«EU SERVI O REI DE INGLATERRA»
É um filme do qual vi pequena parte em finais de 2014, creio, e que procurei durante mais de um ano até finalmente conseguir vê-lo completo. Valeu bem a pena o esforço, que a película recomenda-se vivamente a todos os Europeus conscientes. Independentemente de quais fossem as intenções e a índole de quem o fez, não deixa de poder constituir uma chamada de atenção para a questão do dever para com os seus, por mais fracos que pareçam, diante de uma ocupação imperialista. Até o título o diz, quanto a mim - o símbolo do orgulho da carreira de um empregado de mesa, com mais currículo que os outros empregados de mesa, que, contrariamente à maioria dos que o cercam, tem a hombridade de nunca se vergar ao invasor, pagando depois o preço da sua altivez. Orgulhava-se de ter sido criado da monarquia inglesa mas o maior motivo da sua honra seria bem outro. Parece dar o exemplo do que fazer a cada momento da vida, por mais «pequeno» que se afigure o seu papel. O tom divertido e frio da película, objectivo e também sarcástico, não esconde o aspecto trágico do que aconteceu a um Povo europeu, os Checos, na sua confrontação quer com o totalitarismo tradicionalmente chauvinista alemão, quer com o fanatismo ideológico soviético que também fez por lá as suas vítimas.
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