FUNDAÇÃO RELIGIOSA MUÇULMANA TERÁ MAIS DIREITOS EM PORTUGAL DO QUE ESTÁ PREVISTO NA LEI DA LIBERDADE RELIGIOSA
O Fisco português vai aliviar de forma significativa o príncipe Aga Khan e o movimento religioso ismaili, permitindo que a Igreja utilize o território nacional como sede mundial.
A garantia é dada pelo Jornal de Negócios, que explica na edição impressa de hoje os contornos de um acordo aprovado na Assembleia da República com votos a favor de todos os partidos com assento parlamentar à excepção do PCP, que se absteve.
Durante os próximos 25 anos, a Igreja ismaili e o seu líder vão beneficiar de um acordo irrevogável que permite a isenção quase total do pagamento de impostos em Portugal, para além de não estarem sujeitos aos tribunais tributários. O património, os rendimentos e as transacções do líder espiritual (Imam) e do Imamat (a Igreja) vão ter isenções fiscais significativas, que segundo o Negócios vão além do previsto na Lei da liberdade Religiosa.
O acordo entre o Estado Português e o Imamat foi assinado a 3 de Junho do ano passado, pelo governo da coligação PSD/CDS-PP. O então Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, explicou que o contracto “regula os aspectos administrativos da sede e da estrutura de apoio ao Imam, bem como o seu estatuto oficial, num perspectiva institucional e não exclusivamente religiosa ou confessional”, justificando-se por isso “um conjunto de imunidades e privilégios similares àqueles que são concedidos no domínio diplomático às organizações internacionais”.
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Fonte: http://www.economiaaominuto.com/economia/519658/beneficios-fiscais-sao-prenda-para-igreja-ismaili-na-chegada-a-portugal (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)
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Quase toda a classe política parlamentar, até mesmo o usualmente contestatário BE, aprovou portanto a concessão de privilégios a uma organização religiosa, bonito Estado «laico», sim senhor, onde até se arma barracada parlamentar por haver crucifixos em escolas públicas (e com razão). Alegar que esta «igreja» tem uma dimensão institucional que ultrapassa o âmbito meramente religioso não serve de desculpa para coisa nenhuma - antes poderia era accionar algum sinal de alarme a respeito da «consagrada» separação entre a esfera religiosa e a esfera secular.
Percebe-se se calhar melhor o apoio parlamentar a isto quando se sabe que a organização religiosa em causa é muçulmana, ou seja, da religião historicamente associada ao Amado Outro, o inimigo histórico do Ocidente, que a Esquerda adora... Trata-se de uma organização muçulmana tida como pacífica, até prova em contrário, que entretanto culpa sobretudo o Ocidente pelo conflito com o Islão (como se o Islão não tivesse sempre sido militarmente expansionista contra o Ocidente e contra o resto do mundo, como por exemplo a Índia) e que diz que as caricaturas de Maomé não deviam ter sido publicadas em nome do «civismo» para com os muçulmanos, é este o respeito que tem pela liberdade de expressão.
A Fundação Aga-Khan tem além disso disso laços com um banco paquistanês que chegou a ser acusado de ter ligações à Alcaida.
Fontes:
- http://www.spiegel.de/international/spiegel/spiegel-interview-with-aga-khan-islam-is-a-faith-of-reason-a-442180.html
- http://www.americanthinker.com/articles/2011/08/smearing_geller_on_perry.html
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