HUNGRIA RECORRE A IMAGENS PARA PROTEGER AS FRONTEIRAS...
O eurodeputado húngaro Gyorgy Schopflin parece ter a resposta para os problemas da Hungria em relação aos refugiados. “Cabeças de porco”. Leu bem, é isso mesmo: colocar cabeças de porcos no topo das vedações de rede e arame farpado colocadas nas fronteiras para afugentar os deslocados, impedindo-os assim de entrar no país.
“Imagens humanas são haram [contrárias à lei islâmica]... as cabeças de porco iriam ser mais eficazes”, escreveu Gyorgy Schopflin, deputado do Partido Popular Europeu (PPE), grupo que reúne partidos de Centro-Direita, na sua conta no Twitter. A mensagem terá sido entretanto apagada.
A Human Rights Watch foi uma das muitas organizações não-governamentais a manifestar o seu repúdio em relação às palavras do deputado, acusando-o de comportar-se como “um neonazi” e não como um membro do Parlamento Europeu (PE), referiu Andrew Stroehlein, director de comunicação da Human Rights Watch na Europa.
Numa entrevista ao site húngaro Mandiner publicada esta segunda-feira, Gyorgy Schopflin diz ter ficado surpreendido com as reações que a mensagem gerou. “Não humilhei ninguém. Pedir desculpa? Porquê? Não vejo qual é a necessidade”, frisa o eurodeputado.
O governo húngaro tem sido muito criticado por dirigentes europeus e organizações não-governamentais e de apoio humanitário, seja pela forma como tem lidado com os refugiados no país, seja por continuar a desrespeitar o sistema de quotas proposto por Bruxelas, com o argumento de que isso terá elevados custos financeiros e pôr em causa a unidade religiosa. De um total de 177.135 pedidos de asilo que a Hungria recebeu em 2015, apenas 146 foram aprovados, segundo estatísticas do próprio governo turco, citadas pelo “Independent”.
A Hungria, recorde-se, foi o primeiro país a construir uma barreira para impedir a entrada de deslocados no país e fê-lo ao longo do seu flanco sul. Quando as pessoas se desviaram e rumaram à Croácia, os húngaros construíram uma segunda barreira ao longo da fronteira com este país vizinho.
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Fonte: http://expresso.sapo.pt/internacional/2016-08-22-Como-evitar-a-entrada-de-refugiados-na-Hungria--Facil-basta-colocar-cabecas-de-porco-nas-fronteiras
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De facto o húngaro Schopflin falou bem. Só não acho bem é que se matassem porcos para o efeito. Ficariam melhor, no caso, suínos de plástico...
Parece que entretanto já se arranjou na Turquia uma alternativa relativamente melhor: http://br.sputniknews.com/europa/20160817/6063400/hungria-refugiados-mascaras-vudu.html
Refugiado-espantalho: na fronteira húngara foram colocadas máscaras vudu de beterraba como elemento “dissuasor” para refugiados de África e do Médio Oriente.
A foto dos espantalhos foi publicada na página do Facebook da polícia húngara de fronteiras:
"Estes são espantalhos de beterraba. É prático: nas últimas quatro semanas, a fronteira não foi violada por ninguém", escreveram oficiais húngaros a propósito das fotos.
Aparentemente, as máscaras foram feitas pelos próprios guardas de fronteira.
A crise de imigração na Europa agravou-se em 2015, em conexão com o aumento do fluxo de imigração proveniente do Norte de África, Oriente Médio, bem como do Centro e Sul da Ásia. No espaço de um ano, de acordo com números oficiais, na Europa entraram cerca de 1,8 milhões de imigrantes. De acordo com especialistas, esta é a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.
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No texto da notícia fala em «vodu», elemento de cultura africana, que não fica demasiado bem em território europeu, mas do mal o menos... além de que nas imagens da página as máscaras são menos parecidas com as do vodu que com, por exemplo, as do Entrudo transmontano. Não está nada mau.
2 Comments:
sabe caturo,o maior problema deste político é que ele apenas fala,ao ínves disto,compra umas cabeças de porco e coloca lá,se aparecer algum invasor,perto da fronteira,joga sangue de porco nele.precisamos de mais ação e menos palavras..
O problema político deste político... não é nenhum. Este político está a actuar precisamente como deve, nem a mais nem a menos. Está no poder e a fazer notar o que é importante. E o que ele faz resulta. Estaria obviamente fora de questão ele levar a cabo algum outro tipo de acção, pelo menos para já. E depois há aqueles que não fazem nada mas garantem que «se tivéssemos políticos com colhões e fossemos para a frente fazer e acontecer!, eu estaria na linha da frente a matar quarenta ou cinquenta pretos ainda antes de almoço!!!, mas como não há políticos de jeito, enfim, resta-me ficar à espera, a mandar bocas com amigos no café...»
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