segunda-feira, janeiro 18, 2016

EM MEMÓRIA DE UMA DAS PRIMEIRAS BATALHAS PORTUGUESAS

Batalha de Pedroso ocorreu a 18 de Janeiro de 1071 perto da freguesia de Mire de Tibães, no concelho de Braga. Nuno Mendes, então conde de Portucale, não conseguiu conter Garcia da Galiza, perdendo a vida e a batalha.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Pedroso

Em resultado, Garcia II passou a nomear-se «rei de Portugale». 

Costuma considerar-se D. Afonso Henriques como «o pai da nacionalidade», como se a Nacionalidade pudesse ter um criador em vez de ser aquilo que realmente é, a saber, sangue e língua, e nada disto é criado por um indivíduo...
A Nacionalidade é bem anterior a D. Afonso Henriques ou então nem sequer existe. Quanto à teoria de que só surge com Aljubarrota, enfim... uma francesice (Renan) no seu pior sentido, que consiste em achar que a nacionalidade depende da manifestação de uma consciência colectiva.

Bem antes do pai de D. Afonso Henriques ter sequer vindo para a Ibéria, já Nuno Mendes lutava pela independência desta grei do extremo ocidente europeu, que eventualmente até lhe era bem anterior. Conforme diz a Wikipédia, «A reocupação e possível reconstrução ou fortificação de Portugale verificou-se após a presúria de Vímara Peres, em 868, vivendo, a partir de então, um próspero período da sua história: daí partiu toda a acção de reorganização, bem sucedida, e nalguns casos de repovoamento, para além dos limites da antiga diocese nela sediada, quer ao norte do rio Ave, quer ao sul do rio Douro. Por esta altura, o território designava-se de Terra Portugalense ou Portugalia. Desta forma, o antigo burgo de Portucale deu o nome a um novo estado ibérico.
Paulo Merêa refere a existência de documentos comprovadamente encontrados na província de Ourense, na Galiza, nos quais surge a referência expressa a terras situadas em Portugal, ou seja, ao sul do rio Lima, e que então pertenciam, e vieram ainda a pertencer durante algum tempo, no âmbito da organização eclesiástica de Tui, repovoada durante o reinado de Ordonho I.
Apenas dez anos decorridos sobre a reconquista definitiva de Portucale deve ter sido tomada a cidade de Coimbra e erigida em condado independente às mãos de Hermenegildo Guterres em 878; a sua posição de charneira entre os mundos cristão e muçulmano permitiu uma vivência de maior paz no Entre-Douro-e-Minho, se bem que a região era alvo de incursões normandas regulares. As campanhas do Almançor, em finais do século X, porém, fizeram recuar a linha de fronteira de novo até ao Douro e o condado de Coimbra é suprimido. Na segunda metade do século XI, reconstituiu-se ao sul o condado de Coimbra, que incluía ainda as terras de Lamego, Viseu e Feira, sendo entregue ao conde ou alvazil Sesnando Davides, que conquistara definitivamente a cidade em 1064. Este condado viria mais tarde a ser incorporado no Portucalense. (...)

Na secção de discussão do artigo, pode ler-se esta citação de João Ameal:
"Os Suevos já não têm concorrentes. Durante mais de uma centúria sustenta-se o seu reino na parte noroeste da Península. Alarga-se até o Tejo com a capital em Braga (já sede de um bispado desde Diocleciano) e chama-se Reino de Portu-Cale — do nome de dois castros fronteiros nas margens do Douro" (AMEAL, p. 24).
Isto ter-se-á passado antes do domínio visigótico, ou seja, uns séculos antes da invasão norte-africana. A ser verdade o que conta Ameal,  entende-se que a raiz da Portugalidade é portanto bem antiga e pode até ter na Antiguidade tardia as suas raízes directas.

A Batalha de Pedroso é portanto formalmente falando uma das primeiras batalhas desta entidade do extremo ocidente europeu que hoje se quer ver soberana, o que o malogrado e heróico Nuno Mendes também quis e D. Afonso Henriques veio décadas depois dele a alcançar. Uma Nação não é simplesmente um Estado ou um país independente - é, antes de mais nada, povo e língua, sangue e voz, merecendo a soberania mas tendo o mais das vezes de lutar para a conseguir.





6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Após a morte de Fernando I, o Grande, rei de Castela e Leão, e de 1056 do Imperador de toda a Espanha, em 1065, três de seus filhos entraram em uma luta feroz para a sua herança, como um resultado da divisão do país em três guerreando propriedade. O mais jovem deles - Garcia dominado Galicia, querendo aumentar o seu domínio real, reivindicação colocado para o território do município de Porto Kale, um grande feudo, localizado entre Castela e Galiza. Rei fundamentada sua afirmação de que sua avó Elvira Mendes (996-1022), a esposa de King of Leon Alfonso V (999-1028) representaram a filha mais velha do 5-Count Portukale Menda II Gonçalves, ea avó do Conde atual Nuno II - era a filha mais nova Ilduara o mesmo governador, respectivamente, Garcia acha que tem mais direito de posse do condado de Nuno. . Nuno Mendes, o maior reino feudal de Leon, Conde de Porto Kale, Senor Nogueira, Gualtar, Barros e outros, Acredita, no entanto, que é dono do concelho à direita, como uma linha reta masculina era um descendente do primeiro Earl Portukale - Vimary alterar. County Nuno Mendes ocupou o vasto território do rio Mondego, no sul às margens do North Lima, geograficamente fazendo metade do reino da Galiza, no território do concelho, mas o real Portukale, tem uma cidade rica, que tinha um valor ainda no reinado dos romanos: Lamego, Viseu, Braga. Contagem Nuno Garcia tem com seu pai mostrou compromisso com uma política independente, e provavelmente decidiu usar parte do reino em seus próprios interesses para a independência. Para admitir que Garcia não podia, a situação política não era a favor de irmãos mais velhos do rei galego Garcia Sancho de Castilla e Alfonso León imediatamente após a morte de seu pai foi à guerra para a redistribuição de bens e em 1067 Sancho irmão capturado, unidos em suas mãos os tronos de Castela e Leon. Garcia não é sem razão para acreditar que agora o irmão mais velho tenta aproveitar sua terra, nesta situação, ele precisava do apoio de toda a nobreza da Galiza eo Conde Nuno não estava indo para fornecê-la. Garcia começou a agir imediatamente, alterando a sua titulature oficial sobre "Rei da Galiza e Portukale" ele começou a intervir ativamente no caso Português, em 1071, o rei chegou em Braga a estar presente na dedicação da criação da Arquidiocese e do arcebispo Pedro. Naquela época, o conde Nuno decidiu abrir rebelião. É difícil dizer por Nuno Mendes escolheu este momento para o levante, o rei acompanhado as tropas também chegaram em Braga Garcia todos os nobres leais vizinho do sul Portukale - Earl Coimbra Serzhnandu Davides (973-1091), moçárabes, líder militar famoso, colega Fernando Grande e El Sid, o que poderia alterar o equilíbrio de poder, realizou uma neutralidade amigável da Galiza.





Condado de Portugal em 1070
No meio do inverno em 1071 Garcia recebeu a notícia de que o conde Nuno se move na direção de Braga com um grupo de 50 dos seus cavaleiros fiéis. A direcção de impacto Contagem Nuno não foi escolhido por acaso, exceto que Braga teve um importante significado político e religioso para o Português, a cidade era uma presa fácil, porque ele não foi fortificada. No bairro há dois castelo fortificado defender as abordagens para os subúrbios da cidade, mas a cidade não tinha paredes ou outras estruturas defensivas, não tem forças suficientes para cercar as fortalezas, o conde esperava alcançar a vitória nas ruas estreitas da cidade com o apoio de pessoas simpáticas. Dadas estas circunstâncias, o rei Garcia deixou Braga Falando na reunião do inimigo, está localizado nas margens do Rio Cávado. Na manhã de 17 de fevereiro de 1071 adversários se encontraram no campo perto da vila de Quinta de Pedroso (o território da moderna Freguesia Parada de Tibães), na posse do mosteiro Tibaynsh.

PARECE SÓ MAIS UM LITIGIO DE HERDEIROS CELSO PORTUGAL NASCEU DISSO NÃO POR QUE ERA MUITO DIFERENTE DA IBERIA

18 de janeiro de 2016 às 12:30:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

É ANACRONISMO SEU TANTO QUE O IDIOMA DEMOROU PRA DIVERGIR MEIO MILENIO MAYBE

18 de janeiro de 2016 às 12:30:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

OS REGISTROS MAIS ANTIGOS ATESTAM TAL A LIGAÇÃO AINDA ERA FORTE DOS 2 LADOS DA FRONTEIRA ENTRE PROTO-ESPANHA E PROTO-PORTUGAL

18 de janeiro de 2016 às 12:31:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/56/Europe-south-west-kingdoms.png

18 de janeiro de 2016 às 12:33:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Proeminente anti-racista camaronês que vivia na Polónia como exilado político e que, entre outras coisas, era secretário geral da Associação dos Refugiados na República da Polónia e que foi considerado em 2003 "Antifascista do Ano" por uma associação anti-racista polaca, andou conscientemente a espalhar o vírus da SIDA pelo país:


https://en.wikipedia.org/wiki/Simon_Mol



"South African Press Association (SAPA) and Agence France Presse in their article described him as "a darling of Poland’s liberal press" due to his political campaigns[15] Thus some of his victims were reportedly intimidated and threatened[16] and Polish police delayed his arrest for long because of his political connections,[17] thus allowing him to infect new victims.

18 de janeiro de 2016 às 15:06:00 WET  
Blogger Caturo said...

«É ANACRONISMO SEU TANTO QUE O IDIOMA DEMOROU PRA DIVERGIR MEIO MILENIO»

Não é anacronismo coisa nenhuma.

«Em 1143 o reino de Portugal foi formalmente reconhecido pelo Reino de Leão e Castela, no qual o Reino da Galiza estava então incorporado. Como resultado da divisão política, o Galego-Português perdeu a unidade como língua nativa secular do noroeste peninsular.»

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_l%C3%ADngua_portuguesa#Diverg.C3.AAncia_do_portugu.C3.AAs_e_do_galego

Já agora, é capaz de haver muito mais por dizer sobre esta questão, que de resto já aqui foi abordada com um texto de há cerca de um século...

13 de fevereiro de 2016 às 00:36:00 WET  

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