quarta-feira, janeiro 20, 2016

A LÍNGUA COMO ELEMENTO DISCRIMINATÓRIO EM INGLATERRA E EM CASOS DINAMARQUESES

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://pt.euronews.com/2016/01/18/muculmanas-poderao-ser-expulsas-do-reino-unido-por-nao-falar-ingles/   -   Página com vídeo incorporado   -   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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As mulheres muçulmanas poderão ser expulsas do Reino Unido se não aprenderem a falar Inglês. Esta possibilidade foi levantada pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, no dia em que lançou um plano para ensinar a língua inglesa e lutar contra a segregação dos migrantes e em particular das mulheres.
“Pretendemos construir uma sociedade nacional mais integrada e coesa, onde todos podem dar aproveitar ao máximo os seus talentos. Não é possível ter um país de oportunidades se algumas pessoas não falarem a língua. Em muitos casos a culpa não é sua, porque foram colocadas numa situação em que são encorajadas a não se integrar, a não sair de casa e a não aprender a língua. Isto tem de mudar no nosso país” – afirmou Cameron.
Para o chefe do governo britânico o isolamento e o desconhecimento da língua podem criar um terreno fértil para o extremismo religioso. Palavras de David Cameron foram prontamente criticadas pela oposição e por várias organizações da sociedade civil.
“Recebemos chamadas telefónicas de mulheres muçulmanas que queriam mesmo estudar e aprender Inglês, em particular as estrangeiras que vieram ter com os maridos, mas que são impedidas pelos familiares que as ameaçam com o regresso ao país natal para as controlar e silenciar. Se o governo agora as quer expulsar por não aprenderem inglês estas mulheres são duplamente vítimas” denuncia Shaista Gohir, da Muslim Women’s Network UK.
Entretanto sobem também de tom as críticas à directiva do ministério do Interior que vai entrar em vigor em Abril: os estrangeiros extra-comunitários que vivem há mais de cinco anos do país serão expulsos se não ganharem mais de 35 mil libras por ano.

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Tudo para evitar encarar de frente o problema - o da diferença etno-civilizacional, de qual a língua e o comportamento são aspectos. A insistência na integração só conduz ao desenraizamento e a mais problemas de diversa ordem. 
Na Dinamarca há já clubes nocturnos que excluem quem não saiba Dinamarquês, Inglês ou Alemão, como aqui se pode ler: https://www.rt.com/news/329411-denmark-clubs-refugees-ban/ como forma de evitar o acosso a mulheres, o que poderia sugerir que por exemplo um monofalante de Português, Sueco ou Grego fosse automaticamente um agressor sexual... Percebe-se bem que a medida é circunstancial e limitada - visa pura e simplesmente garantir que a moirama recém-chegada não vai para as discotecas chatear as nativas. É outra maneira de salvaguardar, temporariamente, a tranquilidade indígena sem ter de tocar no assunto tabu, o da etnia. 

A médio ou longo prazo a medida dá para o torto, tanto em Inglaterra como na Dinamarca, como já deu em diversos outros contextos... dificilmente se poderá dizer que as toneladas de mouros que em França violam mulheres e queimam automóveis o fazem por não falarem bem Francês.