nacionalistas vota.



1 Comments:

Anonymous Arauto said...

Mesmo a calhar, Camarada Caturo:

http://i.imgur.com/JBFW05I.png

20 de setembro de 2016 às 15:39:00 WEST  

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